"Às vezes temos que entender quem são os nossos predadores. Os morcegos comem sempre as baratas.”
-Neemias
N'O Enigma do Morcego, o segundo longa-duração da Barata Cósmica, atravessa-se o espaço até à sua infinitude.
Correndo este álbum sente-se a construção de uma narrativacinematografia, as músicas criam imagens de lugares distantes e os diversos mundos da mente; como um astronauta que se perde no espaço onde a
gravidade se realça. e fica a sós com os seus pensamentos - as memórias, um futuro incerto repleto de cores e texturas.
Mesmo quando se descobre coisas novas só resta à mente fazer delas importantes.
Ora se em Antimatéria existe um mistério no início da história, em Dissonância Magnética toma-se passos largos e cuidados porque se desconhece a matéria por onde se caminha, mas aqui já a Barata dança (as luzes mudam entre cores cintilantes e a escuridão), Algumas notas que se reconhecem ao longe levam-no, através de um “wormhole”, para a quinta faixa deste álbum, Pulsar. O espaço é diverso, (assim como este disco).
A Barata restabelece contacto com casa. Mas o que é casa se não uma gruta de memórias sobrepostas? É através de uma Partícula Virtual que a Barata volta ao solo, mas dentro da sua cabeça continua a perguntar-se no infinito; Porque é que aos morcegos a gravidade não lhes toca?
Texto por: Camíla Vale
Podem escutar previamente o álbum em:
https://soundcloud.com/barata-cosmica/sets/o-enigma-do-morcego/s-AtQ0jMmOsyC

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