quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

TREMOR NOS AÇORES

 









Som.Sim.Zero começou por ser uma residência de criação na edição 2019 do festival, com o apoio da Fundação Galp. O encontro entre o coletivo ondamarela, a Associação de Surdos de São Miguel, a Escola de Música de Rabo de Peixe e músicos oriundos da ilha cresceu, cruzou palcos e hoje assume-se banda. Na décima edição do Tremor voltam a trazer um espetáculo que investiga os limites do som, da palavra, da música e da linguagem.

A ter lugar entre os dias 28 de março e 1 de abril, o Tremor 2023 promoverá um total de oito residências de criação entrecruzando comunidades e linguagens. No campo da música, voltará a ser possível experimentar a performance duracional da Orquestra Modular Açoriana. O colectivo, que será criado a partir de um open call lançado à comunidade local direcionado a músicos (amadores e profissionais) que possuam sintetizadores e teclados, tocará sobre uma instalação sonora desenvolvida pelo coletivo MSHR. O já tradicional Tremor Todo-o-Terreno (caminhadas performativas por trilhos da ilha) será sonorizado por uma criação do trio vocal COBRACORAL. Angel Bat Dawid trabalhará ao lado da Banda da Fundação Brasileira para a criação de um espectáculo único com base no seu repertório.

No plano das instalações e exposições o regresso, em formato expandido, de Sístole. Dando continuidade ao trabalho iniciado em 2019, Duarte Ferreira e Renato Cruz Santos percorreram as nove ilhas do arquipélago para ouvir e ver as suas especificidades. Deste trabalho de recolha, resulta a exposição Sístole, uma proposta que cruza a instalação sonora e a fotografia para agarrar o pulsar do território açoriano. Da autoria de Lendl Barcelos e Carolina Garfo, Ornitofaunia, um inventário sónico de pássaros imaginários de São Miguel, Açores, sob a forma de apitos de cerâmica.

Com o objetivo de religar pessoas e lugares através de um processo colaborativo, o projeto Selva Coragem, da autoria do Teatro do Frio, vai construir um jardim comunitário que ocupará um espaço desvitalizado da cidade de Ponta Delgada. O jardim será montado com plantas e seres vegetais cedidos por várias comunidades da cidade.

Fechar com uma residência de criação que extravasa o espectro da musical e que tem como objetivo a criação de soluções de design para dar respostas aos desafios impostos pelo formato itinerante do festival. A primeira edição do Caduco convidou o arquiteto Paulo Vieitas para desenhar o palco dos Tremor na Estufa.

Os bilhetes para o Tremor 2023 custam 60 euros e podem ser adquiridos em bol.pt ou diretamente na La Bamba Bazar Store, em Ponta Delgada. Anunciadas estavam já as atuações de Angel Bat Dawid, Avalanche Kaito, Bia Maria, Cobrafuma, Dame Area, Divide and Dissolve, Fado Bicha, Filipe Furtado, Flipping Candy, Grove, III Considered, Inês Malheiro, Kabeaushé, Lalalar, Lulu Monde, LYZZA & 8stars, Marina Herlop, MSHR, Owen Pallett, Penelope Isles, Pongo, Tramhaus, Unsafe Space Garden, Vaiapraia, Verde Prato e ZA! & Perrate. Pelas pistas de dança alinham-se atuações de Alfredo, Atelineiras + Paco Piripiri, DJ Fitz, King Kami e MC Sissi & Doutor Urânio. Devido a razões alheias à organização do festival, a atuação anunciada de Ela Minus foi cancelada. Em sua substituição entra Lucrecia Dalt.

A Fundação Millennium BCP é o mecenas do programa de residências artísticas do Tremor.
A Orquestra Modular Açoriana conta com o apoio da FLAD.

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