segunda-feira, 22 de julho de 2024

LA CHANSON NOIRE LANÇA "MISSA NEGRA"

 













Fotografia: Carina Doming

Missa, um ritual de fiéis, sejam eles de deus ou do diabo. Algo que leva almas perdidas a se unirem num espaço e prestar vassalagem a algo que acreditam ser a sua salvação.

O ser humano, fraco e pecador por natureza, procura muitas vezes um perdão ilusório e uma salvação ingénua que nada mais lhe traz que uma espécie de loucura cega.

Missa Negra não traz salvação ou perdão! Pode trazer tentação e até, satisfação! Mas não saberão se não fizerem parte desse ritual. Basta, para isso, ouvirem! Missa Negra é o 6º álbum de La Chanson Noire, aprimora a toada gótica e o humor negro que tão bem caracterizam a obra do autor, num tom mais sereno acompanhado de piano e voz.

É um disco que revisita os temas mais marcantes e intensos de quase duas décadas de La Chanson Noire acompanhados apenas do veludo negro da suavidade do piano numa edição de luxo.

O álbum foi gravado no M.A.D.A.M. em Les Lilas, misturado e masterizado no Studio Stendhal em Paris e produzido pelo próprio Charles Sangnoir. Missa Negra tem lançamento marcado para hoje com o selo da Raging Planet, Larvae Records, Violeta Exótica e Chaosphere Recordings (edição em CD apenas) e vai ser apresentado no próximo dia 26 no Cine Incrível, Almada com a presença de Manu de La Roche.

La Chanson Noire nasce em 2007 e é o projeto de Charles Sangnoir, um artista originário de Portugal, actualmente a residir em Paris.

Com um longo percurso artístico nas várias vertentes da arte, fez mais de 500 espectáculos em cidades como Lisboa, Porto, Paris, Montpellier, Londres, Madrid e Vigo. Figurou como pianista residente programas de televisão ao longo de mais de 300 emissões e dedica-se ainda à pintura, gastronomia, assim como às artes esotéricas. Enquanto produtor, supervisionou a concepção de mais de 30 discos e escreve, ainda, música para televisão, rádio e cinema.

Tem como pano de fundo a divulgação dos prazeres da decadência, a apologia da exuberância e da extravagância, a defesa da liberdade e da libertinagem, assumindo-se um projecto bucólico-depressivo, as suas raízes estão fincadas no folclore português, e adaptadas via cultura punk aos dias de hoje, passando por sonoridades que se inspiram na ópera, na pop-art e, até, na adega. É multi instrumentista, tocando os instrumentos todos que compõem a sua música.

Acima de tudo, La Chanson Noire é arte: no seu melhor e no seu pior.

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