Os PMDS apresentam ao vivo o álbum ‘Caloura’, uma edição Variz.
Sábado, 26 de Fevereiro: MUSICBOX’ Lisboa
Sexta-feira, 4 de Março: AVEIRO ARTS HOUSE, Aveiro
Sábado, 5 de Março: PASSOS MANUEL, Porto
PMDS significa Processor Modulation Density Sequencer, que é também o nome do primeiro álbum dos PMDS editado em 2012 (Thisco), o projecto composto pelo duo Pedro Sousa e Filipe Caetano. Quase uma década após essa estreia regressam com “Caloura”, obra de lugares quentes e ternos, em jeito de viagem por inúmeras imagens da electrónica cósmica.
Ao longo de quarenta minutos ouvem-se temas que se sentem plenos, convictos da ordem de ideias e referências, e com liberdade para navegarem por diferentes espectros da electrónica contemplativa, com as suas regras e códigos. Cada composição segue uma ordem de princípio, meio e fim. Há vários twists pelo meio, surpreendentemente muitos acontecem logo no início, como se quisessem apontar o ouvinte para uma direcção e, rapidamente, a mudassem para um sentido completamente oposto. Contudo, fazem-no delicadamente.
“Berlin” é uma agradável visita às ideias de ritmos mecânicos e repetitivos dos três primeiros álbuns de Neu!, sem fazer com que isso soe a krautrock ou kosmische, mas a uma corajosa e determinada aventura de máquinas a viverem no presente. Temas como “Canyon” ou “ETST” convidam a lembrar alguns arranjos dos Radiohead na sua fase “Kid A” e “Amnesiac” e, muito rapidamente, desviam as atenções dessas memórias para lugares mais próximos de Clint Mansell e as suas bandas-sonoras.
A brandura de “Nippon” resume da melhor forma a plenitude de “Caloura” enquanto álbum em viagem pelas memórias da electrónica com a preocupação de ser um lugar seguro, confortável, amigável. Nas suas diversas dimensões, esta segunda obra dos PMDS em nenhum momento esquece a calma que a electrónica pode encontrar sem ser música ambiente. Que o ritmo pode existir sem ser agressivo, perpendicular e desviante. Também pode ser aconchegante e embalar. “Caloura” vive nas nuvens. - André Santos.
Ao longo de quarenta minutos ouvem-se temas que se sentem plenos, convictos da ordem de ideias e referências, e com liberdade para navegarem por diferentes espectros da electrónica contemplativa, com as suas regras e códigos. Cada composição segue uma ordem de princípio, meio e fim. Há vários twists pelo meio, surpreendentemente muitos acontecem logo no início, como se quisessem apontar o ouvinte para uma direcção e, rapidamente, a mudassem para um sentido completamente oposto. Contudo, fazem-no delicadamente.
“Berlin” é uma agradável visita às ideias de ritmos mecânicos e repetitivos dos três primeiros álbuns de Neu!, sem fazer com que isso soe a krautrock ou kosmische, mas a uma corajosa e determinada aventura de máquinas a viverem no presente. Temas como “Canyon” ou “ETST” convidam a lembrar alguns arranjos dos Radiohead na sua fase “Kid A” e “Amnesiac” e, muito rapidamente, desviam as atenções dessas memórias para lugares mais próximos de Clint Mansell e as suas bandas-sonoras.
A brandura de “Nippon” resume da melhor forma a plenitude de “Caloura” enquanto álbum em viagem pelas memórias da electrónica com a preocupação de ser um lugar seguro, confortável, amigável. Nas suas diversas dimensões, esta segunda obra dos PMDS em nenhum momento esquece a calma que a electrónica pode encontrar sem ser música ambiente. Que o ritmo pode existir sem ser agressivo, perpendicular e desviante. Também pode ser aconchegante e embalar. “Caloura” vive nas nuvens. - André Santos.
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