Com data marcada para 17 de Maio no Musicbox, em Lisboa, Bandua lança a segunda versão do seu mais recente single 'Pena no Peito II'.
Bandua agarra no cancioneiro popular da região da Beira Baixa e encara-o com uma reinterpretação folk electrónica à moda do downtempo berlinense.
Concebido pelo músico e produtor luso-brasileiro Tempura the Purple Boy e com a participação do cantor e músico português Edgar Valente, Bandua representa a primeira vez em que estas sonoridades, poemas e canções são transformadas num disco melancólico pop eletrônico de língua portuguesa.
Após o início da decolagem deste voo, com Pena no Peito I, lançada no segundo aniversário do seu primeiro concerto, Bandua lança agora 'Pena no Peito II', uma outra face mais sombria da "Canção da Tristeza", canção originária de onde provêm os versos distintos de ambas as versões, ensinada por Idalina Gameiro durante uma residência da dupla em Penha Garcia em 2021.
'Pena no Peito II', é uma viagem etérea que leva o ouvinte às profundezas do seu Interior em seu duplo sentido. Relembra a coragem necessária para cada um encarar as sombras do seu próprio Interior, até mesmo quando o coração está tão negro como a tinta com que se escreve. Relembra igualmente a necessidade de olharmos para o território Interior do país, neste caso representado pela Beira Baixa, uma das regiões que tantas vezes é deixada à sombra das decisões tomadas nos grandes centros urbanos.
Bandua, que é também nome de uma antiga entidade celtibérica responsável por atar os Nós, crê que só a partir deste olhar e desta escuta ampla e interna se pode alcançar a verdade e liberdade que serve o individual e o colectivo.
Em 'Pena no Peito II', a voz xamânica de Edgar Valente e o baixo etéreo de Tempura transformado com sua palete de efeitos sonoros, gravados em take directo conjunto, abrem portas a esta viagem psico-cósmica, que toma os campos doirados da Beira Baixa como paisagem de fundo. Nela, há uma pena que viaja pelo tempo e que nos conecta aos saberes dos antigos, tantas vezes esquecidos, que lembra e que fala tanto do que era antigamente como o que é de agora.
A pena que não sabe voar, pode sempre virar asa de um voo livre e alto à descoberta de novas atmosferas. Mas é preciso não esquecer que é do Interior que a força nasce.
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