quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

DULLMEA AO VIVO EM LISBOA



10 de Janeiro, 19h | ZABRA

Dullmea atua no dia 10 de Janeiro no espaço ZABRA, em Lisboa. A artista vai apresentar uma seleção de repertório entre os álbuns “Hemisphaeria” e “Ephemeroptera”. A artista convida o público a mergulhar neste seu universo único em que voz e electrónica se fundem num instrumento uno para nos fazer descobrir novas e desafiantes paisagens sonoras. Excluindo completamente o uso de música pré-gravada a artista interpreta uma seleção de peças do seu repertório com momentos que ora trazem luz à singularidade da voz solo, ora se transformam por artes mágicas em colossais catedrais sónicas.

Em Fevereiro atua em Malta na Society of Arts, em Valleta. Um concerto inserido no ciclo de música “Sustain Delay”.
 
Dullmea (Sofia Fernandes) formou-se em música na Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo. Em 2016, lançou o álbum de estreia Keter, calorosamente recebido pela crítica. Desde então, tem desenvolvido o seu universo através de um dispositivo electrónico personalizado que usa como extensão da voz, incorporando todos estes elementos como um único instrumento, improvisando sem recorrer a música pré-gravada.
 
Lançou Hemisphaeria, [dʊl’mjə]̯, Orduak, Lloc Comú e Ñe'ẽsẽ trabalhos editados, apresentados e promovidos com o apoio Fundação GDA, DGArtes – Direção-Geral das Artes, Arte Institute, Antena2, República Portuguesa – Ministério da Cultura. Entre outros, Dullmea apresentou-se ao vivo em Nijmegen, Eindhoven (NL); Viena (AT), Turim (IT), Lisbon, Porto (PT), Vigo, Barcelona – LEM Festival (ES); São Paulo – MAC (BR); Berlin (DE); Copenhagen (DK); Milton Keynes – exposição “Obedience and Defiance” de Paula Rego (Reino Unido).
 
Não dizemos: água e pedras. Dizemos: rio. Sabemos que é um ecossistema interdependente e simbiótico, cujos elementos se aprendem e adaptam entre si continuamente, desde sempre. Tocamos a lisura de um seixo e sabemos que esse alisar levou tempo. Da mesma forma, não dizemos: voz e electrónica. Dizemos: Dullmea. Não apenas a voz, mas tudo o que habita a respiração, inundam o labirinto electrónico e geram um organismo uno, indivisível – é o rio. Depois chegam os cardumes de direções imprevisíveis, melodias de prata que serpenteiam hipnotizantes; nas margens, propagam-se lentas e densas as texturas minimalistas; de repente, um golpe na membrana anfíbia do microfone, rompendo a horizontalidade sónica; mais à frente, um pulsar assertivo de nascente. Dullmea tomou o tempo para gerar um ecossistema onde os elementos interagem e os limites entre voz e electrónica se esfumam, como que embebidos de uma natureza ilusionista.

ZABRA
Morada: Rua Alexandre Braga 15B, 1150-002 Lisboa

Sem comentários: