quarta-feira, 20 de julho de 2022

FESTIVAL SANTA CASA ALFAMA












Igreja de São Miguel
MIGUEL RAMOS convida Pedro Jóia
LINA
23 de setembro

MARIA ANA BOBONE
ANA SOFIA VARELA
24 de setembro

Igreja de Santo Estevão
JOANA AMENDOEIRA
DIAMANTINA
23 de setembro

FADISTAS DO PORTO cantam MAX
24 de setembro

Fado à Janela
JORGE SILVA, GILBERTO SILVA e JOSÉ MANUEL RODRIGUES
23 e 24 de setembro

Bilhetes à venda em meoblueticket.pt, no Museu do Fado e nos locais habituais.

23 e 24 de setembro
Alfama, Lisboa

Nos dias 23 e 24 de setembro, o Santa Casa Alfama está de regresso para mais uma grande celebração da nossa música. O cartaz é diverso e os motivos de interesse crescem a cada dia. Como tem acontecido ao longo de todas as edições, o itinerário do Santa Casa Alfama também passa pelas igrejas do bairro, lugares de culto que se transformam em palcos perfeitos para uma arte tantas vezes ligada a sentimentos como a devoção, a adoração e a fé. Este ano a Igreja de São Miguel recebe as vozes de Lina, Miguel Ramos, com Pedro Jóia, Ana Sofia Varela e Maria Ana Bobone; já a Igreja de Santo Estêvão recebe Diamantina, Joana Amendoeira, e ainda uma noite de fados protagonizada por fadistas do Porto, em mais uma homenagem a Max. O que também está de regresso é o Fado à Janela, um dos momentos mais emblemáticos do festival, com os músicos Jorge Silva, Gilberto Silva e José Manuel Rodrigues.

Igreja de São Miguel

MIGUEL RAMOS convida Pedro Jóia

Miguel Ramos é a personificação do que é cantar o fado e ser fadista. Após uma vida de fado, cumpriu em 2017 o seu álbum de estreia “Aqui na Alma”. Para o Festival Santa Casa Alfama de 2022, o fadista preparou um concerto muito intimista e único, perfeitamente ajustado à lindíssima igreja de São Miguel, o cenário deste momento. Miguel Ramos vai estar acompanhado pelos músicos Carlos Manuel Proença, na viola, José Manuel Neto, na guitarra, Daniel Pinto, na viola baixo, e ainda um convidado muito especial... O convidado é alguém por quem Miguel Ramos tem um enorme respeito e com quem tem estado em digressão há mais de um ano no âmbito do espetáculo “Amore”, uma produção de Pippo Delbono, ator, encenador e realizador italiano. Neste concerto preparado para o Santa Casa Alfama, Miguel Ramos promete um momento em que, entre o fado na sua mais pura essência, também se poderá ouvir o dedilhar das guitarras e alguns dos temas que Pedro Jóia já compôs para Miguel Ramos - dia 23 de setembro, na Igreja de São Miguel.

LINA

Lina é um dos valores mais seguros e interessantes do fado atual. Natural de Trás-os-Montes, estudou e fez teatro, cantou ópera e, um dia, deixou que o fado a puxasse para dentro de si. Cantora residente no mítico "Clube do Fado", em Alfama, conta com dois discos em nome próprio: "Carolina" (2014) e "enCantado" (2017), lançados através da Sony Music. Em 2020, lançou o disco "Lina_Raül Refree", uma colaboração da fadista com o músico e produtor catalão Raül Refree, produtor de nomes como Silvia Perez Cruz ou Rosalía, entre muitos outros. Neste espetáculo de Fado Tradicional que leva agora ao Santa Casa Alfama, Lina interpreta integralmente o álbum seminal e revolucionário de Amália Rodrigues para sempre conhecido como "Busto", acompanhada por guitarra portuguesa, baixo e viola. Temas tão icónicos como “Estranha Forma de Vida”, “Asas Fechadas”, “Maria Lisboa” ou “Povo que Lavas no Rio” fazem parte deste repertório. Multipremiado, este projeto que oferece uma reinterpretação do fado e do repertório de Amália, com base na voz, piano e sintetizadores, tem recebido múltiplos prémios europeus, tendo recebido os mais rasgados elogios de publicações internacionais como a BBC, Les Inrocks, The Guardian, Pitchfork, Times, El Mundo ou El País. A fadista atua dia 23 de setembro, na Igreja de São Miguel.

MARIA ANA BOBONE

Maria Ana Bobone estreou-se a cantar fado aos 16 anos, editando o seu primeiro trabalho “Alma Nova” em 1994, gravado em parceria com outros dois fadistas. Este marcaria o início de uma carreira brilhante com mais de 25 anos e seis álbuns a solo editados, afirmando-se como uma das grandes vozes do Fado. “Maria Ana” é o nome do sétimo álbum de Maria Ana Bobone com lançamento previsto para setembro deste ano. No novo disco, a artista traz-nos um pouco mais de si, da sua identidade e das suas influências. Maria Ana procurou sempre uma linha distinta dentro do universo do fado e, acompanhando-se ao piano, torna cada vez mais pessoal e original a sua aproximação a este género. Na senda do disco anterior, “fado & piano”, desenvolve e aprofunda a sua abordagem, sendo autora de alguns dos temas e arranjos, mais próxima da linguagem fadista. Tendo começado a cantar na igreja, desenvolveu um estilo próprio que convida à escuta atenta. Neste concerto combina-se a elegância do fado com a elevação sonora da acústica da Igreja de São Miguel. O timbre da voz de Maria Ana Bobone aproxima as duas formas de arte numa oração cantada ao som das guitarras, no coração de Lisboa - mais concretamente na Igreja de São Miguel, dia 24 de setembro.

ANA SOFIA VARELA

Em 1998 Ana Sofia Varela destacou-se no palco do Grande Auditório do Centro Cultural de Belém ao integrar o elenco do espetáculo "De Sol a Lua – Fado Flamenco", ao lado de Camané e de um grupo de Flamenco, uma produção que percorreu países como Espanha, Alemanha, Holanda e Suíça. Para além do álbum homónimo e de “Fados de Amor e Pecado”, Ana Sofia Varela também participou no trabalho de António Chaínho “A Guitarra e Outras Mulheres". A convite de João Braga, integrou o álbum “Cem Anos de Fado” e, mais tarde, gravou um tema com letra de José Luís Peixoto e música de Fredo Mergner para a compilação "Movimentos Perpétuos", uma iniciativa que prestou homenagem a Carlos Paredes. Um ano mais tarde, Ana Sofia Varela integrou o elenco do filme “Fados”, realizado por Carlos Saura e ganhou o Prémio “Amália Rodrigues” referente à categoria de melhor fadista feminina. Dois anos depois, conquistou o mesmo prémio com o disco “Fados de Amor e Pecado”, escrito e composto pela dupla João Gil (música) e João Monge (letras). Agora, regressa ao Festival Santa Casa Alfama, num concerto onde recorda alguns dos momentos mais importantes e felizes da sua carreira, aproveitando para também mostrar ao público o que já gravou em estúdio e faz parte do seu próximo trabalho discográfico, dia 24 de setembro, na Igreja de São Miguel.

Igreja de Santo Estevão

JOANA AMENDOEIRA

Na edição deste ano do Santa Casa Alfama, Joana Amendoeira apresentará um concerto inspirado no seu último álbum "Na volta da Maré", composto exclusivamente por autorias de Tiago Torres da Silva e Fred Martins. Este é o décimo disco de originais da fadista e talvez o mais surpreendente, o mais maduro, aquele onde, mais do que a voz, Joana deixou gravada a sua alma, com algumas cicatrizes, algumas lágrimas, mas muito mais sorrisos, gargalhadas e encontros. Um disco que chega “na volta da maré", como um búzio que chega à praia. É só levá-lo até perto do ouvido para escutarmos todos os segredos que ele trouxe do mar. Um mar de afetos, de abraços, de esperança.... Além dessas novidades, a fadista também trará alguns dos temas mais emblemáticos da sua carreira e outros grandes clássicos do fado, acompanhada por Pedro Amendoeira na guitarra portuguesa, João Domingos na viola de fado, e Carlos Menezes no baixo acústico. Sendo uma das vozes mais relevantes da chamada “nova geração do fado”, Joana Amendoeira é fiel às suas bases mais tradicionais e, na sua voz, o fado ganha sempre uma nova vida e atitude. E é essa atitude que o público fadista vai poder sentir na Igreja de Santo Estevão, dia 23 de setembro.

DIAMANTINA

No Santa Casa Alfama deste ano Diamantina dá a conhecer o seu "Com Tributo", um projeto que, de alguma forma, aposta numa continuidade da história do fado. Pretende-se, em cada concerto, despertar a memória dos mais antigos amantes de fado, trazendo-lhe nomes e temas que fizeram parte da sua juventude, pedaços das suas histórias de vida, mas também espicaçar a curiosidade de alguns novos amantes desta expressão, levando-os a ouvir e saber mais sobre aqueles que foram, e sempre serão, alguns dos maiores alicerces desta bonita história que hoje vivemos. É, portanto, um tributo a alguns dos grandes mestres que sempre se farão ouvir na voz daqueles que amam esta nossa música que também é Património de toda a Humanidade - e Diamantina inclui-se neste lote de amantes do fado. A sua paixão e os seus talentos vão ficar evidentes no palco instalado na Igreja de Santo Estêvão, dia 23 de setembro.

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