Primeira Dama é uma das figuras mais presentes do nosso panorama musical. Com 23 anos, tem o mérito do seu nome, com os LPs Histórias por contar e Primeira Dama, não se sustentar apenas pela preponderância que teve na revitalização de Lena d'Água em concertos de repertório repartido, com a banda que agora o acompanha, no estúdio e palco com Filipe Sambado ou na produção do último álbum de Sreya.
Das primeiras histórias de 2016, assentes num som escuro, chegou com o homónimo de 2017 à luminosidade e confiança, revelando o seu esplendor na escrita de canções.
Superstar Desilusão traz uma outra faceta: a do indie-rock de Julian Casablancas e o lado mais garageiro das Pega Monstro ou dos Veenho, com que cresceu. Precisamente por isso, a produção em banda foi entregue a Gonçalo Formiga, cabecilha dos Cave Story e um dos produtores da nova vaga do garage-rock português.
Superstar Desilusão traz uma outra faceta: a do indie-rock de Julian Casablancas e o lado mais garageiro das Pega Monstro ou dos Veenho, com que cresceu. Precisamente por isso, a produção em banda foi entregue a Gonçalo Formiga, cabecilha dos Cave Story e um dos produtores da nova vaga do garage-rock português.
No entanto, nunca esquecendo a sua essência pop, entregou a produção das vozes ao jovem Bejaflor, um verdadeiro visionário na produção electrónica nacional. Leonardo Bindilatti, entre Iguanas, Rabu Mazda e Putas Bêbadas, é talvez a pessoa que melhor entende essa dualidade, conciliando estas duas vertentes na masterização.
Após 3 intensos anos de trabalho com músicos tão diferentes entre si - Martim Brito (bateria), António Queiroz (baixo), João Raposo (guitarra e sintetizador) e Inês Matos (guitarra-solo) -, Superstar Desilusão de Primeira Dama surge como um disco visceral e exploratório, sempre com um apurado sentido pop, evidenciando nas canções o crescimento e auto-reflexão crítica: ri-se de si próprio com o dedo na consciência.
Sem comentários:
Enviar um comentário