Falar de Joe Strummer, mais do que a sua vida e obra musical nos Clash e com os Mescaleros, é sobretudo viver uma emoção. Porque emoção era o que eu mais sentia quando escutava as suas canções, quando via e vivia a sua imagem intrépida como se fosse um aventureiro, um herói de guitarra e creepers ao invés de capa e espada, quando atentamente ouvia o que tinha a dizer, quando o celebrava e dançava aos saltos, mais sóbrio ou menos lucido, tanto em teen como mais tarde em ager, mas sempre aquela tal emoção, aquela entrega descaradamente mágica ao palco, ao público, á despretensiosa construção de uma eternidade.
Sim, nunca me irei esquecer de Joe Strummer. De fazer aquilo que temos a fazer, por nós mesmos, começa sempre em nós próprios, unicamente porque acreditamos. Sou suficientemente naive para imaginar um Strummer agitador de emoções em festa interminável a fazer estremecer a planicie etérea em que os anjos habitam e nela vibram. O próximo single da Cidade CAOS inspira-se nessa visão. A Strummer Among The Angels.
A 8 de Março nas plataformas habituais.
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