Os Twist Connection são uma banda de rock’n’roll que mergulha nas raízes da segunda metade do século XX, alimentando-se do rockabilly nascente dos anos 50, das várias correntes estéticas dos anos 60 e da urgência punk do final dos anos 70, para chegarem ao ano 2023 do séc XXI com os olhos postos no futuro. Procuram sempre uma identidade própria. Acreditam no poder transformador do rock’n’roll e vivem-no. No fim da noite, os amigos e companheiros de route Ricardo Mariano & Tiago Castro, juntam-se para abrir a pista enquanto Les Lads.
QUARTA 11 / 22H
Dos meandros do pós-punk e do industrial, Juan Mendez — Silent Servant — tem desvendado uma expressividade associada ao techno de tons monocromáticos e formas esfíngicas. Nesta ocasião, aterra na ZDB não para concerto, mas para uma sessão de curadoria atrás dos decks. Quem o conhece, sabe que não se tratará de um mero dj set, existindo em cada uma destas apresentações, um cuidadoso exercício de desbravar propostas e extravasar expectativas. Hidden Cobra e Neurodancer, DJs residentes em Lisboa e co-fundadores da Capital Decay, juntam forças para que lemas distintos (slow and steady para a primeira, físico e robótico para o segundo) resultem numa mescla coerente.
QUINTA 12 / 22H
A Lay Down Recordings tem o prazer de anunciar a celebração do seu aniversário de um ano.
‘PASS THE CAPO’ promete ser uma ode encantadora ao indie folk com Alek Rein, Cecília Corujo, Francisco Fontes, Monday, April Marmara, Filipe da Graça e Marinho no palco da ZDB. Para além de tocarem as suas próprias canções, tocarão também as dos outros, criando uma mistura memorável de melodias e histórias.
SÁBADO 14 / 22H
Voz, corpo e alma que se unem num fluxo criativo. DJ e performer, Sarahsson depressa se tornou num dos rostos proeminentes nas margens artísticas de Bristol. Abordando temas como identidade ou mitologia, existe um sentimento celebratório, mas igualmente evocativo, que percorre o imaginário poético-distópico de uma artista que faz da surpresa um elemento vital. Na primeira parte, bbb hairdryer, Queercore power trio das Caldas da Rainha, Danger music com meme culture.
QUINTA 19 / 22H
Duas figuras cuja trajectória se vai definindo com sucessivas guinadas e momentos de progressão mais lógicos num campo vasto que açambarca diversas linguagens, histórias e formas. Músico capaz de circular por entre diversas realidades com igual nervo, Dionísio não tem sido senão um honesto e mui criativo agitador de múltiplas vidas e ofícios, principalmente entre a voz e o violino, a passarem pela improvisação, o rock, a revisitação da tradição popular, a festa e tudo mais que o possa mover: Pás de Problème, Criatura, os seus contos e Lenga Lendas colaborações com artistas como Joana Guerra.
SEXTA 20 / 22H
Embora muitas vezes liderado pela sua voz terna, o trabalho de Samson é profundamente textural, oferecendo espaço tanto para viagens instrumentais como para as narrativas líricas que Will coloca por cima delas. Harp Swells — o seu primeiro álbum ambient concebido e composto em Almada, no espaço do estúdio improvisado que partilha com Casper Clausen, dos Efterklang, é simultaneamente meditativo e deliberadamente leve. É um documento comovente sobre o que significa realmente deixar ir. Na primeira parte, a artista multidisciplinar Zarya, explora o som através do uso repetitivo de vozes e diferentes métodos de tocar guitarra e piano; evocando ideias de memória, ritual e lugar.
TERÇA 24 / 22H
Pode-se escolher a versão que se quiser para começar a contar a história de Ustad Noor Bahksh — músico paquistanês que aos 78 anos está a ganhar uma notoriedade que há cinco anos julgava impossível —, mas nenhuma funciona melhor do que ouvir a sua música, uma versão moderna, de trance acelerado, de música tradicional que recria no seu benju, entre o êxtase e um domínio exuberante. Como se o modo como o toca não fosse, por si só, arrepiante, saber que usa uma versão eléctrica do instrumento e um amplificador que é carregado por uma bateria de um carro e um painel solar apimenta a história. Na primeira parte, o korista, compositor, cantor e contador de história oral, Mbye Ebrima.
QUARTA 25 / 22H
Há qualquer coisa na voz de Maria BC que tanto perturba como encanta, um eco de algo que parece que não existiu. O espaço entre as palavras, a forma como controla o tempo e desvenda a sua candência faz pensar com frequência em “I Believe In You”. Reverteu a engenharia desse momento apoteótico dos Talk Talk e estudou-o ao longo de todo um álbum. O tempo dirá para onde puxa esta ideia de som. Na primeira parte, Cecília Corujo, uma escritora de canções eximiamente construídas.
TERÇA 31 / 22H
Um retorno bem aguardado. Estilisticamente complexa e emocionalmente directa, ao longo de um percurso de três álbuns, sentimos Loraine James mais familiar que nunca. ‘Gentle Confrontation’ permite respiro, da mesma forma que expande honestidade. Composições digitais aquosas que se entrelaçam em tecidos R&B tecnológicos, batidas perpendiculares e vocalizações confessionais. Phoebe, abre a noite, pelos caminhos menos óbvios e mais sinuosos da música de dança.
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