Segundo disco da cantora e compositora foi escrito, composto e produzido pela própria e tem como convidados Mimi Froes, Miguel Marôco, Bia Maria, Luís Duarte Moreira e Francisco Fontes.
O aguardado novo álbum de MALVA, "poros", já está disponível em todas as plataformas digitais. Descrito pela artista como "uma predisposição para me deixar ir e ser e para ser em coletivo", traduzindo "a vontade de convivência e partilha", o disco que sucede ao aclamado "vens ou ficas", de 2023, foi escrito, composto e produzido pela cantora e compositora, que abriu as portas e convidou a entrar Mimi Froes, Miguel Marôco, Luís Duarte Moreira, Bia Maria e Francisco Fontes.
"A certa altura tornou-se claro para mim que este era um álbum muito diferente do anterior - olho para ele como uma espécie de corredor ou passagem. A porta foi o “vens ou ficas”, esse que esperava uma qualquer resposta externa. Acho que me cansei de esperar e segui, sem olhar tanto para trás (apesar de não o deixar de fazer), mas já fora do quarto, com os olhos mais abertos, mais atenta ao que me rodeia e, acima de tudo, deixando outros entrarem, com calma, sem fazer muito barulho. E os que entraram e têm entrado são mais do que aqueles que me acompanham na voz, na guitarra ou nos serões a escrever, são aqueles que me inspiram, que me dão fé, que me arrepiam. "poros" é isso, uma predisposição para me deixar ir e ser e para ser em coletivo, também - com o cuidado de só deixar entrar o que me faz bem e expulsar o que não faz", revela MALVA.
A cantora partilha, ainda, que "poros" é "um olhar mais esperançoso sobre a vida" em que "a guitarra e o violoncelo continuaram a ser base de criação dos temas, esses que se serviram de estruturas mais próximas à da “canção” - pensei várias vezes se isso desvalorizaria este segundo álbum em comparação com o primeiro, mas cheguei à ainda frágil conclusão de que cada coisa é o que é e que se este processo resultou nisto, com as suas condicionantes e atmosferas, é porque tinha de ser. Talvez o que venha depois seja todo um outro universo".
MALVA conta que "não sabia que ia fazer este álbum. Nunca tinha pensado sobre ele. O início do processo teve início ao assinar uma declaração em como me propunha a ganhar um dos prémios do Festival Emergente 2023, que era gravar um disco no prazo de 6 meses. Acho que, no fundo, quis desafiar-me e a condição de ter um prazo aliciou-me. No segundo em que soube que ganhei, não acreditei que fosse possível fazê-lo, muito menos em 6 meses e, muito por isso, comecei a pensar de que forma poderia acelerar o processo. Lembrei-me de convidar pessoas para o fazerem comigo e assim foi, comecei por pensar em nomes que não chegaram a entrar e outros que acabaram por ficar".
Mimi Froes é um dos nomes que ficou e colabora na faixa 'manto azul', que surgiu de um processo natural e orgânico de partilha entre ambas as cantoras e compositoras. Nas palavras de MALVA, "esta canção tem-nos às duas e penso que isso se sente, se ouve. Nenhuma de nós a teria escrito sozinha", diz MALVA. Mimi Froes acrescenta que "talvez por girar em torno de uma metáfora, chegámos a um lado sombrio. Acho que aquilo que mais gosto na gravação é que o desespero da canção é acompanhado pelo desespero da interpretação".
Do alinhamento de "poros" constam também o single 'rajada', com a participação de Francisco Fontes, bem como 'fugir à sorte', com Miguel Marôco; 'fera', com Bia Maria; e 'pausa para esclarecimentos' e 'ninho', ambas com Luís Duarte Moreira. O segundo álbum de MALVA será apresentado a 13 de março, no Passos Manuel, no Porto, e a 20 de março, no B.Leza, em Lisboa. Os bilhetes já estão à venda nos locais habituais.
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