quarta-feira, 17 de junho de 2020

URSO BARDO REGRESSAM AOS CONCERTOS















A banda lisboeta, volta a pisar os palcos no dia 26 de junho, pelas 22:00. Com uma lotação máxima de 15 lugares (segundo as normas de segurança da DGS) a sala José Afonso, na Casa da Cultura de Setúbal, foi o local escolhido para o espetáculo. O concerto será transmitido no Facebook e site da Casa da Cultura, no dia 27 de junho, pelas 18:00.

As saudades do palco já são muitas. Após uma tour europeia, com passagem pela Espanha, Itália, França e Suiça, e recordações de lugares incríveis, boas amizades e novos públicos os Urso Bardo, têm na expectativa “muita catarse” para aquele que é o primeiro concerto, pós confinamento e tour. Depois de uma paragem de 6 meses, segundo a banda, já se sente falta “da itinerância. De todos os dias haver espetáculo. Da constante novidade. Da aventura” vivida na estrada, afirmando estarem prontos para outra aventura.

Isolados uns dos outros, sem ensaios ou concertos, longe da sua base (a sala de ensaios), a banda prepara-se para a nova realidade ainda novinha. Esta experiência também é novidade para a Cadeira Amarela, responsável pelo agenciamento e management dos Urso Bardo, inaugurando o regresso aos concertos das suas bandas.
O lado bom desta paragem está na “oportunidade para compor novo material agora que o desconfinamento volta a permitir ensaios”, relatam os Urso Bardo. Aliando esta oportunidade ao desejo de voltar a gravar, é possível dizer que se pode esperar um terceiro disco num futuro próximo.

A entrada do concerto é gratuita sendo necessário fazer pré reserva do bilhete, a reserva é válida até à meia-hora anterior ao espetáculo.

Vida e Morte de D. Antónia (2019)

Nas palavras de Vasco Gato: "Nesta sua segunda encarnação, os Urso Bardo voltam a costurar uma composição cuidada, capaz de contornar com elegância os cadafalsos da aridez ou da inconsequência. Por vezes o vagar de nuvens estendidas ao entardecer. Por vezes a noite já de ruas em câmara rápida. O discurso instrumental remete-nos para as casas e inflexões da interioridade, respondendo a um certo pendor contemplativo, porém inquieto, do sangue. Ao fundo vislumbramos a tela do espaço. E há searas rendidas ao sopro interpretativo do vento. Tormentas que são a grande preparação da chegada. A vida e a morte inscritas no título são, no território sonoro que nos interpela, as duas forças em contenda. Se algo é construído, logo surge um corte a dizer que outra coisa havia aí afinal, que o que se erigiu está para ser desmanchado e que essa derrocada é o que conviria ver. E nós deixamo-nos levar, confiando nesses dois pés, um que avança, outro que calca. A terra queimada é uma terra viva. Encerra em si a história do fogo, a negra fulguração do que houve. Há sempre vestígios que podemos amealhar e, com eles, entregar-nos ao puro transe dos mundos possíveis. Mas é este mundo. O mundo de D. Antónia. O dia D.”

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