E se as aldeias invadissem as cidades? E a memória fosse dançada!
A ficção da música portuguesa a gostar dela própria:
“E se a música de dança de repente largasse as máquinas e fosse feita de sons orgânicos gravados em Portugal, nos montes, nas aldeias, nas cidades; vozes, adufes, bombos, flautas, cavaquinhos, sarroncas e sirenes (…).”
Tiago Pereira e Sílvio Rosado, juntam a vontade de tornar a música cada vez mais humana à vontade de distorcer sons, tradições, lugares confortáveis. Masterizando uma nova revolução em cada som, os Sampladélicos misturam o que se ouve com o que se vê para depois ser o público o re-criador da fusão do que se dança.
Sílvio Rosado, músico e Tiago Pereira, documentarista criam uma performance audiovisual a partir das gravações de práticas musicais ou ambientes sonoros de um determinado local. Construindo por um lado um arquivo vivo de documentos de uma música/sonoridade identitária local, que pode ser consultado e que mantém a memória viva, e por outro lado a desconstrução desse mesmo arquivo/memória, permitindo que a comunidade se reveja e se questione e ao mesmo tempo criando um espaço lúdico de fruição onde se pode dançar a memória ou seguir uma história.
O espectáculo audiovisual manipula som e imagens gravados ao vivo, desafiando os mais reticentes sapatos de baile, numa pista de dança que actualiza a tradição, projectando sobre ela o presente e o futuro. Este mais-que-pé-de-dança dá-se em Lisboa, no MIL - Lisbon International Music Network, no dia 5 de Abril no Europa (Lisboa), pelas 23:45 e no Cine-Teatro Louletano, no Festival Som Riscado, pelas 17:00 no dia 8 de Abril, em Loulé!
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