O disco
Toda a pré-produção foi feita caseiramente por Elísio Donas, com muitos ficheiros áudio a viajarem por todos os músicos, mil emails e letras e extensas considerações e ideias e votações, ensaios caseiros à mistura. É, muito, um disco de laboratório e de estúdio, sem dúvida. Estamos confortáveis com isso, é um processo diferente do nosso costume mas muito surpreendente para todos, constantemente.
As gravações do disco, a decorrerem já há algum tempo, já passaram por Guimarães e pela sua Academia de Bailado de Guimarães, por algumas experiências pontuais no Estúdio Paraíso 530 (algarve), e nos últimos meses têm-se concentrado no Estúdio Namouche, em Lisboa, onde iremos continuar até ao final do ano. Nos entretantos iremos por algum tempo até ao Porto gravar mais coisas e outros amigos. E assim segue em viagens constantes, até ao princípio de 2021, em que por agora só sabemos, definitivamente, que terminaremos as gravações oficiais do nosso álbum em Lisboa, novamente no Estúdio Namouche e com o nosso técnico de estúdio Joaquim Monte, com as gravações pelo Ensemble de Cordas convidado dos arranjos de cordas compostos por Elísio Donas para vários (pouco menos de metade) dos temas do álbum. O disco terá, à partida, treze faixas (uma delas instrumental e outra uma homenagem a Sérgio Godinho e ao seu “Lá Em Baixo”, uma das canções portuguesas mais importantes e significativas para Elísio Donas e a primeira vez que Elísio grava uma versão para um disco de originais do qual faça efectivamente parte da banda).
O álbum tem
Produção Musical e Executiva de Elísio Donas
Misturas de Carlos Lopes e
Masterização de Mário Barreiros
E intitula-se “Fazer das Mágoas Coração”
Será editado em 2021.
O Gato Moto
Gato Morto é o projecto musical e pessoal de Elísio Donas, o teclista dos Ornatos Violeta.
Partindo das suas músicas e canções e de um universo muito próprio, o Gato Morto é primeiro que tudo uma banda, os cinco músicos que integram o projecto, naturalmente a formação real e tangível, constante, permanente e visível - os cinco unidos por uma crença e vontade muito bonitas - mas é também uma união artística de pessoas, na sua identidade e espírito algo grupal, em mutação sempre possível e inesperada, que connosco participam desde a escrita de letras ao desenho de luzes em areia, por exemplo, do design gráfico à nossa equipe técnica (tão importantes quanto nós, uma única equipa una na estrada e nos palcos), das fotos às misturas ou masterização, enfim, todos eles excelentes músicos, técnicos e/ou criadores das mais variadas áreas de expressão artística e cultural, pessoas que fomos encontrando ao longo dos anos e com elas estabelecendo relações de sentida amizade.
Mais do que uma banda, e sem pressas ou pressões externas, o Gato Morto é um colectivo artístico e uma forma de estar na vida e na arte.
Com origem física, afectiva e emocional, na cidade do Porto, e ao Porto incontornavelmente associado pelo músico que ao grupo deu a origem e forma, este é um projecto particular também na sua vivência e existência geográfica, espalhada esta literalmente pelo país de Norte a Sul. Os seus elementos - cuja escolha pessoal, por Elísio Donas, foi muito demorada, altamente ponderada e intensamente vivida - espalham-se pelas cidades do Porto, Lisboa e Faro.
Demorámos, literalmente, alguns anos a chegarmos ao núcleo final, inalterável e definitivo, do Gato Morto, estas cinco pessoas e individualidades, mas são estas as únicas pessoas que todos sentimos fazerem sentido e presença inquestionáveis nesta nau e na sua intensa, longa e absolutamente imprevisível viagem, sem um destino absoluto, racionalmente planeável ou inequívoco.

Sem comentários:
Enviar um comentário