Um disco que deambula entre imagens, realizações e memórias do seu autor. A criação em língua portuguesa nos escritos de Afonso Rodrigues acompanham a par e passo a própria descoberta pessoal que a passagem do tempo provocou no artista nos últimos anos de composição deste trabalho. Foi a altura dos confinamentos que convidaram a expressar-se em português, mas foi depois numa viagem a África em 2022 que Afonso Rodrigues decidiu expandir estes novos escritos em música.
Desta dupla descoberta surge “Areia Branca”, um disco de 10 canções de sonoridade contemporânea e fresca, mas com traços e semelhanças de trabalho ao de um cantautor clássico. Deste disco fazem parte os singles “Já Nem Sei” e “Onde Foi”, temas que têm vindo a ser revelados desde o fim de 2024.
Esta é uma edição de autor com distribuição da Universal Music Portugal. Está desde agora disponível em todas as plataformas digitais e será editado em vinil em breve numa data a anunciar.
A digressão de apresentação ao vivo de “Areia Branca” de Afonso Rodrigues já foi anunciada. Arranca em Lisboa com noite dupla a 7 e 8 de março no Teatro da Garagem, passando depois pelo Passos Manuel no Porto a 15 de março e pelo festival Clap Your Hands em Leiria a 21 de março. Os bilhetes para os primeiros quatro concertos desta digressão já se encontram disponíveis, mais datas serão anunciadas em breve.
Sobre Afonso Rodrigues:
Afonso Rodrigues, melhor conhecido pelo seu papel em Sean Riley & The Slowriders ou nos Keep Razors Sharp, viveu sempre na música. Chegou-lhe primeiramente pela mão do pai, que partilhava com ele discos de Fado MPB e Jazz. Depois teve bandas de liceu, foi Radialista - na Radio Universidade de Coimbra - DJ, Promotor de Eventos e A&R numa editora multinacional.
Quando começou a escrever canções “mais a sério”, por alturas da faculdade, escolheu o Inglês como língua mãe. Um pouco por timidez, muito por influência dos escritores que mais admirava na altura. Nunca o soube explicar melhor.
O português sempre o apaixonou, e a guitarra e a voz do discos do Zeca Afonso que ouvia com o pai sempre chamaram por ele, mas não sabia como fazê-lo. Faltava tempo e vocação.
Nunca se tinha sentido particularmente Português, ou de outro lado qualquer, e o Inglês tinha servido o desejo de falar para o mundo, mas com o passar do tempo, com o nascimento dos filhos em Lisboa a enterrarem cada vez mais fundo as suas raízes nesta terra, a língua soltou-se finalmente e começou a falar aquela que hoje sente como a sua verdade.

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