quinta-feira, 10 de outubro de 2019

FESTIVAL LUX INTERIOR A AQUECER OS MOTORES




















O Festival Lux Interior é um projecto da editora Lux Records que pretende promover os artistas do seu catálogo, e imortalizar, ao mesmo tempo, uma das figuras mais emblemáticas e inspiradoras das bandas de rock conimbricenses - Lux Interior, líder dos Cramps.

A Lux Records foi fundada em 1996, e desde então tem dado a conhecer muita da melhor música com origem na cidade de Coimbra: Belle Chase Hotel, Tédio Boys, Legendary Tigerman, Sean Riley & The Slowriders, D3O, Wraygunn, Bunnyranch, Tiguana Bibles, Ruby Ann &; The Boppin’ Boozers, É Mas Foi-se, Ghost Hunt, António Olaio & João Taborda, Azembla’s Quartet, Victor Torpedo, Tracy Vandal, Bodhi, The Walks, Millions, Raquel Ralha & Pedro Renato, Wipeout Beat, Birds Are Indie, Mancines, A Jigsaw, Twist Connection, Spicy Noodles, Tricycles e Flying Cages.

Mas nem só de Coimbra vive a história da Lux Records: Mão Morta de Braga, X-Wife do Porto, Unplayable Sofa Guitar e Madame Godard de Viana do Castelo, Born A Lion da Marinha Grande, Houdini Blues de Évora, e até os Swell de São Francisco (E.U.A.) e Dean Wareham dos nova-iorquinos Luna (E.U.A.) têm a sua história marcada pelo selo da Lux Records.

Nos próximos dias 31 de Outubro, 1 e 2 de Novembro, a terceira edição do Festival Lux Interior não será só uma compilação da actividade da editora ao longo de mais de duas décadas, mas também e principalmente, um abrir de novos horizontes para a produção musical da cidade de Coimbra. O habitual "warm-up" será a 11 e 12 de Outubro, no Salão Brazil.

SUBWAY RIDERS

Os Subway Riders são verdadeiros loucos musicais e poetas ruidosos com doses de energia contagiante e improvisos de génio. Ao vivo estranham-se, mas depois entranham-se. Fazem música de uma forma original, corajosa e surpreendente, mutando imprevisivelmente entre concertos, e sempre sem ensaios.

Criados em 1989, e com várias formações ao longo dos anos, dois dos fundadores permanecem - Victor Torpedo e Carlos Dias. Com Pedro “Calhau” Antunes (Bunnyranch), Augusto Cardoso (Tiguana Bibles) e Pedro Chau (Ghost Hunt), está lançado o caos. A inquietude da música e dos concertos não é para todos, mas viciam os mais audazes.

Em Dezembro de 2018 fizeram parte da compilação "A Date with Gliding Barnacles" um disco editado pela Lux Records para ajudar a organização do Festival homónimo, que sofreu com a tempestade Leslie.

FROM ATOMIC

From Atomic são Al, Márcio e Sofia, um trio nascido em 2018, em Coimbra, cidade conhecida por ser o berço de notáveis projectos rock nacionais.

A sua sonoridade resulta de uma perfeita simbiose entre a pop vanguardista dos anos 80 e o indie-noise dos anos 90. A simplicidade e dramatização que Sofia aplica nas canções, através da voz e do baixo, é brutalmente transformada pela musicalidade crua da bateria e a teatralidade da guitarra, criando canções viciantes.

A primeira canção da banda foi editada na compilação "A Date with Gliding Barnacles", pela mão da Lux Records. Depois de terem dividido o palco com os The Parkinsons em 3 datas da sua mais recente tour, estão a trabalhar para, em 2019, lançar o seu primeiro longa duração e estar onde mais gostam, de frente para o público.

GHOST HUNT

Os Ghost Hunt são um duo de música electrónica composto por Pedro Oliveira (ex-Dive, Spider, Blarmino e One Love Family) e Pedro Chau (Parkinsons, ex- Blood Safari, ex- 77).

A maquinaria usada por Pedro Oliveira remete-nos para o universo do Krautrock com nomes como Kraftwerk e Neu! à cabeça, e Pedro Chau junta as suas linhas de baixo tensas e ásperas, que dão corpo às composições.

O primeiro disco do projecto, de título homónimo, foi editado em CD no dia 7 de Novembro de 2016. Um ano depois, surgiu a edição em vinil com carimbo da conimbricense Lux Records.

WIPEOUT BEAT

Os Wipeout Beat são a nova banda de três veteranos da cena musical de Coimbra. Carlos Dias, Pedro “Calhau” Antunes e Miguel Padilha têm os seus nomes ligados a bandas conimbricenses com sonoridades tão diversas como Bunnyranch, Subway Riders, Garbage Catz, a Jigsaw, Objectos Perdidos, entre outras.

Os teclados clássicos da Casio, uma guitarra e uma velha caixa-de-ritmos da Roland, soam ao mais sujo do garage, aos sons minimais dos Suicide ou do Philip Glass, a uma “eletrónica primitiva”, fazendo com que seja impossível não bater o pé.

Produzido nos Estúdios Blue House em Coimbra, com a dupla Jorri/João Rui dos A Jigsaw, e editado pela Lux Records, “Small Cities Big Thoughts” é o resultado de ano e meio de longas e divertidas noites, a descobrir, explorar e criar algo de que se orgulham: música simples para gente descomplicada que gosta de dançar.

DIRTY COAL TRAIN

Após trocarem dicas de culinária e experiências religiosas, Conchita de Aragón Coltrane e Reverend Jesse Coltrane descobriram afinidades musicais que valiam a pena explorar. Para completar os sons exóticos do combo, decidiram ressuscitar o cadáver de Old Rod, um maquinista enlouquecido, reformado com o último dos motores a vapor.

Procurando paragens mais tolerantes, mudaram-se para Portugal, trocando jacarés, gumbo, mezcal e bourbon por noites de magia negra, presunto, vinho tinto e queijo da serra. Pretendem, com os seus uivos e ruídos estridentes, encontrar comunhão com outras almas perdidas e manter vivo o espectro do rock mais cru feito neste canto esquecido da Europa.

Foi isso que fizeram quando gravaram "Voodoo Heartbeat / Lost in the Jungle", uma versão de duas canções dos Tédio Boys, que faz parte do alinhamento de "Coverbilly Psychosis", a editar brevemente pela Lux Records.

THE ACT UPS

The Act-Ups nasceram em 2001 no Barreiro. Em 2003 editaram o primeiro disco, “I bet you love us too”, a banda sonora perfeita para uma festa em tom de soul, blues-punk e garage-rock. Em 2016, comemoraram 15 anos de existência com a edição de uma compilação (LP+7”) intitulada “Something to Forget”. A banda regressou aos palcos em 2017, com passagem por alguns festivais portugueses e uma digressão de 15 datas em Espanha e França, com concertos explosivos, enormes festas pagãs onde as canções e o público ganham uma nova vida.

Recentemente gravaram o tema “Baldie (The Bulldog)” para o disco de tributo aos Tédio Boys “Coverbilly Psychosis”, que será editado brevemente pela Lux Records.

FLYING CAGES

Os Flying Cages são uma banda portuguesa de indie-rock.

Os seus discos "Lalochezia" (2016) e 'Woolgather' (2017) permitiram que a banda percorresse Portugal de Norte a Sul, e fizesse uma tour por Itália e por Espanha.

São mais uma das bandas que participa no álbum de tributo da Lux Records aos Tédio Boys - "Coverbilly Psychosis" - onde fazem uma versão de "Laramie". Neste momento estão a preparar o seu terceiro álbum de originais, que marcará a estreia para a Lux Records, e tem edição prevista para Janeiro de 2020.

SELMA UAMUSSE

Até há pouco tempo, a voz de Selma Uamusse era uma voz do gospel, da música soul, do jazz e até do rock’n’roll. Era essa a música que lhe ouvíamos, mas também a música que a cantora se achava com legitimidade para cantar. Precisou de viajar até Moçambique para se reconhecer na música do sítio onde nasceu, para perceber como o corpo lhe estremece ao escutar a música tradicional daquele imenso país, e para concluir como, na impossibilidade honesta de poder assumir essa tradição como sua, inventar uma outra, uma forma pessoal de se relacionar com essas raízes.

O Festival Lux Interior será o palco para a apresentação da edição em vinil de "Mati", o seu hipnótico álbum de estreia a solo, que ostenta o selo da Lux Records.

A JIGSAW

Foi há quase 20 anos que os a JIGSAW começaram a fazer canções. Profundamente inspirados pela música popular norte-americana, João Rui e Jorri deitaram mãos ao fascinante legado da folk, da country e do blues, agora acompanhados pela The Great Moonshiners Band que integra nomes como Victor Torpedo e Tracy Vandal.

Desde cedo foram apurando uma alquimia que os tornou populares em Portugal e além-fronteiras, motivando elogios da imprensa internacional. Com quatro álbuns editados, os seus espectáculos ao vivo são marcados pelo imaginário da mitologia sulista dos Estados Unidos, e pela forma como os músicos multi-instrumentistas ajudam a tornar real esse quadro de fantasia.

O quinto álbum dos A JIGSAW terá o selo da Lux Records, e será editado em Outubro.

SAMUEL ÚRIA

Com uma proveniência marcada pelo punk, pelo rock’n’roll e pela estética low-fi, Samuel Úria tem ganho notoriedade desde 2008, altura em que, entre edições caseiras e concertos em que apenas se acompanhava pela guitarra acústica, se deu a conhecer. Singular na língua materna, singular nas melodias e singular na relação com o público, aos poucos se gerou o culto e assomou a expectativa, consagrando Samuel Úria como o mais interessante cantautor do século XXI português.

A primeira parte do concerto será assegurada pelos conimbricenses Mancines, para quem Samuel Úria escreveu a letra da canção "O Poço", gravada para o próximo disco de originais da banda.

MANCINES

As vozes de Raquel Ralha (Wraygunn, Belle Chase Hotel, Azembla’s Quartet, The Twist Connection) e Toni Fortuna (D3o, Tédio Boys, M’as Foice) juntam-se a Pedro Renato (Belle Chase Hotel, Azembla’s Quartet) e Gonçalo Rui (produtor musical e guitarrista) para uma viagem cinematográfica, sem guia turístico, pelas bandas sonoras dos anos 60 e 70.

Passados quatro anos da estreia com "Eden's Inferno", a banda regressa em 2019 com o álbum "II" pela mão da Lux Records. É um disco menos negro, mais positivo e actual, sobretudo mais desligado das sonoridades dos projectos anteriores dos músicos. Se “Eden’s Inferno” fora digno de alguma atenção por parte do público e da crítica,este novo disco promete fazer
mexer a banda, agora mais coesa e menos tímida em palco.

MANCINES é aquilo a que o dia-a-dia das nossas vidas deveria soar, se estas tivessem banda sonora!
 

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