Constituindo ao longo dos últimos anos um dos principais focos criativos do saxofonista João Mortágua, este sexteto editou o seu álbum de estreia em Junho de 2017, afirmando desde logo uma estética composicional arrojada, transversal e eclética, numa "fusão entre o erudito e o urbano, uma ode ao pássaro citadino e à geometria pagã". Disse a crítica que é "um disco excelente de ouvir, (...) com ideias musicais muito interessantes de seguir" (jazz.pt), "cada melodia abre um caminho amplo, derrubando tudo à sua frente" (Bird is the worm); foi eleito álbum do ano pela JazzLogical; e mais recentemente, disse ainda Ian Patterson, da All About Jazz, na cerimónia de encerramento da European Jazz Conference, que "esta é alguma da música mais vanguardista a ser feita na Europa neste momento; os Axes são um exemplo da música nova que os festivais deveriam estar a celebrar nos seus cartazes." Depois de atuarem em festivais como o Spring On! (Casa da Música), 8º Festival Porta Jazz (Rivoli), KM.251 (Ponferrada) ou o Internationales Jazz Festival (Muenster), marcaram ainda presença nos festivais de jazz de Sudtirol e de Belgrado, para além do Angra Jazz e do festival Antena2.
Em "Hexagon", que sairá em Junho (fazendo deste espetáculo um dos concertos de lançamento), Mortágua dá definitivamente um passo em frente na história da banda, erguendo sobre os seus alicerces identitários toda uma nova construção geométrica, baseada na narrativa dos ângulos e dos polígonos. Partindo dessa premissa arquitetónica, a música deste novo álbum revela-se firme e impactante, buscando no equilíbrio entre a força e a emotividade o ónus do seu significado: uma permanente construção conjunta sobre a tela em branco que é a nossa passagem por este mundo.
João Mortágua, saxofone soprano e composição
José Soares, saxofone alto
Hugo Ciríaco, saxofone tenor
Rui Teixeira, saxofone barítono
Filipe Louro, baixo elétrico
Rui Teixeira, saxofone barítono
Filipe Louro, baixo elétrico
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