quinta-feira, 28 de março de 2024

P.S. LUCAS NO MUSICBOX















Foto © Vera Marmelo @ Tremor

É já a dia 6 de abril a primeira data de apresentação ao vivo de Villains & Chieftains, o novo disco de P.S.Lucas. O concerto terá lugar no Musicbox em Lisboa e conta com uma primeira parte de April Marmara. Os bilhetes custam 10 euros e estão à venda na DICE. A noite arranca às 21:30.

Para esta apresentação ao vivo P.S.Lucas apresenta-se em formato banda, com João Hasselberg no baixo elétrico, João Sousa na bateria e Pedro Branco na guitarra elétrica.
Depois de In Between, trabalho que lançou em 2021, quando o mundo era um sítio muito distante, este Villains & Chieftains é mais uma tranquila revolução, daquelas que só faz estremecer os corações de quem as escuta atentamente. É pop com ecos de folk, ou soul movida pela mais leve insinuação de jazz, ou simplesmente música que transforma quem a escuta apenas porque carrega juras daquelas que só cabem nas canções. Ao longo de oito temas P.S.Lucas nunca permite que o seu pulso se acelere, ainda que a densidade emocional seja elevada, uma espécie de geleia espessa que nos prende e que é feita de ideias e alguns falsetes, de cadências trémulas como a luz de uma vela ao vento.

Neste álbum, P.S.Lucas, que canta e escreve e toca guitarras e até alguns sintetizadores, volta a rodear-se de amigos, novos e velhos: Pedro Branco toca guitarra, João Hasselberg toca baixo, João Sousa senta-se à bateria e Augusto Machado ao Fender Rhodes. Há também um coro de harmonias transparentes, como convém para as canções que começam como livros e terminam como filmes: Anastácia Carvalho, Manuela Oliveira e Selma Uamusse carregam a brisa nas suas vozes. O álbum foi produzido por Mariana Ricardo (Minta & The Brook Trout, They’re Heading West) e pelo próprio Lucas, gravado pelo incansável Eduardo Vinhas e masterizado pelo veteraníssimo Mário Barreiros.

Para lá de Medeiros/Lucas, bem para lá d’O Experimentar, P.S.Lucas traça um percurso artístico cada vez mais singular com o novo Villains & Chieftains, criando uma obra feita de canções que são mistérios que não vamos conseguir desvendar, mas não faz mal. Nem tudo no mundo tem que se resolver. Só, talvez, as canções que começam como livros e acabam como filmes e no meio têm tudo o resto.

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