“Estilhaços” é o disco de Theo que, para esta coleção de temas, escolhe o português como idioma. O rock continua a ser a linguagem universal, um registo que tanto canta os contratempos coletivos, como os desencontros individuais. Um disco direto, feito por quem não tem motivos para fazer as coisas de outra forma. “Na Tua Pele” é single de partida que apresenta este novo disco.
Diz-se que pelo Universo pairam energias livres, que podem ser resgatadas por quem lhes queira dar uso. É dessas energias cósmicas e universais de que se faz a música de Theo. “Estilhaços” é novo álbum de canções, que junta uma dezena de novos temas. Depois do longa duração “Sinner” (2020) e do EP “The World Is Not The Same” (2021), Theo escolhe a Língua Portuguesa para dar corpo a estas novas canções, que junta num novo álbum. “Na Tua Pele” é a primeira amostra do disco, que pode ser escutado em todas as plataformas digitais a 8 de Outubro.
Continua a haver rock poderoso a correr no organismo de cada um dos temas. Não poderia ser de outra forma, vindo de quem vem. Theo tem uma vocação natural para compor músicas em que as guitarras saltam para a frente e o tempo corre solto e direto. Esta coleção de músicas abre com “Osso” que declara os termos de partida deste novo trabalho. Há momentos com distorções abrasivas, como em “Fumo”, mas há também momentos cadentes como em “Fantasma no Escuro”.
A segunda metade dos anos 1990 é o portal por onde entra uma grande torrente de influências de Theo. Quando o grunge passava nas rádios e bandas como Nirvana, Pearl Jam, Bush lançavam os seus melhores discos. Há um entusiasmo permanente em não contribuir para que o rock deixe de ser feito. O rock ‘n’ roll nunca morrerá - este foi o lema de muitas das bandas da viragem do milénio e que continua a servir como referência central.
Os primeiros passos de criação destes temas são um processo solitário a que, pelo meio, se junta Pedro Conde, guitarrista que auxilia Theo na produção e nos arranjos finais e que também faz parte da formação que leva as músicas para o palco. Papel importante tem também Tyla Joe Connett, produtor inglês que Theo conheceu casualmente numa rede social. Todo o processo de produção aconteceu remotamente enviando ficheiros de um lado para o outro, até ao resultado final que podemos agora ouvir.
O projeto Theo nasceu quando não havia possibilidade de conter a efervescência criativa em tempos de confinamento pandémico. É assim que surgem os primeiros temas, criados a solo, quando não havia possibilidade de os tocar numa sala de ensaios, muito menos de os apresentar numa sala de espetáculos. Desde 2020 que Theo vem partilhando os seus temas, de onde se destacam “Snake Eyes”, “Smoking Gun” ou “The World Is Not The Same”. Em 2022, Theo propõe um novo olhar sobre relações, sobre conflitos e sobre o amor. Se David Fincher fizesse um filme em português, esta seria a banda sonora ideal.
Theo é o heterónimo de João Gonçalves, que se tem dedicado a burilar canções e para quem a música é a forma mais fluente que encontra como forma de comunicação. Antes de se lançar como Theo passou por vários projetos, que tinham sempre o rock como linha condutora. Parte de uma geração que criou o vibrante movimento rock na vila de Caldas das Taipas, no concelho de Guimarães, terra que é um berço de música e de músicos, de onde saíram bandas como os Imploding Stars ou os smartini e músicos como o violoncelista Valter Freitas (músico de Rita Redshoes, Rodrigo Leão, Moonspell, entre outros).
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