quarta-feira, 10 de maio de 2023

CANTO NONO EM LOULÉ













CINETEATRO LOULETANO, 13 MAIO

Após a estreia no Coliseu do Porto no passado dia 28 de Abril e da passagem a 1 de Maio pelo Teatro Maria Matos, em Lisboa, o CANTO NONO apresentará no próximo dia 13 o espectáculo "A força (o poder) da palavra - Um canto a José Mário Branco no sul do país, no Cineteatro Louletano.

Concebido pelo grupo a capella como celebração da cumplicidade construída ao longo de duas décadas com José Mário Branco, tem na obra do cautautor a base de todo o espectáculo. Personalidade marcante da nossa música e da nossa cultura, a sua presença em "A força (o poder) da palavra" é constante, seja como compositor ou arranjador.

Ao legado que o CANTO NONO e José Mário Branco tiveram oportunidade de construir em conjunto, o grupo somou agora uma série de temas emblemáticos para cujos arranjos chamou alguns dos que com José Mário Branco mais colaborou: Amélia Muge, António José Martins, Filipe Raposo, José Manuel David ou Tomás Pimentel deram o seu contributo para o carácter singular que esta homenagem dinâmica contém.

É difícil escolher os melhores momentos destes espectáculos, mas deixamos alguns dos mais aclamados: a abertura, com a sequência "As canseiras desta vida", "Cantiga de trabalho", "Do que um homem é capaz" e "Canção dos torna-viagem"); o medley de encerramento, com a abordagem a "Travessia do deserto", "Emigrantes da quarta dimensão", "A cantiga é uma arma" e "O charlatão", que despertaram enormes ovações do público; ou o repertório mais popular, como sejam a marcha "S. João do Porto" ou o clássico "Tiro-no liro", que tiveram na invicta uma participação mais activa e ruidosa.

Com a data no Cineteatro Louletano no próximo sábado, o CANTO NONO conclui a jornada de estreia deste novo conceito, que incluiu ainda o lançamento de um single digital com gravações de "A ronda do soldadinho" e "Do que um homem é capaz".

Os ingressos podem ser adquiridos na bilheteira local, em BOL.PT e nos locais habituais.

Pioneiro da música a capella em Portugal, o CANTO Nono iniciou a sua actividade na cidade do Porto em 1992. Formado por oito cantores, quatro vozes femininas e quatro masculinas, teve no seu percurso inicial uma forte dinamização junto do guru deste género musical, o americano Ward Swingle, fundador na década de sessenta do século passado do grupo Swingle Sisters.

Entre a publicação do primeiro registo discográfico em 1997, a nomeação para prémios internacionais e a realização de concertos no país e no estrangeiro, foi no início deste século que o contacto com a obra e a pessoa de José Mário Branco ocorreu e se aprofundou. É sob a sua direcção que concebem o espectáculo “Sons do Porto – A cidade a oito vozes” para a ”Porto 2001, Capital Europeia da Cultura” também publicado em CD. A cumplicidade nascida a propósito daquele projecto levou a que José Mário Branco assumisse a direcção artística do grupo, o que ocorreu até ao seu desaparecimento prematuro em 2019.

A consciência da sua importância na dinâmica do grupo e da sua obra no contexto da música produzida em Portugal, foi o estímulo necessário para a partir da ideia da construção de um conceito de apresentação baseado na sua actividade como compositor, arranjador e produtor, se chegasse a “A força (o poder) da palavra - Um canto a José Mário Branco”.

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