terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

NO SALãO BRAZIL

















Performance-palestra Studies of Air and Smoke
20 fevereiro. 19h00

No próximo dia 20 de fevereiro, às 19h00, Thiago Leiros Costa apresenta a performance-palestra Studies of Air and Smoke, inserida na residência artística dos Griot 3000, que decorre esta semana no Salão Brazil.

Este projeto é apresentado no âmbito da arte performativa. Não será um concerto nem uma palestra. Thiago Leiros Costa explora o dualismo entre ser artista e cientista, assumindo ambos os papéis e investigando as suas conexões.

Studies of Air and Smoke é uma sessão de meditação guiada por música ao vivo, precedida por uma performance-palestra que apresenta o contexto conceptual da experiência e os estímulos para a sessão de meditação. Durante a meditação, são executadas músicas improvisadas ao vivo com instrumentos tradicionais sul-americanos, voz e electrónica.

As performances dividem-se em duas partes: uma verbal e outra não verbal, explorando os aspectos reflexivos e pré-reflexivos da experiência consciente. Esta estrutura permite a investigação de diferentes arquétipos: o educador, o psicólogo e o cientista na primeira parte; e o improvisador, o músico e o artista na segunda parte.

Através da música, procura-se promover a autoconsciência, a empatia e a cura, através da meditação, da autorreflexão e do pensamento crítico. Para isso, a parte argumentativa da performance é essencial, pois permite-nos revisitar a nossa relação com a música e utilizá-la como uma ferramenta para investigar a consciência e o "eu".

Este trabalho tem fortes raízes na abordagem de Pauline Oliveros, com os conceitos de Deep Listening e Sonic Meditations, bem como nas práticas de mindfulness, meditação transcendental e visões contemporâneas sobre a perceção e a consciência, como a estrutura de processamento preditivo.

Abertura de portas: 18h30

Entrada limitada e gratuita.

Reservas para participação devem ser feitas através do email salaobrazil@gmail.com até 20 de fevereiro às 12h00.

Griot 3000
21 fevereiro. 22h00

Griot 3000 é um novo projeto intercontinental de seis artistas na improvisação multicultural de não-jazz, numa formação inédita de expansão da amplitude nas paisagens sonoras.

O artista brasileiro de Spoken Word Rodrigo Brandão selecionou instrumentistas que tiveram, entre si, pouco ou nenhum contacto prévio ao encontro proposto pelo wordsmith, num sexteto que propõe fundir canções que vão da fundação rítmica mais sólida às searas mais abstratas. Reafirmar o jazz e a sua herança africana, num diálogo entre o legado e a inovação, este projeto homenageia os griots, cronistas da história do continente africano.

A profundidade lírica, as relações espirituais entre o imaginário urbano e a ancestralidade, definem o universo particular de Brandão, que gravou discos e acumulou parcerias com nomes de peso no cenário mundial: de Tony Allen ao mestre Pharoah Sanders.

O grupo é composto por Luís Vicente no trompete, Braima Galissá na kora, Thiago Costa na guitarra, Carla Santana na eletrónica e Dudu Kouate nas percussões.

Luís Vicente é companheiro de nomes de pódio do jazz livre como William Parker, Hamid Drake ou Tony Malaby, e em conjunto com Carla Santana – alquimista eletrónica descendente do minimalismo de Terry Rilley – e o mestre guineense da kora Braima Galissá, fazem o núcleo radicado em Lisboa.

Dois integrantes além-fronteiras completam esta formação: o percussionista senegalês Dudu Kouaté, professor dos ritualismos africanos e conhecido pelo seu trabalho com o lendário Art Ensemble Of Chicago e Moor Mother; e Thiago Leiros Costa, neurocientista e guitarrista brasileiro sediado na Itália, líder do projeto Onça Combo e parceiro de Juçara Marçal, que mistura tradições indígenas e latinas.

Numa jornada inspirada pela lendária Organic Music Society de Don Cherry, Griot 3000 pretende coordenadamente pular a cerca entre a África Ocidental, o Nordeste Brasileiro e o Sul Europeu, sem definir nem limitar as possibilidades sonoras.

Abertura de portas: 21h30
Bilhetes: 10€

Máximo apresenta: PANGEA
23 fevereiro. 18h00

O álbum PANGEA é uma metáfora para a união no combate à crise climática, refletindo os contrastes da Terra através das estações do ano e das mudanças climáticas em aceleração. Movido por "eco-ansiedade", Máximo explora a crise ecológica e social com uma abordagem sensorial e impressionista. O álbum inclui faixas para cada estação interpretadas a par com Joppe van Noten (bateria) e Jan Honnef (baixo), além de um interlúdio com Selma Uamusse e um piano solo.

PANGEA apresenta-se em palco em formato trio e com uma entrega ao improviso, ampliando assim as cinco faixas do álbum para criar um arco narrativo mais extenso, tornando cada performance única, mas mantendo a estrutura original. Durante os espetáculos, haverá momentos de piano solo, incluindo visitas ao álbum anterior, mas também partes de spoken word e exploração com eletrónica, sintetizadores e faixas pré-gravadas.

Além da música, o espetáculo terá ainda uma componente audiovisual criadas por Joana Cardoso e Rui Major, incluindo novos conteúdos e imagens de videoclipes feitos por vários realizadores e artistas, como Raquel da Silva, João Pedro Vale e Nuno Ferreira, Paulo Lisboa, Paulo Castilho e Joana de Verona.

Abertura de portas: 17h30
Bilhetes: 18€

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