quarta-feira, 25 de setembro de 2024

ALUCINA EUGÉNIO DE REGRESSO AOS PALCOS EM 2025

 



















Estávamos a meio do ano de 1990, e no rescaldo do final de uns tais Falecido Alves dos Reis, nascem no Porto, os ALUCINA EUGÉNIO, banda formada pelo vocalista, compositor, e letrista, Márinho "Cowboy", que junto a um dos guitarristas dos citados FAR, (Kim Coutinho), mais outro guitarrista, (Nando Cunha), "repescado" a uma das primeiras formações dos Genocide, e um baixista virtuoso, (Julio César), vindo dos Necrose, davam início a ensaios regulares nas instalações do "famoso" Medina, (onde ensaiávam metade das bandas da Invicta; a outra metade, no controverso e já saudos Centro Comercial STOP), contando por último com a entrada do baterista, (Zé Borges), ex-percurssionista de bandas como os X-Position, entre outras,e assim estava dado o pontapé de saída, a mais uma "aventura", que sem qualquer receio a críticas, nem a juízos negativos, se atreveram a "mixar" as várias influencias, partindo de sonoridades que acabavam de chegar a Portugal, tais como o "funk-rap" dos Red Hot Chili Peppers, o "hard-glam" psicadélico dos Jane´s Addiction, e o "grunge", desde os Nirvana aos Soundgarden, passando por Alice in Chains, e Stone Temple Pilots, sem esquecer a outros nomes do momento, importantíssimos na criação desta banda, tais como os Rage Against the Machine, Pixies, Smashing Pumpkins, ou Primus, que o Márinho recebia todas as semanas, como responsável pela área do som alternativo da BIMOTOR PORTO, loja de discos importados, onde trabalháva naquela altura. Obviamente que esse detalhe ajudou bastante na rápida construção de um sólido e potente repertório, para uma exitosa subida aos palcos, a partir do ano seguinte, em 1991.

Depois de terem chamado a atenção, com alguns dos concertos de apresentação, nomeadamente, com os LX90, Joker, e Peste & Sida, no extinto Pavilhão Infante de Sagres, e uma "primeira parte" feita ao Pedro Abrunhosa e os Bandemónio, na Queima das Fitas do Porto, não demoraram muito tempo a serem convidados a participar com um tema original, na colectânea "Distorção Caleidoscópica", (um disco raro, e bastante valioso nos dias de hoje, que só contou com edição em vinil, e onde constavam outras bandas revelação do momento, como os Lulu Blind, Tina and the Top Ten, More República Masónica, Cães Vadios, ou Turbo Junkie, entre outros), que chegou a ser um êxito de vendas, e nos abriu algumas portas, nomeadamente os convites para tocar ao vivo em Lisboa, em locais bastante frequentados, como eram o caso do saudoso JOHNNY GUITAR, ou a GARTEJO, em Alcântara, e em que já se faziam acompanhar pela presença no palco, do "rapper" MC Mandela, que acabava por oferecer uma sonoridade "internacional", capaz de competir com algumas das bandas americanas que invadiam o mercado nacional daquela época. De aí, não tardaram muito tempo a ir para o estúdio, gravar aquele que foi o disco de apresentação ao público geral, os EP "Mushrooms", que foi editado em 1993, pela editora independente lisboeta, Música Alternativa, (com quem já entrámos em contacto, e existem negociações, para uma re-edição em 2025).

Com 5 temas originais, cantados em inglês, os ALUCINA EUGÉNIO, conseguiram a proeza de meter o tema/single "Viscious", (uma original fusão entre o célebre "Je T´Aime Moi Non Plus", do versátil Serge Gainsbourg, e o próprio "Vicious" do eterno Lou Reed, no primeiro lugar das listas do famoso programa de rádio, os "40 Principais", durante quatro semanas consecutivas, chegando a pôr a dançar meio país, através das suas repetidas passagens nas pistas das discotecas nacionais, e chegando assim ao auge, e ponto máximo na sua carreira, sendo chamados a participar na edição de 1993 das "Noites Ritual", no Palácio de Cristal, assim como uma inesquecível primeira parte aos enormes FAITH NO MORE, já em 1994, no Pavilhão do Boavista no Porto, a rebentar pelas costuras.

Como dado curioso, os ALUCINA EUGÉNIO chegaram a apadrinhar uma banda ainda hoje conhecida como Blind Zero, na primeira vez que tocaram ao vivo sob essa designação, fazendo-nos a primeira parte, no concerto de lançamento do EP, em 1993, também algures no Porto. De salientar algumas mudanças na formação original da banda, na temporada de 94/95, tendo entrado o excelente guitarrista Vítor Moura, para o lugar do inesquecível Nando Cunha, e do baterista, (e músico autodidacta, além de produtor), Alex Fernandes aka Alex Fx, que depois de meia dúzia de concertos, voltou a ceder o lugar ao Zé Borges, entretanto já recuperado de um grave acidente de moto.

Depois de uma peripécia histórica, com a assinatura de um contrato de gravação, com uma editora multinacional, para a edição de um primeiro álbum, (que nunca chegou a suceder), os ALUCINA EUGÉNIO, decidiram parar as suas funções como banda, de forma temporária, com a partida do vocalista Márinho "Cowboy", para terras da vizinha Espanha, onde acabou por ficar a residir durante 17 anos da sua vida.

Desde o seu regresso á sua cidade natal, Lisboa, em 2013, muito se tem falado, e especulado acerca de um possível regresso aos palcos, algo que finalmente se vai acabar por concretizar, com a decisão unânime entre os principais membros fundadores, de voltar a reunir a banda, que já está neste momento com ensaios regulares marcados, com a finalidade de que 2025, seja o ano do regresso aos palcos dos ALUCINA EUGÉNIO, agora com o Márinho "Cowboy" nas vozes e baixo, Kim Coutinho, na guitarra, teclas, e coros, o Zé Borges na bateria e coros, e podendo contar, de forma alternada, com outros guitarristas convidados, nomeadamente, o Orlando Cohen, (ex- Censurados, e Peste & Sida), entre outros. Regressam aos palcos, e aos concertos ao vivo, com um repertório reformado, onde vão poder constar temas do EP "Mushrooms", alternado com algum material novo, e uma série de versões ao estilo "punk-rock", de canções clássicas, que foram grandes êxitos nas décadas dos anos 80 e 90´s, e às quais o público presente, não resistirá a cantar em uníssono com a banda.

Além dos temas do EP, também já se pode ouvir algum do material novo no You Tube, resultado de gravações feitas ao vivo no estúdio, (sem público, visto terem sido gravados em plena pandemia, que acabou por fazer atrasar os nossos objectivos), de um amigo comum, na cidade do Porto.

Temos assim, por fim, o enorme prazer de anunciar, que as contratações para concertos ao vivo, durante o próximo ano de 2025, já estão abertas e em pleno funcionamento, estando totalmente receptivos a poder ouvir e a estudar as vossas propostas.

Se há algo que o nosso público poderá sempre confirmar, é que os ALUCINA EUGÉNIO ao vivo, são uma banda hiper divertida, em que durante pelo menos uma hora e meia, fazem a festa, numa autêntica viagem psicadélica, pelos quatro cantos do mundo, fusionando estilos que vão desde as várias vertentes do "rock", ao "funk", ao "punk", ao "hip-hop", e a sonoridades típicas dos anos 90, originalmente ambientadas pela "world music", com profissionalidade, e sem qualquer desperdício.
Ver e ouvir, para crer, e longa vida aos ALUCINA EUGÉNIO!

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