quarta-feira, 9 de março de 2022

NOVO SINGLE DE FILHO DA MÃE JÁ DISPONÍVEL
















“A Um Osso” é o primeiro single do próximo disco de Filho da Mãe, “Terra Dormente”, que será editado a 8 de abril pela Omnichord Records.

“A Um Osso” foi gravada em Ílhavo, na Capela da Biblioteca Municipal, em agosto de 2021, num período ainda muito marcado pelos efeitos da pandemia com os confinamentos e desconfinamentos sucessivos. Adivinhava-se um ano seguinte complicado com “mil cães a um osso” de onde surge o nome da música.

Foi uma luta a dois entre o Filho da Mãe na guitarra e o Hugo Valverde atrás dos microfones com algumas ideias a voar contra as paredes da capela e a encontrarem salvação na mesa do jantar. Foram-se seguindo vários takes ao longo dos dias e tentativas de domar a música até que finalmente, já em processo de mistura do disco, esta acabou por se revelar naturalmente.

É uma marca de força em “Terra Dormente”, um disco que caminha entre dois mundos difusos, que sugere imagens duplicadas e reflexos que opõem uma dita “realidade” a outro mundo qualquer. Ana Viotti, realizadora do videoclipe que acompanha o lançamento do single, capta bem estas imagens cheias de reflexos e baralha-as como se misturasse aqueles dois “mundos” num cenário quase idílico ao nascer do dia lançando o mote para o imaginário do restantes temas que compõem este novo trabalho de Filho da Mãe.

O regresso de Filho da Mãe dá-se também nos palcos, já com um espetáculo agendado para o próximo dia 16 de março na Culturgest, em Lisboa. Este concerto será o primeiro de “Terra Dormente” e serve como pré-apresentação do disco a editar a 8 de abril. No fundo, será uma oportunidade inédita para os espectadores que, neste espetáculo, poderão ter a experiência de escutar o álbum completo, tocado na sua totalidade ao vivo, ainda antes da sua edição. Bilhetes disponíveis na ticketline. O disco, em formato físico, poderá ser comprado na Culturgest nesta data.

SOBRE O CONCERTO:
O regresso de Filho da Mãe é uma conquista. Primeiro, para ele próprio; depois, para todos nós, que o esperávamos há demasiado tempo. Atravessando desassossegado uma pandemia transformada em túnel sem saída aparente, a luz que foi cintilando no seu fim nem sempre correspondeu à realidade, acabando por se misturar com várias ficções, adicionando tormentos, dúvidas e incertezas. A certa altura, foi justamente esta falta de discernimento do que é ou não real que acabou por servir de inspiração, uma incerteza que se multiplicou na hipótese bem credível de vários discos editados, entre o anjo acústico e o demónio elétrico, entre rascunhos no Alentejo e mais rascunhos em Lisboa, feita de palavras com duplo sentido dedilhadas durante horas sem fim. Inevitavelmente, a espera tornou-se numa obrigação, como uma peregrinação necessária. No desfecho disto tudo, Rui confessou-nos que o adiamento foi a melhor opção de todas, para que saísse vivo desse tal túnel e criasse, da dor e do tempo, a música que Filho da Mãe precisou de fazer.

- Pedro Santos, Culturgest -

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