Duarte canta o poema “Não Inventes” de José Carlos Barros (Prémio Leya 2021), na música de um fado tradicional, “Fado Licas” de Armando Machado.
A contemporaneidade de um fado num vou mandar-te embora, antes que me digas adeus, com qualquer coisa de zanga e de amor.
Quanto aos palavrões?! Não têm que ser só porque sim, muito embora às vezes tenham que ser.
Quem nunca?! Pois…
Alguém tinha que o dizer.
Alguém tinha que o cantar.
Não Inventes
(José Carlos Barros/Armando Machado - Fado Licas)
Não venhas cá com merdas. Não inventes.
Não olhes nos meus olhos. Sai apenas.
E poupa-me aos discursos eloquentes
e às farsas do adeus. Não faças cenas.
Não digas que lamentas ou que a vida
às vezes é assim: que tudo esquece;
que o mundo e o tempo curam qualquer ferida.
Repito, meu amor: desaparece.
E leva o que quiseres de tudo quanto
um dia suspeitámos partilhar:
os livros, as esculturas em pau-santo,
os discos, os retratos, o bilhar.
Não deixes endereços. Por favor:
Eu quero é que te fodas, meu amor.
Ficha Técnica
Voz: Duarte
Guitarra Portuguesa: Pedro Amendoeira
Viola do Fado: João Filipe
Baixo Acústico: Carlos Menezes
Harpa: Salomé Pais Matos
Produção Musical: Carlos Menezes e Duarte
Gravado, misturado e masterizado por Fernando Nunes Estúdio Pé de Vento
Harpa gravada nos Estúdio Luso Music
Produção Executiva: Alain Vachier
Design: António Faria
Vídeo
Realização: Sebastião Varela
Direcção de Fotografia: Afonso Vieira
Iluminação: Marco Koe
Assistente de Câmara: Luís Duarte Silva
Assistente de Iluminação: Fernando Tavares
Adereços: Beatriz Mestre
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