5 ABRIL/ 21H30M/ AUDITÓRIO CAMÕES, LISBOA
"Tem sido intenso divulgar o disco, falar de toda uma vida dedicada à Arte, e ver como isso levou a um disco, a este disco, a estas canções. Tudo, cinema, literatura, representação, vida no estrangeiro, nutre o que faço agora. "
Leonor Baldaque
Quando Leonor Baldaque comprou uma guitarra, não sabia que uma nova expressão artística, a este ponto intensa, a aguardava e se tornava na sua nova paixão. Esta veio-se juntar às outras duas que praticava há anos, a representação no cinema enquanto actriz de Manoel De Oliveira, e a escrita de romances sendo autora publicada por duas das mais prestigiadas e exclusivas editoras de literatura francesas.
Foi há três anos apenas que a guitarra entrou na sua vida, e a quantidade de canções que compôs desde então é estonteante. A sua frequentação da música não é recente — estudou violoncelo e piano — mas, até agora, como ela diz «não sabia que tinha uma voz». Este álbum está aqui para mostrar que tem uma voz, e que voz: única, profunda, recitando como quem canta, e cantando como quem recita. Uma voz envolvente, médio-grave, e que percorre os seus textos com uma intimidade desarmante, e um sentido da representação inato.
Em A Few Dates of Love, o seu álbum de estreia, Leonor Baldaque fez uma escolha, em parte cronológica, começando pelo início, em parte narrativa, contando uma história, e seleccionou dez temas. Estamos perante uma poetisa, antes de mais. De uma contadora de histórias. E de uma intérprete de génio. A simplicidade da guitarra, na maior parte dos temas, é constantemente envolta de melodias que parecem viajar sós por cima dessas notas. A sua voz dá-se, retira-se. Desvenda e esconde. A sua narrativa é pessoal, recorrendo a um imaginário rico, que é como um poço de palavras, de imagens e cenários, quase sem fundo. O vento, a viagem, o amor, a falta dele, o anoitecer sobre uma guitarra; o Verão, o exterior, os Canyons, o álcool e um palácio: passageiros no seu mundo, Leonor Baldaque arrebata-nos consigo, e não conseguimos retirar a nossa atenção do que nos veio dizer.
Um álbum que, sem dúvida, podemos qualificar de «independente», e que é como uma viagem dentro de uma personalidade multifacetada, e onde podemos apenas entrever a presença, algures, de Leonard Cohen, da Folk americana, do Folk-rock, mas já distante. Leonor Baldaque pegou no que encontrou, e fez o seu caminho. É responsável pelas letras e composições e assina ainda a realização e edição dos seus videoclips. A Few Dates of Love soa já a um clássico.
Lisboa tem a honra de receber o próximo concerto de Leonor Baldaque, uma das cantautoras portuguesas mais singulares dos dias de hoje em Portugal, no dia da edição de A Few Dates of Love: dia 5 de Abril, às 21h30m, no Auditório Camões, no Liceu Camões. “Estou muito impaciente de voltar a subir ao palco, e em Lisboa então, um cidade que adoro e onde tenho trabalhei muito como actriz... No Auditório Camões será diferente, estes são poemas, que escrevi eu, e para serem cantados por mim”, refere Leonor Baldaque.
Também em Abril, no dia 11, a editora Quetzal irá publicar a primeira tradução portuguesa do último romance francês de Leonor Baldaque, Piero Solidão. “Estou muito feliz com a tradução portuguesa do meu romance, pois temia um pouco que poderia ser um texto escrito e vivido em Francês, traduzido para português. Eu penso que é um receio de todos os Autores. Curiosamente, de certa maneira, parece que foi escrito para também poder ser lido em português. A capa está linda, e estou impaciente de poder falar dele, apresentá-lo ao público cá”, confessa Leonor Baldaque.
Vídeoclips
“Few Dates of Love” https://www.youtube.com/watch?v=0WI_ClVxm5E
“My New Drink” https://www.youtube.com/watch?v=KEkxZ7Rkpck
“This is Where” https://www.youtube.com/watch?v=LU83hVo9eGg
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