Este ano, a festa acontece sobretudo no CCB e no Antigo Picadeiro do Museu dos Coches, mas faz incursões noutros espaços da cidade, incluindo a estreia do novíssimo espaço CCBA - CASA DO COMUM DO BAIRRO ALTO – CENTRO CULTURAL (o espaço ainda sonhado pelo livreiro Zé Pinho).
Os bilhetes já estão à venda na bilheteira do CCB e na Ticketline
Além de um cartaz de altíssimo nível, a Festa deste ano conta com uma originalidade: apresenta uma peça de teatro. Trata-se de um espectáculo único de teatro e música sobre a história do Jazz. A partir de uma ideia de Carlos Martins (Sons da Lusofonia) e com texto original de João Nunes (Produções Fictícias), recuperam-se temas icónicos como Limehouse, Prelude to a kiss, Shaw Nuff (Charlie Parker), So what (Miles Davis), Impressions (Coltrane) ou Lonely Woman e viaja entre personalidades e termos tão vastos como o "cool jazz", "west coast", "hard bop", "o third stream", "soul jazz” ou “free jazz.
PROGRAMA
Dia 2 de Dezembro
16h30 –Clara Lacerda - Pequeno Auditório CCB
Clara Lacerda, pianista e compositora, apresenta o seu novo quinteto, fruto de uma residência a convite da Porta-jazz. Nas palavras da própria:
“Escrevi peças e canções, cada uma delas uma personagem na história que vos vamos contar ao longo do concerto e talvez alguma delas vos possa acompanhar (enquanto vos servir)”
17h30 – João Paulo Esteves da Silva Trio - Pequeno Auditório
João Paulo Esteves da Silva, Mário Franco e Samuel Rohrer combinam todas aquelas qualidades que costumam garantir o êxito deste formato de jazz mais clássico, com um pé na música de câmara: um entendimento intuitivo, a fluidez e transparência da comunicação entre os músicos, as suas acções e reacções, sequências solísticas que prolongam a fluidez do som e a cultura e nobreza musical. O trio não se define pela alegria ou melancolia melódica ou pela busca pura de harmonia. A sua procura desenvolve-se na abertura à improvisação, dispensando intenções banais para as suas peças e composições. Transforma aquilo que encontra em imagens sonoras concisas, que mantém o rigor e a concentração, não se rebelando sob os dedos dos músicos. Aqui, a profundidade emotiva assume maior importância que o virtuosismo. Para o Trio, emoção não tem a ver com volume.
21h00 –JAZZOPA - Pequeno Auditório CCB
JAZZOPA, que reúne spoken-word, hip hop e jazz numa linguagem desafiadora e socialmente consciente. Através de residência artística e workshops de criação, o JAZZOPA pretende que artistas de diferentes proveniências possam desenvolver competências na interpretação de temas menos usuais no repertórios de cada área usando a improvisação como catalisador para trabalhar a escrita e noções de flow criativo que se enquadrem no contexto de música ao vivo. Esta residência artística com direcção de André Fernandes, conta ainda com Carlos Martins e Valete como mentores.
Dia 3 de Dezembro
16h30 – Lokomotiv (25 anos) - Pequeno Auditório
Os Lokomotiv têm-se destacado pela sua enorme flexibilidade estética, interessados apenas em praticar um jazz que tenha tudo a ver com o nosso tempo. Barretto, Delgado e Salgueiro há muito que vêm revelando um grande leque de interesses musicais que cobrem tendências como o rock, o jazz, as músicas do mundo e a clássica, situando-se entre os expoentes portugueses de um ecletismo que é bem a marca deste início de século.
A fim de celebrar os 25 anos de actividade lançaram convite ao saxofonista Ricardo Toscano para fazer parte da banda e gravam o álbum “25” em quarteto com temas originais.
17h30 –Eduardo Cardinho Sexteto - Pequeno Auditório
Eduardo Cardinho, vibrafonista e compositor residente no Porto apresenta o seu mais recente projecto "Not Far From Paradise", do qual resultou a criação de um disco que será lançado em 2024 pela prestigiada editora de Barcelona, Fresh Sound.
Destacando-se como um dos vibrafonistas mais criativos de sua geração, conhecido pela sua abordagem rítmica e sonoridade única, Cardinho desenvolveu ao longo dos anos a sua própria voz no vibrafone e convidou alguns dos melhores músicos da nova geração do jazz português para fazer parte deste projeto.
A incessante procura por novas sonoridades culminou com uma nova abordagem na composição de novos temas, onde o vibrafone de Eduardo Cardinho e os sintetizadores de José Diogo Martins se complementam com uma panóplia de possibilidades sonoras , acrescentando ainda o saxofone alto com efeitos de João Mortágua e a secção rítmica composta do por Diogo Alexandre na bateria, Frederico Heliodoro no baixo elétrico e Iuri Oliveira nas percussões.
22h30 –Orquestra de Jazz de Matosinhos - Pequeno Auditório
A Orquestra Jazz de Matosinhos em 2014 pôs em marcha um ciclo dedicado a alguns dos melhores novos solistas do jazz português (que desde 2019 se tem alargado a toda a Península Ibérica). Um corpo de instrumentistas com sólida formação e actividade consistente, músicos que quiseram trazer algo de seu para o jazz, que se entregaram à fusão de estilos e fizeram florescer identidades artísticas pessoais. Os novos selos discográficos mostram-se incrivelmente dinâmicos, permitindo que o grande público tome facilmente contacto com a obra de uma nova geração de músicos. Porque não, então, trazer para o raro contexto de uma big band alguns dos mais dignos representantes desta geração?
É Bernardo Tinoco, saxofonista de Lisboa, que assume desta vez a estante solista no concerto com a Orquestra Jazz de Matosinhos, dirigido por João Pedro Brandão.
PROGRAMAÇÃO PARALELA: FORA DO CCB
Dias 1 e 2 de Dezembro
- Quem roubou o... Jazz! - Antigo Picadeiro da Museu dos Coches
(Dias 2 e 3 às 11h00 e às 19h00)
É um espectáculo único de teatro e música sobre a história do Jazz. Numa ideia de Carlos Martins (Sons da Lusofonia) com texto original de João Nunes (Produções Fictícias), recuperam-se temas como Limehouse, Prelude to a kiss, Shaw Nuff (Charlie Parker), So what (Miles Davis), Impressions (Coltrane) ou Lonely Woman e viaja entre personalidades e termos tão vastos como o "cool jazz", "west coast", "hard bop", "o third stream", "soul jazz” ou “free jazz”.
A forma mais divertida de entrar no universo do jazz.
Alguém roubou o Jazz! Entre indícios, provas, testemunhas e suspeitos, a tarefa é suficientemente complicada para ser alvo de investigação. Com humor, irreverência e sobretudo muita música, “era uma vez...jazz” é uma introdução ao jazz e uma viagem pela sua história conduzida por um Detective e o seu Assistente. Esta pequena história contada por um actor e uma pequena banda, sob a forma de uma investigação policial é, para os mais novos, uma excelente introdução à magia do Jazz: temas curtos, com ritmos contagiantes e solistas virtuosos; para os apreciadores é uma delícia rescutar os grandes temas do jazz.
Dias 2 e 3 de Dezembro
Jam-session: CCBA – CASA DO COMUM DO BAIRRO ALTO – CENTRO CULTURAL
(dias 2 e 3 a partir das 22h30)
Uma das belezas da Festa do Jazz é o encontro entre a comunidade portuguesa do jazz. Não há mais alegre forma de celebrar este encontro entre estudantes e os seus ídolos do que através da espontaneidade de uma Jam
- Apresentação Seminário We Insist! - (Seminário Inclusão Social através da música improvisada)
(Entre os concertos no CCB)
D último encontro realizado com a equipa da Europe Jazz Network (EJN) para membros de redes internacionais, resultou a escolha de Lisboa para o último Seminário Internacional de Inclusão Social a realizar em Março de 2024, pela ASL e a EJN, que visa a debater estratégias de inclusão social através da música e das práticas artísticas. Nesta edição da Festa do Jazz apresentamos o primeiro esboço de programação
- Apresentação de Projecto "Jazz Panorama"
(Entre os concertos no CCB)
Jazz Panorama será um guia nacional, a ser publicado online em português e inglês, com informações dirigidas a agentes nacionais e internacionais sobre o jazz português nas suas várias vertentes: festivais, clubes, grupos, instituições, etc. Serão feitas também 30 biografias de 30 músicos de jazz portugueses vivos com impacto na cena jazz nacional e com potencial de internacionalização.
- Master Class com John O’Gallagher
(Dia 3 às 11h30 no novo Auditório do Museu dos Coches)
John O’Gallagher é um distinto saxofonista e desenvolveu uma inovadora tese de mestrado sobre a música de John Coltrane, principalmente da sua última fase, e vai partilhar os eus vastos conhecimentos e musicalidade com os alunos das escolas de jazz de todo o país, os músicos profissionais e o público em geral.
- Encontro Nacional de Escolas de Jazz
(Dias 2 e 3 das 14:30 às 18h30 - No antigo picadeiro da Museu dos Coches
No final das atuações do Encontro Nacional de Escolas, a cerimónia de entrega de Menções Honrosas foi criada com fim a destacar os jovens músicos e escolas nas categorias para Melhor Combo e Melhor Instrumentista, através do olhar atento da Direção Artística da ASL em conjunto com um painel de júris convidados, compostos por músicos e intervenientes proeminentes no panorama do jazz nacional.
- Prémios RTP/Festa do Jazz
Os Prémios RTP/Festa do Jazz foram criados para celebrar a parceria entre as Instituições, que com olhares atentos sobre a comunidade do jazz português procuram o enaltecimento da criação artística, de forma a estimular a sua prática e dar notoriedade a pessoas e/ou organizações que, com talento e generosidade, fazem o melhor do jazz e da música improvisada em Portugal.
- Realização da Assembleia Geral da Rede Portuguesa de Jazz – Portugal Jazz
(Dia 3 às 11h00 no novo Auditório do Museu dos Coches)
É essencial que a Portugal Jazz ganhe protagonismo na cerna jazzística nacional e internacional e a Festa do Jazz, onde nasceu esta Rede, quer continuar a dar o seu contributo para trazer mais entidades para a Portugal Jazz de forma a tronarmo-nos menos periféricos dentro e fora de portas
SOBRE A FESTA DO JAZZ
A Festa do Jazz é o maior festival português de jazz feito por portugueses, que se realiza há 21 anos sem interrupções, reunindo diferentes públicos, críticos, promotores, músicos profissionais e estudantes de jazz de todo o país.
A Festa do Jazz é desde sempre o espaço aglutinador que promove um encontro nacional anual, para criar redes, formais e informais, e que promove a criação, a improvisação, a pedagogia, a troca de saberes dos envolvidos, incluindo os jovens das escolas. A Festa do Jazz é o observatório do jazz português e um momento único de revelação de novos talentos e de novas propostas de músicos consagrados.
A Festa do Jazz é, e tem sido ao longo dos anos, também um momento único de apresentação de novos talentos e novas propostas de músicos consagrados. Estes dois factores asseguram e exigem que a Festa do Jazz seja uma iniciativa de âmbito nacional, com promoção e divulgação prévia, repercussão ao momento e posterior em inúmeros media.
A Festa do Jazz apresenta uma programação maioritariamente em português, em todas as suas vertentes:
- Abordagem Profissional: o cartaz conta, desde o início, com os maiores nomes do Jazz nacional e alguns dos maiores do Jazz internacional;
- Abordagem Profissionalizante: a criação do concurso nacional de Escolas, único no mundo, como abordagem ao futuro do jazz nacional e a criação de condições de sustentabilidade
- Formação: residências artísticas e masterclasses com convidados de renome internacional
- Criação de redes formais e informais, nacionais e internacionais: membro da European Jazz Network, a Associação Sons da Lusofonia promove actualmente o projecto Portugal em Jazz (www.portugalemjazz.pt)
- Enquadramento permanente das questões de género e de cidadania e a criação de redes formais e informais que sirvam como construção de comunidades assentes em bons indivíduos.
SOBRE A ASSOCIAÇÃO SONS DA LUSOFONIA - ASL
A Associação Sons da Lusofonia promove intervenções abrangentes que aliam a intervenção social e a educação global à música e à interação entre comunidades, pessoas e artes.
A ASL é uma Associação cultural sem fins lucrativos criada em 1996. Desde a sua fundação que um dos grandes objetivos da ASL é o de contribuir para a cooperação entre países geo-culturalmente diversos, promovendo o desenvolvimento de uma identidade baseada nas tradições, comuns ou não, orientadas para o futuro – criando uma plataforma de comunicação entre gerações e grupos com hábitos e heranças culturais diferentes.
Contribui assim para uma intervenção social e artística atenta às mudanças e estruturada na criatividade social. A ASL tem feito um trabalho de importância incontornável em prol da cultura portuguesa e da diversidade cultural e humana, ao longo de quase 27 anos, e a importância deste trabalho é reconhecida pelos agentes culturais, os vários públicos e pelos agentes institucionais nacionais e internacionais.
A Sons da Lusofonia é uma estrutura apoiada pelo Governo de Portugal/Cultura-DGArtes e conta com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa.
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