sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

DINO D’SANTIAGO COM NOVO VÍDEO




















DINO D’SANTIAGO AO VIVO:

*DIGRESSÃO NA POLÓNIA EM FEVEREIRO*

04 - Wejherowo, FIlharmonia Kaszubska
05 - Torun, Dwor Artusa
07 - Warszawa, Palladium
09 - Lublin, Teatr Stary
10 - Bielsko - Biala, BCK
12 - Wroclaw, Stary Klasztor
14 - Lodz, Klub Wytwornia

*FESTIVAL ID-NO LIMITS (ESTORIL) A 30 DE MARÇO*


*NOS PRIMAVERA SOUND A 06 DE JUNHO*

 SONY MUSIC ENTERTAINMENT PORTUGAL LANÇA VIAGEM COM DINO D’SANTIAGO NO INSTAGRAM

Ver aqui: www.instagram.com/mundu_nobu_start

DINO D’SANTIAGO

Mundu Nôbu’

"En ben di Lonji, ma en ka stranjeru nau/ En bá stranjeru, ma en Ka stranjeru nau!”

“Venho de Longe, mas não sou estrangeiro/ Fui para o Estrangeiro, mas não sou Estrangeiro”

«Candidato seríssimo a melhor álbum nacional de 2018 (…).»

Jorge Manuel Lopes, Jornal de Notícias (23.10.2018)

«Arrisco-me a dizer que daqui a uns tempos classificaremos a música da lusofonia com um “antes” e “depois” de “Mundu Nôbu”.»

Carlão, www.instagram.com/carlao_nabatalha

«Às vezes surgem discos que traduzem, como poucos, o que somos culturalmente. No tempo preciso, com as referências devidamente arrumadas, estabelecendo pontes entre o onde e o quando que no fundo ajudam o quem a definir-se. E há muito que urgia o emergir de um álbum que conseguisse traduzir a identidade da Lisboa do nosso tempo. Que não é só o lugar geográfico e a soma de uma vasta história de heranças, mas sobretudo uma soma de vivências que traduzem aquilo que aqui acontece e que espelham também as relações com outros lugares dos lisboetas de hoje. Somos quem aqui vive e cada um junta a esta história não apenas as memórias de ascendência mas as experiências dos locais entretanto visitados, das assimilações feitas, daqueles com quem nos cruzamos. A identidade não brota apenas como uma coisa apenas do foro da genealogia. É uma soma viva de acontecimentos.

(…)

“Mundu Nôbo” é um impressionante espaço de revelações já que, de pistas com ecos de memória acabam sempre por emergir sensações do presente, moldadas por um processo que optou por subtrair até achar a essências das coisas e, depois, para elas olhar sob um ponto de vista sem barreiras, sem fronteiras. Um ponto de vista de hoje. Resta acrescentar que ao magnífico lote de composições, aos sabores e experiências aqui convocados, à voz segura e emotiva de Dino d’Santiago e ao labor eletrónico de primeira água se junta um trabalho de produção que, pelas qualidades do som, permite arrumar todas estas ideias com clareza, pujança e solidez. De resto, e tal como o recente disco de Rosalía mostrou, esta característica – a qualidade da produção – é um fator essencial a dominar a bem das possibilidades de escuta mais além de acontecimentos nascidos num mundo periférico aos epicentros da agitação discográfica. Lisboa está na periferia, não é uma capital mundial do disco. Mas “Mundu Nôbo” pode levar uma das suas grandes vozes atuais mais além.»

Nuno Galopim, https://maquinadeescrever.org

É com este mantra, cantado em forma de oração na faixa que abre e dá título a “Mundu Nôbu” que Dino d’Santiago nos convida a entrar em sua casa. Um lugar novo mas que nos é familiar, onde as suas raízes vindas de Cabo Verde se unem à música electrónica de apelo global que caracterizam hoje a crioulofonia pulsante sentida nas novas linguagens rítmicas nascidas do triângulo Lisboa - Praia - Luanda.

O Funaná, o Batuku, a Morna, a Kizomba, o Afro-House e uma panóplia de movimentos rítmicos ainda não catalogados depurados pelo produtor Seiji são a base sonora onde a voz deste crooner Badio se instala, exteriorizando tanto emoções de celebração da vida, como se recolhendo intimamente em momentos mais virados para o interior, cantando as histórias do arquipélago da Morabeza, o mar que os leva para longe e o mar que os faz regressar ao colo das mulheres que lhes deram vida. As filhas de uma mesma mãe, esta “Africa di Nôs”.

Ao lado de Seiji e Kalaf Epalanga, que assina a produção executiva do álbum, aparecem também a dupla de produtores Branko & PEDRO da Enchufada, figuras incontornáveis da música de dança global na cidade que é invocada no hino “Nova Lisboa”. O nova-iorquino Rusty Santos, que inspirado pelos ventos da Ilha de Santiago, assina a co-produção em “Nôs Funaná”, revelando-nos as possibilidades infinitas do funaná lento, num contraste delicioso com o familiar e energético estilo musical caracterizado pelo repicar do ferrinho e gaita a velocidades vertiginosas apresentado em “Fidjo de Poilon”. A envolvência libidinosa da Kizomba, que transcende e desafia a lógica do espaço e da intimidade a que cada indivíduo se permite a experienciar em público surge com “s Crença”, criado em parceria com Loony Jonhson um dos produtores mais promissores que o Cabo-Zouk deu ao mundo.

Já vimos Dino d’Santiago navegar por tantos géneros musicais ao longo da sua carreira que há muito que deixou de fazer sentido enumerá-los. Todo o seu passado revelou-se fundamental para a criação de “Mundu Nôbu”, um álbum consciente das estruturas fundadoras da música cabo-verdiana ao mesmo tempo que expõe o futuro que poderemos vislumbrar com o aproximar da tradição à música electrónica de apelo global.

Este é um álbum transnacional, com ventos da Praia, Luanda, Nova Iorque, Berlim e Londres a soprarem na direcção de Lisboa, a cidade casa que tem o crioulo como a sua segunda língua oficial e com a qual este cantautor, com sua voz melodiosa, suportada por um som de vanguarda, nos devolve toda a poesia do quotidiano, onde os sentimentos de sensualidade e de alegria se confundem com os de melancolia.

Mundu Nôbu” é o álbum onde cabe toda a vida de Dino.
 

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