AMEEBA - Ad Mortem Festinamus
https://anti-demos-cracia.bandcamp.com/album/ad-mortem-festinamus
(CD e/ou download gratuito)
ANTI-DEMOS-CRACIA
ADC133DEZ2024
Formato: CD Digipack 6 painéis + Booklet de 24 páginas
Edição de 100 exemplares
Margarida Fiúza: voice
Frederico Pais: guitars, voice, flute, ukulele
Frederico Trindade: guitar
Carlos Paes: bass
Pedro Lourenço: drums
Maria do Mar: violin in “War is a Show”
Em tudo o mais podem ser diferentes, mas algo partilham os portugueses Ameeba com uns Talking Heads ou um David Bowie: um semelhante entendimento do que é a estética pop, e não necessariamente aquele que se define pelo que as pessoas comuns, não as “especializadas” ou especialmente “educadas”, gostam – a mesma estética que levou Andy Warhol a ampliar a sua influência enquanto artista a projectos musicais como Velvet Underground, The Cars ou Curiosity Killed the Cat. Tal como estes, também os Ameeba têm referências no rock, no seu caso o punk hardcore e o psicadelismo, sublinhando nessas matrizes a importância que o formato canção estipulou para a melodia.
Na segunda fase da existência do grupo representada por este “Ad Mortem Festinamus”, o seu segundo álbum, encontramos, pois, canções, regra geral curtas, radiofónicas, mas nunca canções banais. As soluções harmónicas, ou de aplicação do ruído no lugar onde habitualmente se coloca a harmonia, são surpreendentes, denotando que estes músicos fizeram escutas – e tiveram incursões – em outros domínios criativos. Não surpreende, assim, o convite a Maria do Mar, violinista da área da música experimental improvisada, para tocar em “War is a Show”. Cada tema é um hit potencial, mas também a demonstração de que até a pop dos nossos dias é mais do que uma questão de estilo ou um condicionalismo massmediático: é todo um conceito, uma filosofia. Music for the people, by the people.
(texto de Rui Eduardo Paes)
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