A Fatela Sónica está de regresso para a sua quarta edição, que este anodecorre entre 20 e 22 de setembro, no salão de festas do Anjo da Guarda, na ocalidade de Fatela, concelho do Fundão. Organizada pela associação Vozes do Côa com o apoio do município do Fundão e da Freguesia da Fatela, a Fatela Sónica não é um festival, mas antes o verdadeiro ajuntamento de almas intrépidas, desalinhadas e combativas. Ao contrário da norma dos festivais de Verão, a Fatela Sónica é organizada com um verdadeiro espírito ‘faz por ti mesmo’ (DIY), é feita por músicos, para músicos e para os amantes da música e das artes, é um evento não lucrativo e não comercial, não tem cabeças de cartaz ou estrelas. Na Fatela Sónica todos os que ajudam são voluntários não remunerados. Tal como o Fundão, concelho onde está inserida, é terra de acolhimento de migrantes, a Fatela Sónica pretende promover a Fatela como terra de apadrinhamento de todos os que vem a esta festa fora do rebanho.
Este ano apadrinhará amigos vindos de todos os pontos do país, assim como da Galiza, Catalunha, Andaluzia, França, Brasil, Alemanha e de outros países. Esta ano será a edição mais internacional à data, com a presença de bandas, Dj’s e artistas de 9 países (Portugal, Espanha, Irlanda, França, Servia, Itália, Equador, Suíça e México) e dois continentes (Europa e América do Sul).
Durante os três dias do evento passarão pelo palco da Fatela Sónica: Abolition (Paris, França), Agressive Girls (Lisboa), Alexx Ritonne (Pontarlier, França), Brutal Siegers (Barcelona, Catalunha), Cabeça de Martelo (Ovar), Cães da Loja Luminosa (Sintra), Cariño Muerto (México e Portalegre), Contas &Ossos (Castelo Branco), Crab Monsters (Castelo Branco), Daga (Quito, Equador), Dishuman (Arco de Baúlhe), Dr Frankenstein (Lisboa), Drastiks (Coimbra), Grupo de Bombos do Rancho Folclórico Cantarinhas do Telhado (Telhado, Fundão), Horda (Lisboa), Inn Oppiah! (Pontevedra, Galiza), Iskanbila (Arrasate- Mondragón, país basco), Kapo Blod (Bordeaux, França), Klasse Kriminale (Ligúria, Itália), Maloio (Fatela), Mata-Ratas (Alicante, Espanha), Mata-Ratos (Fatela), Neallta Fola (Aretxabaleta, País Basco), Os Fatelas Grupo de Bombos (Fatela), Räiä (Lisboa), Rancoeur (Nancy, França), Raufhandel (Zurique, Suiça), Revolution Within (São João da Madeira), Sikk (Belgrado, Sérvia), Sympos (Waterford, Irlanda), The Faqs (Porto), The Pages (Almada) e
Wakadelics (Castelo Branco).
Os DJ’s são parte importante da Fatela Sónica e este ano teremos a presença de Princess Slaya (Lisboa), Pineapple Sweets (Vitória-Gasteiz, País Basco), Rodas (Porto), Carlos Moura (Porto), Ricardo Beja (Espinho), Orange3 (Castelo Branco) e Os Selektors (Aveiro).
Contará com uma exposição do trabalho gráfico do ilustrador e designer gráfico Daniel Alves de Castelo Branco, residente em Coimbra, autor de inúmeras capas de discos, cartazes de concertos, fanzines, etc.
Em colaboração com o Cineclube Gardunha a Fatela Sónica contará com sessões de cinema que terão as Mulheres como protagonistas e a realizadora Francisca Marvão como convidada: a 17 de setembro na Moagem-Cidade do Engenho e das Artes, no Fundão, será apresentado o filme ‘Ela é uma música’, de 2019, uma viagem de descoberta pelo mundo do rock em Portugal, na voz das suas ilustres desconhecidas: as mulheres. A 19 de setembro, no Anjo da Guarda, Fatela, a realizadora apresentara algumas cenas do seu filme mais recente, ainda por finalizar, ‘‘Quem Tem Medo de Zurita de Oliveira ?’, documentário sobre um nome pioneiro e esquecido do rock em Portugal. Produzido a partir de um crowdfunding, também a Fatela Sónica e o Cineclube Gardunha querem dar o seu contributo para a finalização desta obra. Por isso, depois da projeção, haverá um DJ set levado a cabo por mulheres - a Noite das Ganapas! – Francisca Marvão, Beatriz Rodrigues (música, Dirty Coal Train) e Ana Pestana (música, Maloio). A entrada – em que cada um contribui com o que achar por bem - para esta sessão de filme e música, assim como parte da receita do bar, reverterá para ajudar na finalização do filme.
Numa tripla colaboração entre a Fatela Sónica, Cineclube Gardunha e o colectivo Profound Whatever vão também ser projectados, no sábado 21, dois clássicos do cinema mudo português, ‘Os Crimes de Diogo Alves’ (1911) de João Tavares e ‘A dança dos Paroxismos’ (1929) de Jorge Brum do Canto. Ambos os filmes serão musicados ao vivo por elementos do colectivo Profound Whatever.
Outro atrativo da Fatela Sónica são as bancas de música, livros e merchandising que este ano contarão com a presença de A Louro (Porto), The Firm Records (São Paulo e Lisboa), Zerowork Records (Lisboa), Radicais Livres (Lisboa), Livros Tintos (Fundão), Still Burning Records (Madrid), Voraus Records (Coimbra). Destaque para a presença da Five Studio Sintra, especializada em fotografia histórica que irá tirar retratos recorrendo a técnica fotográfica do século XIX, o antigo processo do colódio húmido.
Este ano o ‘bem-estar’ terá o seu espaço com as bancas de Ana Lopes Massagista Profissional (massagens, Fundão) e Masala Crua (sabonetes e cosmética artesanais, Alcaide, Fundão) e Susana Gil (Artesanato, Fatela).
A Fatela Sónica, pelo espírito punk que a caracteriza, é também de causas, além da ajuda que se pretende dar para a finalização do filme de Francisca Marvão, disponibiliza bancas à Associação Animais de Ninguém (Castelo Branco) para recolha de alimentos e donativos destinados a ajudar os animais de rua ao cuidado da associação; e a Os Fatelas Grupo de Bombos (Fatela, Fundão) para recolha de donativos destinados à aquisição e reparação dos instrumentos musicais. As bancas de gastronomia já se tornaram um dos atrativos extramusicais da Fatela Sónica e este ano contará com uma oferta gastronómica bastante eclética: Anacleto – Doces Artesanais (Doces artesanais a partir de produtos locais, Orca, Fundão), Batatas Fritas (Batatas fritas com molhos caseiros, Penamacor), Enchidos Tradicionais Valverde (enchidos premiados da Beira Baixa, Valverde, Fundão), Feito N’Aldeia (cookies artesanais, Penamacor), Jungle Kitchen (Especialidades Mexicanas, Idanha-a-Nova), No Sacrifice (Comida vegana, Lisboa), Queijaria do Paul (Queijos de cabra e ovelha, Paul, Covilhã), Tasca Prov’Aky (Comfort food da Cova da Beira, Fundão), Olhá Brasa Churrasqueira (Grelhados, Valverde, Fundão), Evy's Bees (Mel e hidromel), Tasca Tricholoma (Hamburgers com cogumelos e petiscos, Valverde, Fundão), Sandes de Leitão (Fundão), Southern Aromas (cozinha indiana, Fundão), Rui Pacheco (bebidas brancas e coktails, Fundão) e Bar da Cereja (Licor de cereja
e ginja).
A Fatela Sónica dispõe de espaço para campismo gratuito e autocaravanas. A pulseira para a Fatela Sónica tem o valor de 30€ e pode ser adquirida na bilheteira nos dias do evento. É válida para sexta dia 20 e sábado 21 setembro. No domingo a entrada é gratuita.
A pulseira só é necessária para acesso ao salão de festas do Anjo da Guarda onde se realizam os concertos. As demais atividades – música com DJ’s, Cinema, Bancas de Gastronomia – que estão situadas no espaço exterior ao salão de festas são de acesso livre e não requerem aquisição de pulseira,
permitindo a que qualquer pessoa se possa juntar à festa.
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