quarta-feira, 26 de março de 2025

'SAPATINHOS' DE SÉRGIO ONZE ULTRAPASSA 100 MIL STREAMS ANTES DE CONCERTO NO B.LEZA





















Com letra e música de CONAN OSIRIS, o tema integra o alinhamento de "NÓS", o álbum de estreia do fadista, que será apresentado ao vivo no próximo dia 1 de abril, no Ciclo Inquietação, em Lisboa.

O tema 'Sapatinhos' do fadista Sérgio Onze acaba de ultrapassar a marca dos 100 mil streams no Spotify. Editada como segundo single do álbum de estreia "NÓS", a canção é da autoria de CONAN OSIRIS e a produção de Agir.

Sérgio Onze refere que “'Sapatinhos' é das canções mais autobiográficas do disco. Descreve a forma indelével como enfrento o mundo: no meio do caos, sei que há luz, numa dança na interseção entre os dois universos em que me movo - a música e o styling - um cruzamento quotidiano que, com o tempo, se foi diluindo até se tornar num só, aqui captados de forma única pela música e letra do CONAN OSIRIS”.

Com "NÓS" a ser eleito um dos Melhores Álbuns do Ano 2024 pelo Expresso/Blitz, o fadista Sérgio Onze foi, ainda, destacado como um dos novos artistas que estão a marcar a música portuguesa pela mesma publicação. O álbum foi produzido por Ricardo Ribeiro e Agir, inclui canções da autoria de artistas como CONAN OSIRIS, Joana Espadinha, Agir e Teresinha Landeiro e é editado pelo Museu do Fado.

O disco chama-se “NÓS” e nenhuma música tem esse título, propositadamente. Cada faixa é um nó fortalecido pelo laço e o seu desenlace - tanto desafio como processo, tanto pergunta como resposta”, conta Sérgio Onze. “A base é firme e concreta: o fado inequívoco. E é com ele que se desatam outras luzes. São “NÓS” que ligam produções tão antagónicas como Ricardo Ribeiro e Agir, e é no seu centro que coexistem composições tradicionais e poemas clássicos ao lado das visões estelares de autores contemporâneos”, revela ainda o fadista.

“NÓS” conta com a participação dos músicos Bernardo Romão (guitarra portuguesa), Luís Guerreiro (guitarra portuguesa), Bernardo Saldanha (viola), Rodrigo Correia (viola), Manuel Oliveira (piano) e Daniel Pinto (viola baixo). Além de 'Sapatinhos', o álbum inclui ainda os singles 'Canto Ainda Por Alguém', 'Morena Aí Do Canto' e 'Por Saudade Ou Por Memória (Disse-te Adeus)', este último gravado ao vivo na Casa de Fados 'Tasca da Bela'.

Sérgio Onze já apresentou o álbum "NÓS" em salas e festivais nacionais como o Centro Cultural de Belém, Museu do Fado, Sol da Caparica, Caixa Alfama e prepara-se agora para a apresentação ao vivo no clube B.Leza, em Lisboa, no próximo dia 1 de abril. Inserido no Ciclo Inquietação, a noite é de concerto duplo com Sérgio Onze e o projeto Nancy Vieira + Acácia Maior. Os bilhetes estão à venda nos locais habituais e na Ticketline.

Biografia

Sérgio Onze começou a cantar aos seis anos. Venceu vários concursos nacionais - entre eles a Grande Noite do Fado, em 2003 -, estudou guitarra clássica no Conservatório de Setúbal porque a voz ainda não tinha amadurecido tanto como as suas ambições e aos 17 anos começa a viver de noite, nas Casas onde ainda se sente Fado. Passou pelas Jovens Vozes de Lisboa no São Carlos, atuou no Belém Art Fest e já pisou palcos como o Campo Pequeno, o CCB, o Salão Preto e Prata, o São Luiz, o São Jorge e o Tivoli. Internacionalmente, já fez espetáculos na Alemanha, França, Finlândia, Itália e Roménia. Em simultâneo, cultivou a sensibilidade artística na Faculdade de Belas Artes e explora a multidisciplinaridade da Moda enquanto stylist, concretizando uma elevada consciência conceptual e a exigência de um propósito em tudo o que faz.
Sérgio Onze não vem do Fado, não carrega um legado ancestral nem antepassados para honrar. O Fado foi, por isso, uma decisão. Uma escolha que pareceu intrínseca, natural, como se tivesse sido encontrado, ou nele se encontrasse. Como se só a noite, a vulnerabilidade e o espanto soubessem a casa. Começar a cantar desde cedo e construir-se em contacto direto com os grandes mestres fez com que se deslumbrasse por todos os mundos que cabem dentro do Fado tradicional. Com o Fado enquanto fim para um meio e uma voz profunda e retumbante, cheia de certezas mesmo quando só se pergunta, Sérgio Onze entrega-se ao precipício que é cantar sem deixar os pés em terra firme. Na viagem, leva-nos a todos com ele com tanta firmeza que, quando nos vemos de volta ao cais, temos o corpo virado do avesso e sentimo-nos, finalmente, inteiros.

Após várias oportunidades e convites surge finalmente o seu primeiro disco “NÓS”. Uma resposta a várias perguntas que o foram assaltando durante o processo ao qual se foi enleando, fazendo, desfazendo: o próprio caminho. Não um lugar, não uma referência, mas ele por inteiro. Os nós criados com as pessoas, os processos porque passou, os caminhos que decidiu ou não escolher, refletem a sua personalidade e os mais diferentes lugares do fadista. Desde a própria produção, que conta com o cruzamento do fadista Ricardo Ribeiro e Agir; fados tradicionais, a poetas populares; a composições de CONAN OSIRIS e Joana Espadinha são pequenos mundos que se cruzam, entrelaçam e dão vida ao seu primeiro trabalho.

Biografia por Irina Chitas

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