sexta-feira, 17 de março de 2017

RICARDO RAMOS E OS 25 ANOS DO SANTOS DA CASA




















O Santos da Casa, programa de música portuguesa da Rádio Universidade de Coimbra, que vai para o ar todos os dias entre as 19 e as 20h, em 107.9 ou www.ruc.fm, festeja em 2017 as suas bodas de prata. Tal como Amália Rodrigues também nós não sabemos qual o dia do nosso nascimento. Porque a RUC faz anos a 1 de março, a dupla que “aguenta” os Santos da Casa (Fausto da Silva e Nuno Ávila), convencionou ser esse o dia do nascimento do programa.

Para assinalar tão garbosa data os dois santos convidaram alguns amigos, que com o seu talento e veia artística têm nos últimos anos dado um contributo gigante à música portuguesa, para escreverem umas singelas linhas, relatando a sua relação com o programa da RUC. E como quase todos eles são mais santos que os santos, a acompanhar enviaram imagens santificadas. Durante os próximos tempos vamos andar babados.

Hoje um cavalheiro de Viseu de nome Ricardo Ramos.Tocou com os Funny Bunny tinha ainda 15 anos (punk mais "certinho", editados na ataque sonoro) e nos Gibberish aos 16 (punk, single 7" editado pela Big Big Tiger), depois durante uns anos tocou e gravou com Puny num registo mais próximo do rock independente, e An Octopus in The Bathtub dedicado à experimentação sonora e improvisação, projecto com que partilhou os corredores e edtúdios da Ru( em improvisações colectivas. Depois em 2010 fundou os The Dirty Coal Train com quem ainda toca e nos tempos livres ainda há tempo para concertos em duo com Tiger Picnic.

"Ora bem, em meados de 90's cheguei eu a Coimbra vindo de Viseu e ainda com a ressaca dessa coisa fantástica que era rodar um botãozinho na aparelhagem/rádio/... e encontrar aquele oásis do programa de autor que não só nos dava a conhecer aquelas bandas todas que líamos em jornais da especialidade mas também a fruta sazonal local (que ia dos Major Alvega, Dead Corporation ou Lucretia Divina aos vizinhos Tedio Boys, Great Lesbian Show, More Republica Masonica,...) qual o meu espanto ao descobrir e fazer grandes amigos pelos corredores da RU( (de entre oa quais Rodrigo Paulino com quem partilhei palcos em Puny e no inicio de The Dirty Coal Train) os responsáveis por um dos (ou "o"?) programas de autor mais antigos dedicados à musica portuguesa. Foi lá que descobri coisas ligadas ao indie nacional que ainda hoje ouço com bastante gosto (como as bandas ligadas à Bee Keeper) e ouvia os novos discos de nomes consagrados a par de bandas minhas conterrâneas como os Inércia e as primeiras demos de Puny. É com um gosto indescritível que vejo a mesma equipa a manter a qualidade do programa nesse formato de divulgação dos consagrados e apoio aos novos nomes. Só posso fazer umas mezinhas aos Santos da RU( (Nuno e Fausto) para que a bênção se prolongue por muito mais tempos naqueles corredores!"

Ricardo Ramos (The Dirty Coal Train e Tiger Picnic)

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