Nesta nova proposta, a banda embrenha-se pelo habitual misticismo que a caracteriza, deixando para trás a sonoridade densa e dramática de To Know Thyself (LP.2019), não abdicando da teatralidade, da alegoria ou da fábula para criar um ambiente repleto e rico de elementos que fazem deste
novo trabalho uma das surpresas de 2021.
Tendo como pano de fundo o Homem e a sua relação com a Natureza, Wind and Blue assume-se como um elaborado exercício de composição que culmina como premonição de um futuro não tão distante, obedecendo à metafisica premissa de quem semeia ventos, colherá tempestades.
Arroyo é single que transborda a misticismo e a reflexão.
Tábua rasa para a dissertação e contemplação de realidades que fogem ao olhar mas que das quais vamos sentindo o seu toque, Arroyo lança o mote para a constante reflexão que se sente em Wind and Blue.
O tema está desde a passada semana disponível nas principais plataformas digitais tendo sido alvo de destaque e elogios por parte da imprensa especializada com menções no Portugália da Antena 3, na RUM e na Ruído Sonoro.
Wind and Blue surge após o convite de residência artística por parte do Gnration e é um trabalho que reflete ânsias e desapegos, que se debruça sobre a moldura pela qual olhamos o mundo e a maneira como, através dessa janela, somos assombrados. Brisa ou rajada, Wind and Blue é seguramente a proposta mais madura e surpreendente da banda até ao momento.
Contando com Budda Guedes no sound engineering, o mixing e mastering a ficar ao cuidado de Miguel Vilhena e Manuel dos Reis e João Carlos Pinto nos sopros e orquestração respectivamente, Wind and Blue é seguramente uma das maiores surpresas desta rentrée.
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