O ciclo de showcases semanais, que acontecem no Café Concerto Coimbra, com curadoria da Blue House e coprodução do Convento São Francisco, está de regresso no dia 3 de setembro, às 19h30.
Este ciclo surgiu em outubro de 2020, em contexto pandémico e foi-se adaptando, desenvolvendo e incorporando novas valências, ainda que mantendo a aposta em jovens artistas e projetos emergentes.
Para este trimestre foram escolhidos: Foggy Project (2 de setembro), TNT (10 de setembro), Jasmim (17 de setembro), Rita Dias (1 de outubro), Broken Candles (8 de outubro), Monday (15 de outubro), Combo de Jazz EACMC (22 de outubro), Líquen (5 de novembro), MIC - Nunca Mais Era Sábado (12 de novembro), O Lado de Dentro (19 de novembro), Combo de Jazz EACMC (3 de dezembro) e MIC - Musa (10 de dezembro).
Em 2023 foi criado o Café Duplo, uma residência artística expresso, que proporciona o encontro de dois artistas que não se conhecem, e que lhes coloca o desafio de preparar um espectáculo em 24 horas. Todos os Café Duplo continuarão a ter uma apresentação em Coimbra às terças-feiras e às quintas-feiras em Bragança, no Teatro Municipal.
Nestes próximos meses, teremos residências de Tânia OP + Eduardo Cardinho, Aníbal Zola + Luís Travassos, Rita Braga + José Rebola e Joana Guerra + Gil Jerónimo.
João Silva, coordenador da Blue House, refere que “o Café Curto, em 2024, vai para o quinto ano, tendo começado em outubro de 2020 em plena pandemia, e de ano para ano tentámos sempre criar e acrescentar novas dinâmicas ao ciclo de programação, principalmente com elementos ligados à criação e ao apoio dos artistas emergentes. Em 2024, teremos novos parceiros, alguns deles fora da Região de Coimbra, para que o ciclo e os seus artistas possam circular e mostrar o seu trabalho a outros públicos e continuarem o seu trabalho enquanto músicos e criadores.”
2 de setembro
Foggy Project, liderado pelo italiano Francesco Pintaudi, deu os primeiros passos em Palermo e experimentou uma passagem por Berlim, antes de se estabelecer em Lisboa. O seu percurso é marcado por uma procura contínua de sons e atmosferas inspiradas na música eletrónica do norte da Europa e em ritmos que nos levam para um mundo sem barreiras culturais e artísticas. Estando sempre aberto à colaboração com outros músicos e vocalistas, o repertório de Foggy Project mistura várias línguas, entre italiano, inglês, português, francês, espanhol e grego. Na sua música transparece uma leve melancolia, reveladora em parte da sua personalidade, que convoca o espírito a flutuar docemente entre melodias intrigantes e a beleza das coisas simples.
10 de setembro
Daniel Freitas é o nome por trás de TNT, rapper e produtor de Almada que soma no seu currículo vários discos e colaborações num percurso musical com mais de vinte anos. O seu início discográfico remonta a 2005, com o álbum homónimo da banda M.A.C. “Missão A Cumprir”, coletivo histórico no hip-hop Português que lançaria, em 2012, o seu segundo disco de originais, “Muito A Contar”. No ano seguinte, criou a editora independente Mano A Mano, com objetivo de editar artistas de Hip-Hop underground. Nerve, Blasph, Beware Jack, Amaura, Silab & Jay Fella, Grilocks e TOM são alguns dos nomes que constam do catálogo da editora. Finalmente, em 2014, lançou-se a solo com o álbum “Unhas e Dentes”, ao qual sucederam “M.D.O.” (2017), “Forever Young” (2019) e o registo de instrumentais “Drums & 35’s”, editado em 2023.
17 de setembro
Jasmim é o alter ego de Martim Braz Teixeira, assim que este se debruça num cruzamento de influências que tocam no psicadelismo, na folk americana ou na música popular portuguesa. Em palco, a solo, esta paleta complexa expõe-se na sua forma mais despida: voz, guitarra e piano. Com uma carreira também ligada à realização videográfica, talvez não por acaso, a sua música remete-nos para paisagens de fim de tarde ou para um álbum de fotografias antigas, com um grão carregado de memórias difusas. Desde Lisboa, mostrou-se ao mundo em 2016 com o tema "Primavera" e nos anos seguintes com o EP "Oitavo Mar" (2017) e o LP "Culto da Brisa" (2019). Mais recentemente editou o álbum, “Acordado ou a Sonhar”, um conjunto de nove belíssimas canções, produzidas por Miguel Vilhena (Savanna, Niki Moss).
1 de outubro
Rita Dias, nascida em Coimbra em 1989, é cantora, compositora, escritora e atriz. Conta com dois discos editados, “com os pés na terra”, de 2013, e “Morremos tanto para crescer”, editado pela Valentim de Carvalho em 2022. Entre as duas longas durações editou o EP “Gosto de ti, assim!” e quatro singles. Concorreu, em 2018, ao Festival da Canção, com a música “Com gosto amigo”. Canta o seu fado e abraça a língua portuguesa em diferentes formas, tendo já editado dois livros de poesia, colaborado com revistas e rádios, e entrado em cena para representar peças de teatro.
8 de outubro
Luca Corda é Broken Candles, que passa por Coimbra para apresentar o seu segunda longa-duração, “Falling Asleep In The Sky”, com data prevista de lançamento no final do ano. Chega com a proposta de um showcase vagaroso e intimista, pautado por canções reflexivas, em que narrativas poéticas são conduzidas pela guitarra elétrica do músico “anti-folk”.
15 de outubro
Monday é o nome artístico de Catarina Falcão, uma das vozes do momento no panorama da música alternativa portuguesa. Depois do EP “Room For All” (2020), apresenta “Underwater, feels like eternity”, uma coleção onírica de faixas com arranjos delicados que encapsulam em si um período de reflexão profunda e reclusão na vida da artista. Produzido pela própria, é um disco que narra uma história de autoconhecimento e aprendizagem, uma aceitação da nostalgia da despedida da década dos vinte e de relações passadas. O álbum, profundamente pessoal, é composto por 10 canções que vão desde o pop, folk, até ao dream-pop.
22 de outubro
Os showcases ‘Combo de Jazz’ resultam de uma parceria com a Escola Artística do Conservatório de Música de Coimbra (EACMC). De dois em dois meses, jovens músicos em fase de formação sobem ao palco do Café Concerto do Convento São Francisco para uma mostra do seu talento em construção, através de um concerto pautado por composições originais e clássicos standards de jazz.
5 de novembro
Líquen surge da expressão individual da cantora conimbricense Constança Ochoa, numa fusão entre a voz e a poesia, com influências que vão da música popular portuguesa ao pop alternativo. A co-criadora de Peixinhos da Horta e membro de Human Natures abraça agora composição a solo, e mergulha numa estratégia coletiva de produção das suas canções, aliada aos três músicos e produtores Buga Lopes, Pepas e Leonardo Patrício. Líquen, enquanto organismo simbiótico, representa a metáfora perfeita à identidade do projeto, que se propõe a caminhar entre a voz, o eletrónico e o acústico, explorando as diversas influências que cada um dos membros do quarteto entrega à sala de ensaio
12 de novembro
Sobe ao palco do Café Concerto Coimbra mais um projeto selecionado pela convocatória MIC - Música Independente de Coimbra em 2024. Nunca Mais Era Sábado são Diogo Félix, Eduardo Ricarte e Daniel Silva, três amigos que sempre partilharam o amor pela música e pela cultura popular portuguesa. Com fontes de inspiração que passam por First Breath After Coma, Diabo na Cruz e B Fachada, Nunca Mais Era Sábado tentam encontrar o seu espaço no paradigma da música nacional.
19 de novembro
O Café Curto junta-se às Jornadas Populares e apresenta uma showcase com curadoria do GEFAC - Grupo de Etnografia e Folclore da Academia de Coimbra. O Lado de Dentro são duas mulheres, Joana Ricardo e Mariana Ramos Correia, que cantam o que gostam, em português. 'Não cantam por bem cantar'. Cantam pela liberdade de estar em partilha aberta, onde o choro e o riso, as suas raízes e viagens, os seus sonhos e desencontros, o rio e o mar, a planície e a montanha se oferecem em conjunto. Entre a música tradicional, o cancioneiro português e temas originais, O Lado de Dentro é ainda um momento de comunhão entre duas amigas de olhar cúmplice.
03 de dezembro
Os showcases ‘Combo de Jazz’ resultam de uma parceria com a Escola Artística do Conservatório de Música de Coimbra (EACMC). De dois em dois meses, jovens músicos em fase de formação sobem ao palco do Café Concerto do Convento São Francisco para uma mostra do seu talento em construção, através de um concerto pautado por composições originais e clássicos standards de jazz.
10 de dezembro
Musa é o último projeto musical selecionado pela convocatória MIC - Música Independente de Coimbra a dar-se a conhecer no Café Curto em 2024. Mariana Garrido é recém-jurista, depois de ter completado a sua formação em direito na Universidade de Coimbra e, quando canta, é Musa, inspirada por influências que vão do indie, à música soul, à bossa nova e ao jazz. Descobriu recentemente que, para além de usar a voz como instrumento, gosta de compor, e vai colecionando músicas nas páginas de um caderno, que vão agora ganhar vida.
24 de setembro
Tânia OP nasceu em 1980 e é natural de Bragança, onde desenvolve o seu trabalho enquanto artista plástica e música. Com formação na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, no Conservatório de Música de Vila Nova de Gaia e na Media Artes da Universidade da Beira Interior, fez ainda um curso de Oração Cantada com Iégor Reznikoff. Integrou alguns projetos como Pé na Terra, Lelia Doura, Chamaste-mó, Lapantim, Momento Sabbath e, em 2020, cria o projeto Adélia, projeto que mantém ainda hoje e que é composto por Litos Dias (contrabaixista) e Joaquim Rodrigues (pianista). Para além da dedicação ao canto, é multi-instrumentista, tocando piano, guitarra, ukulele, flautas e gaita de fole, usando muitas vezes loops nas suas apresentações. Neste Café Duplo junta-se a Eduardo Cardinho, compositor e produtor residente no Porto, um dos mais criativos vibrafonistas da sua geração, conhecido pela sua abordagem rítmica e sonoridade única. Tendo estudado na Escola Profissional de Música de Espinho, na Escola Superior de Música do Porto e no Conservatorium Van Amsterdam, são inúmeros os músicos com que entretanto se cruzou em palco, dos quais podemos destacar: Jeffery Davis, Hermon Mehari, Aaron Parks, Ricardo Toscano, Melissa Aldana e Carlos Bica. Foi convidado a gravar por nomes tão diversos quanto João Barradas, Marta Arpini, Azar Azar e Da Chick, sendo que, em nome próprio, editou “Black Hole” (2016), “Galip Cale” (2018) e “In Search of Light” (2019).
29 de outubro
Aníbal Zola é um cantautor e contrabaixista do Porto, que utiliza a língua portuguesa como cúmplice no processo de composição. Lançou o seu quarto longa duração, “Pop dell’Fado”, em 2024, tendo a canção popular urbana portuguesa como principal fonte de inspiração. O artista já pisou palcos um pouco por todo o país, somando presença em festivais como EDP Cool Jazz, Vodafone Paredes de Coura, Festival Rádio Faneca, Festival Tom de Festa, Festival JazzMatazz, entre outros. Neste Café Duplo junta-se a Luís Travassos, músico que vive e cria em harmonia com os cheiros, sons e texturas dos campos do baixo Mondego. Desde pequeno que explora com a voz uma forma de transmitir sensações através da canção portuguesa. Em 2005, iniciou-se na viola como autodidata e, em 2011, criou o seu projeto a solo, “Cachimbamba”. Participou no programa televisivo “Ídolos”, onde terminou em quarto lugar. Continua a desenvolver projetos que pernoitam em várias casas do país, com o objetivo de elevar o fado e a música portuguesa em formatos acústicos
26 de novembro
Rita Braga é uma cantora, compositora e multi-instrumentista com um repertório eclético em mais de dez idiomas, já tendo atuado nos cinco continentes. O seu mais recente e quinto disco editado, “Illegal Planet”, foi lançado em 2023. A artista reinventa-se em permanência, cruzando influências que passam pelo vaudeville, cinema clássico, post-punk e cabaré. O seu disco “Bird on the Moon” entrou no Top 15 Ukulele da revista The Wire. Entre muitas colaborações incluem-se Ian Svenonius, Legendary Tigerman e Rui Reininho. Neste Café Duplo, junta-se ao multi-instrumentista conimbricense José Rebola, fundador e integrante de projetos musicais como Anaquim, the Cynicals e the Speeding Bullets. O músico é, também, professor na Academia de Música de Coimbra.
17 de dezembro
Joana Guerra é uma compositora, violoncelista e cantora portuguesa com um gosto particular pelo inconformismo e uma paixão pela experimentação, entretecendo um universo único em permanente expansão. Integra vários projetos de música experimental, livre improvisação, noise, rock, folk e free jazz. Já trabalhou com nomes como Joelle Léandre, Surma, Mia Distonia, Yaw Tembe, Tiago Sousa, Lula Pena, Pop Dell’Arte, entre outros. Editou quatro discos do seu projeto homónimo a solo, apresentando-o em importantes palcos e festivais nacionais, assim como além fronteiras. Neste Café Duplo junta-se a Gil Jerónimo, músico de Leiria cuja experiência passa também pelo teatro e pela dança. Foi membro da banda Les Crazy Coconuts e, atualmente, faz parte do projeto Jerónimo, ao lado dos seus irmãos, e Lost Lake, que se preparam para lançar um EP ainda em 2024
Sem comentários:
Enviar um comentário