sexta-feira, 29 de abril de 2022

NOVO DISCO DE MISIA




















Animal Sentimental é um conceito multidisciplinar que percorre a vida e carreira de Mísia: um livro autobiográfico, um álbum que revisita a sua história e um espetáculo agendado para 27 de maio no Museu do Oriente que promove um aguardado reencontro com o público.

Animal Sentimental é o novo álbum de Mísia que é editado no dia 29 de abril, através da editora alemã Galileo. Mas este é um projeto multidisciplinar que conta, canta e realça o percurso da artista que revolucionou o Fado tradicional - ouvir Animal Sentimental AQUI.

Mísia não é apenas um dos mais preciosos tesouros do nosso panorama musical, é também uma das mais aventureiras e inovadoras artistas do Fado, uma voz que nunca esqueceu a tradição e que soube sempre integrar na sua obra os sinais que a vida lhe trouxe. Os sentimentos, essa inefável matéria que inspira poetas e artistas de tantas outras áreas, são tesouros que não pesam senão na alma. Mísia sabe bem disso.

Esta artista mulher, fadista sonhadora, cantora atriz, contadora de histórias suas e alheias, é a primeira a admitir que é um animal sentimental. Abre agora um novo capítulo de uma carreira que se estende por três décadas e que tem amplo reconhecimento internacional – Animal Sentimental.

Um álbum, também este guiado pela própria Mísia em parceria com Wolf-Dieter Karwatky, premiado produtor com 50 anos de carreira que tem trabalhado com alguns dos maiores nomes da música clássica, colecionando Grammys e somando projetos de sucesso carimbados pela Deutsche Grammophon.

Em Lisboa, Karwatky gravou com Mísia e uma série de experimentados músicos nos históricos estúdios Namouche, incluindo o pianista Ricardo Dias, que assumiu a direção musical e os arranjos. No projeto participaram ainda o pianista Fabrizio Romano, os guitarristas Bernardo Couto (guitarra portuguesa), Bruno Costa (guitarra de Coimbra), Bernardo Viana (viola de fado), Luís Ferreirinha (viola) e ainda o baixista Daniel Pinto. São eles que se escutam num cuidado alinhamento que cruza novos arranjos para temas a que Mísia já tinha dado voz no passado, mas também algumas surpresas: "Qué He Sacado Con Quererte” de Violeta Parra será uma delas, tal como “De Alguna Manera”, tema em castelhano com letra e música de Luis Eduardo Aute que Mísia já tinha interpretado, mas que aqui ganha nova vida. “Fico a Cismar”, um original de Rodrigo Leão, também cabe nessa entusiasmante categoria das surpresas que nos mantêm agarrados à voz de Mísia.

A cada uma das peças, Mísia entrega-se sem reservas, tomando cada canção um espelho que reflete esses tais sentimentos que a carregam e que ela mesmo carrega, denotando uma inteligência interpretativa singular, refinada por uma séria postura artística que sempre a diferenciou. Na capa, esse lado singular, captado pela pintora francesa Anne-Sophie Tschiegg, porque só uma artista consegue mostrar o rosto verdadeiro de outra artista.

De destacar as palavras, eleitas com o cuidado de quem procura nos poetas esses tradutores dos mais fundos sentimentos. Em Animal Sentimental, cantam-se Tiago Torres da Silva e Fernando Pessoa, Mário Cláudio e Natália Correia, Vasco Graça Moura e Lídia Jorge, gigantes das nossas letras, todos eles.

Um projeto que integra também um livro que será feito de episódios poéticos e momentos cómicos e sentimentais, de pequenas tragédias, de um caminho longo de vida que recua às memórias de infância e que, a partir de 1991, começou a ser fixado em discos de crescente sucesso e ambição artística. Por detrás deste livro está um processo de curadoria musical e é assim que nasce o álbum.

E, por fim, o espetáculo de 27 de maio no Museu do Oriente, em Lisboa. A oportunidade para um aguardado reencontro com o público numa proposta única de visitar o fascinante universo criativo de Mísia. Neste espetáculo, a artista reúne em cima do palco, as histórias e as canções mas também os sentimentos, emoções e experiência de uma mulher que viajou o mundo, cantando-o em português e reunindo memórias únicas, nunca antes partilhadas publicamente.

Afinal, o palco é o habitat natural de qualquer animal sentimental.

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