É estreada no próximo dia 15 no Cine Teatro Louletano, a peça de teatro "Cochinchina" criada por Sandra Barata Belo a partir de uma adaptação livre da obra de Afonso Cruz "Princípio de Karenina".
Para a criação e execução da música original, a actriz que para além da adaptação assina ainda a encenação, convidou Samuel Úria. O resultado pode ser já visto e escutado a partir do próximo sábado. A par de ambientes sonoros, Samuel Úria compôs para "Cochinchina" seis canções inéditas a partir do texto criado por Sandra Barata Belo.
Esta não é a primeira experiência de Samuel Úria no universo da composição de bandas sonoras. Ainda que para televisão, no ano passado o cantautor ilustrou musicalmente "Prisão Domiciliária", a série realizada por Patrícia Sequeira para a SIC.
"Cochinchina" inicia em Loulé uma série de apresentações pelo país que contará com passagem no Teatro Meridional, em Lisboa, a partir de 10 de Fevereiro. Margarida Vila-Nova, Patrícia André e Vtor D'Andrade asseguram representação.
COCHINCHINA
de Sandra Barata Belo
Cochinchina é uma adaptação livre da obra de Afonso Cruz, Princípio de Karenina. Vem encerrar uma trilogia de cartas de amor e morte que Sandra Barata Belo iniciou com Morreste-me de José Luís Peixoto, estreada em 2013, seguindo-se Carta de uma Desconhecida, de Stefan Zweig, estreada em 2015.
Estas obras literárias, adaptadas por Sandra Barata Belo para o teatro, ligam-se formalmente por serem cartas que falam de amor e de morte, constituindo, com Conchinchina, uma trilogia que fala, com inquietude, destes sítios aparentemente estáveis onde se guarda o passado, onde o presente é frágil e mal se sente. A dualidade é constante, o pensamento também e o futuro chega antes do tempo. E quando já não há tempo, chega inesperadamente uma carta. Cedo demais, tarde demais.
E depois das cartas, como se segue com a vida, quando tudo o que ainda está por vir jamais alterará o passado? O futuro torna-se irreversível ou é reparável? Como se recebem estas cartas? E como está quem as escreveu?
SINOPSE
Um homem vive na dualidade entre o que está dentro da sua porta e para além dela. O estrangeiro tanto o inibe como o fascina. Até ao dia em que uma empregada da Cochinchina vem trabalhar para sua casa e quebra com todas as fronteiras criadas, primeiramente pelo pai e depois por ele. A partir daqui, há uma luta constante entre o amor e a desilusão, a coragem e a cobardia, entre ir ou ficar, e estranhamente está tudo certo. No fim da sua vida quando não há mais para adiar, restando-lhe apenas a morte, parte para o Oriente em busca de uma filha que nunca o irá conhecer e escreve-lhe uma carta, revelando a sua história, que é também a base do nosso Portugal, em contrários e com os seus antónimos.
ADAPTAÇÃO & ENCENAÇÃO
Sandra Barata Belo
INTERPRETAÇÃO
Vítor d’Andrade
Margarida Vila-Nova
Patrícia André
MÚSICA
Samuel Úria
SONOPLASTIA
Nanu Figueiredo
CENOGRAFIA
Rui Francisco
FIGURINOS
Katty Xiomara
ASSISTÊNCIA DE ENCENAÇÃO
Raquel Oliveira
MOVIMENTO
Cláudia Nova
DESENHO DE LUZ
Tasso Adamapoulos
DIREÇÃO TÉCNICA & OPERAÇÃO DE SOM E LUZ
Vitor Gouveia
ASSESSORIA DE IMPRENSA
Helena Marteleira
DESIGN GRÁFICO & FOTOGRAFIA
Telmo Sá
PRODUÇÃO EXECUTIVA
Cassefaz
PRODUÇÃO
Beladona
CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA
M/12
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