Sai no dia 20 de Abril o novo FILIPE SAMBADO E OS ACOMPANHANTES DE LUXO que assinala a estreia na NorteSul, subsidiária da Valentim de Carvalho, com Manuel Lourenço (também Primeira Dama), Alexandre Rendeiro (também Alek Rein), C de Crochê e Luís Barros.
Um conjunto de canções notáveis que partem de uma matriz indie pop e consolidam um universo sónico que tanto estabelece cumplicidades com a música portuguesa ─ da canção de autor à música popular e de baile ─, como se deixa contaminar pelo krautrock, lo-fi ou surf music. São canções que nos interpelam, convocam a memória e projectam-na num exercício de reconfiguração da identidade portuguesa actual.
Filipe Sambado passou a infância e adolescência de um lado para o outro, e talvez essa errância não seja um mau ponto de partida para entender quem ele é. Se o seu crescimento é feito a errar dentro de uma fronteira, a sua música desbrava o trilho da intimidade de quem se confessa, mas inevitavelmente traz a vulnerabilidade de quem viaja.
Entre 2012 e 2014 edita uma trilogia de EPs que traçam um estado de virilidade marginal ao qual ainda ninguém se habitou. A seis canções poeticamente liferadas pelo desespero seguem-se 1,2,3,4 de urgência tipo-jacto culminando com uma torrente de melancolia lânguida em canções costuradas para nos atingirem e que ressoam perpetuamente.
Em 2016, Filipe Sambado lança Vida Salgada, a sua primeira grande obra. Aí, Sambado é mais Sambado do que até então, na voz, nas canções e nas letras viscerais. Num disco de baterias cavalgantes acompanhadas por percussões tristes e guitarras a formar o meio campo, mas muitas vezes acabando abafadas por teclados rasgadinhos, a preencherem as alas.
Filipe Sambado aproveitou este trabalho para nos levar às suas origens alentejanas e algarvias, mostrando pelo caminho que um álbum nostálgico não tem de ser obrigatoriamente um disco de infância.
Já um disco maior e emancipado tem de ser forçosamente rompedor e ousado, e capaz de não deixar ninguém indiferente. E é isso que acontece com o novo FILIPE SAMBADO E OS ACOMPANHANTES DE LUXO, um compêndio de sons organizados na forma de hinos à possibilidade de NÓS sermos outra coisa. De sermos coisas para as quais ainda não temos nomes.
Quando Filipe Sambado canta “só quero correr até já não fazer sentido”, em ALARGAR O PASSO, dá vontade de ir com ele para esse lugar onde tudo pode ser o que quisermos. É esta maturação pessoal e artística que o Filipe nos mostra.
Com este disco sentimos o processo: de aceitação e de não resignação. É inquieto mas optimista. Dá e tira e não existem respostas, tudo é sugestão, tudo condiciona, porque “o sul PODE ser o norte de alguém...” Um conjunto de canções notáveis que partem de uma matriz indie pop e consolidam um universo sónico que tanto estabelece cumplicidades com a música portuguesa ─ da canção de autor à música popular e de baile ─, como se deixa contaminar pelo krautrock, lo-fi ou surf music. São canções que nos interpelam, convocam a memória e projectam-na num exercício de reconfiguração da identidade portuguesa actual.
Filipe Sambado passou a infância e adolescência de um lado para o outro, e talvez essa errância não seja um mau ponto de partida para entender quem ele é. Se o seu crescimento é feito a errar dentro de uma fronteira, a sua música desbrava o trilho da intimidade de quem se confessa, mas inevitavelmente traz a vulnerabilidade de quem viaja.
Entre 2012 e 2014 edita uma trilogia de EPs que traçam um estado de virilidade marginal ao qual ainda ninguém se habitou. A seis canções poeticamente liferadas pelo desespero seguem-se 1,2,3,4 de urgência tipo-jacto culminando com uma torrente de melancolia lânguida em canções costuradas para nos atingirem e que ressoam perpetuamente.
Em 2016, Filipe Sambado lança Vida Salgada, a sua primeira grande obra. Aí, Sambado é mais Sambado do que até então, na voz, nas canções e nas letras viscerais. Num disco de baterias cavalgantes acompanhadas por percussões tristes e guitarras a formar o meio campo, mas muitas vezes acabando abafadas por teclados rasgadinhos, a preencherem as alas.
Filipe Sambado aproveitou este trabalho para nos levar às suas origens alentejanas e algarvias, mostrando pelo caminho que um álbum nostálgico não tem de ser obrigatoriamente um disco de infância.
Já um disco maior e emancipado tem de ser forçosamente rompedor e ousado, e capaz de não deixar ninguém indiferente. E é isso que acontece com o novo FILIPE SAMBADO E OS ACOMPANHANTES DE LUXO, um compêndio de sons organizados na forma de hinos à possibilidade de NÓS sermos outra coisa. De sermos coisas para as quais ainda não temos nomes.
Quando Filipe Sambado canta “só quero correr até já não fazer sentido”, em ALARGAR O PASSO, dá vontade de ir com ele para esse lugar onde tudo pode ser o que quisermos. É esta maturação pessoal e artística que o Filipe nos mostra.
Sem comentários:
Enviar um comentário