segunda-feira, 8 de maio de 2017

CARLUZ BELO CANTA AL BERTO




















Após ter participado no Festival RTP da Canção 2008, Carluz Belo percebeu 3 coisas que mudaram a sua vida para sempre. Primeiro, foi-lhe fundamental receber pela 1ª vez reconhecimento pela sua música a nível nacional, através do certame da RTP. Depois, entendeu que só poderia perseguir um caminho musical sério, focando-se em estudos musicais e no aprofundamento da sua cultura musical. E mais tarde, percebeu que precisava irremediavelmente de fugir de Lisboa, para continuar a trilhar esse caminho de forma genuína. Refugiado na casa de campo junto à Praia de Ofir no Minho verdejante, o cantautor iniciou um processo psicoterapêutico, ao mesmo tempo que decidiu começar a entreabrir o seu misterioso baú musical, com canções mais antigas, escritas por si desde a adolescência.

Entre elas, encontrou aquela que hoje se revela como sendo o seu primeiro single: "O Mundo Que Nos Foge". Com palavras adaptadas dos 3 últimos parágrafos do livro de prosa poética "Lunário" de Al Berto, este é o único tema de Carluz que incorpora palavras de outrem. Esta escolha prende-se com o desejo de prestar tributo a uma figura ímpar e pouco lembrada no panorama artístico português, no ano em que se assinalam 20 anos desde a sua morte. Há uma secreta ligação emocional entre Sines e Esposende, entre Porto Côvo e Ofir, entre Alentejo e Minho. Este imenso litoral permanece conectado pela intemporal nostalgia portuguesa, que se materializa de forma indescritível, sempre que estamos em frente ao mar. E é isso que une a música de Carluz à poesia de Al Berto.

Muito foi o nervoso miudinho, após todo o investimento na gravação da canção e até ao momento da chegada da autorização, para usar as palavras do poeta, por parte dos seus herdeiros. Este episódio, apenas se compara ao dia em que o músico começa a trabalhar em estúdio com Pedro Saraiva. Após muitos contactos, reuniões e quilómetros feitos no eixo Porto - Lisboa com alguns dos melhores produtores musicais nacionais da atualidade, foi com imensa alegria que Carluz Belo chegou a um entendimento com o mentor dos D.R.Sax. Este 1º segredo musical agora revelado em single digital e video oficial é o 1º fruto desta parceria, que se mantém plena de afinidades musicais. No estúdio de Pedro, no Porto, a dupla continua a trabalhar no próximo lançamento, a ocorrer ainda durante 2017.

O single "O Mundo Que Nos Foge", que é agora apresentado, é a porta de entrada para o imaginário musical de Carluz Belo. Estamos perante o primeiro de muitos outros segredos musicais que serão revelados atempadamente. Aqui e agora, o convite é simples: entremos nesta aventura musical pop, minhota e em português. Sem complexos nem medo de interpretar palavras tão delicadas como as de Al Berto, Carluz carrega com cuidado, nas mãos, na voz e no olhar, esse desconsolo romântico e melancólico. Mas nem por isso deixa de o dançar!

BIOGRAFIA: CARLUZ BELO

A pop minhota de Carluz Belo respira por entre as árvores do Pinhal de Ofir. Foi aos 18 anos que o músico natural da Vila de Fão (Esposende - Braga) decidiu aprender a harmonia escondida nas teclas do piano de forma autodidata, para materializar as melodias que lhe vinham ao espírito, muitas com poemas já incluídos. Apesar da presença familiar da guitarra portuguesa nos braços do avô paterno Mário Belo desde a infância, foi apenas no clube de teatro da escola secundária que sentiu pela 1a vez a paixão pelas artes de palco.

A par da experiência académica na Faculdade de Belas Artes do Porto, onde se licenciou em design gráfico, ingressou em vários projetos musicais locais, que lhe permitiram pela 1a vez apresentar-se ao público enquanto músico e arrecadar alguns prémios como compositor. Um dos momentos mais marcantes da sua vida universitária foi a sua apresentação como solista do coro “Gospel Rhythms Society” da Coventry University, no seu espetáculo de Natal de 2005, no Reino Unido.

Esta estadia nas Ilhas Britânicas pelo programa Erasmus, foi basilar para o ajudar a compreender o sentido da sua Portugalidade e o desejo de se tornar músico por inteiro. Em 2006 rumou a Lisboa para aprender Produção Musical. Em 2008 foi convidado a participar no 44º Festival RTP da Canção como produtor e cantautor, onde apresentou o tema “Cavaleiro da Manhã”, focado na Lusofonia. Mas a sua experiência na capital só se consolida com 3 anos de estudos musicais no JB Jazz Clube, com especialização em voz, pela mão da Prof. Raquel Marques.

Em 2012 regressa ao Minho em busca da sua verdade musical. Volta a explorar o seu lado de ator, experimenta ser sonoplasta e produz e apresenta o seu próprio programa de rádio, na rádio local. Sem nunca deixar de cantar e compor, apresenta em 2014 uma série de concertos de versões com o seu irmão, o teclista Joel Belo. A sua participação no 4º Festival de Música Moderna de Amares – Tributo a António Variações – mereceu-lhe o prémio do júri, de melhor versão do Variações, com o tema “Estou Além”.

Em 2016 conhece o produtor Pedro Saraiva e juntos começam a explorar mais a fundo a arte do músico. Carluz Belo é constantemente influenciado pelos mais diversos fragmentos musicais, que são muitas vezes filtrados e metamorfoseados pela sua principal e inesgotável fonte de inspiração – o seu lugar de todas as emoções – a Praia de Ofir. Encantado com a diversidade de sabores e aromas que o género “canção” consegue abranger, Carluz persegue o seu fascínio pela música, sempre acompanhado pela língua das rimas de Camões e Variações.
 

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