quinta-feira, 3 de abril de 2025

NA ZDB

 



















DOMINGO 06 ABRIL / 21H

Big Brave ← MJ Guider ← NECRØ (CA/US/PT)

Big Brave, trio formado por Mathieu Ball na guitarra, Robin Wattie na voz e guitarra e Tasy Hudson na bateria e percussões traz a sua avalanche cada vez mais personalizada de riffs repetitivos, feedback, passagens atmosféricas, ritmos marciais e a voz expressiva de Wattie com ‘A Chaos of Flowers’, novamente na Thrill Jockey.

Sob o nome de MJ Guider, Melissa Guion constrói canções dream pop espaçosas e meditativas, utilizando máquinas de percussão, uma guitarra baixo e montes de eco e outros efeitos.

NECRØ, o mais recente projecto de João Vairinhos e Sara Inglês, está rapidamente a afirmar-se como uma força dentro da cena europeia de música eletrónica obscura, combinando elementos de industrial, darkwave e sintetizadores cinematográficos.

TERÇA-FEIRA 08 ABRIL / 21H

Six Organs of Admittance ← Helena Espvall (US/PT)

Ben Chasny regressa à ZDB na sua duradoura encarnação como Six Organs of Admittance. Entre o lirismo acústico devedor do fingerpicking e a electricidade celestial, Chasny tem deixado cravada à guitarra uma linhagem única de busca constante pelo sublime. Já nesta década, este trovador alquímico e meta-guitar hero deixou-nos as paisagens droney e solos cósmicos de The Veiled Sea em 2021 e a depuração mais cancioneira de Time is Glass para encetar também uma união transcendente da sua guitarra e voz às batidas e texturas percussivas de Shackleton no surpreendente Jinxed by Being.

No início da noite, actuará a violoncelista/guitarrista Helena Espvall, que vem sedimentando um percurso musical rico e diverso, entre a folk, a música experimental e a improvisação livre.

QUARTA-FEIRA 09 ABRIL / 21H

Clarissa Connelly ← Vitória Vermelho (DK/PT)

Clarissa Connelly, radicada na Dinamarca desde a sua infância, recorda o folclore celta entrelaçando-o com todo o universo ancestral nórdico. Retira da acústica instrumental o musgo da sua música enquanto recorre à expressão eletrónica para salientar os sinais texturais que explora numa obra em movimento. O seu novo álbum, World of Work, toma inspiração das esferas do rock progressivo e do minimalismo, assim como da folk mais esotérica.

Vitoria Vermelho é o nome artístico de Francisca Oliveira, uma personagem musical intensa, cheia de emoções à flor da pele. O seu disco de estreia, Homónimo, é fruto da junção de canções escritas ao longo do período formativo da artista e que começaram como forma de terapia.

QUINTA-FEIRA 10 ABRIL / 21H

Fire! apresenta Testament ← Ravenna Escaleira (SE/PT)

O trio sueco Fire!, formado por Mats Gustafsson, Johan Berthling e Andreas Werliin chega à ZDB em rodagem do recente Testament. Focando toda a energia colectiva num mesmo espaço físico-mental, Testament engaja as premissas da improvisação, do jazz, do rock, do noise e do psicadelismo inerente a todo este movimento em temas tão imediatos no seu impacto como expansivos nas suas possibilidades por entre o sopro primordial de Gustafsson, a segurança e fluidez do baixo de Berthling e a bateria certeira e plena de ginga de Werliin, num caso raro de sintonia absoluta.

Ravenna Escaleira, artista originária do Porto e atualmente radicada em Lisboa, constrói a sua identidade musical num processo contínuo de experimentação e depuração.

QUARTA-FEIRA 16 ABRIL / 21H

Maria Reis ← Anaís (PT)

Maria Reis regressa às edições com ‘Suspiro…’. Álbum criado em estreita colaboração com Tomé Silva, captado na intimidade do seu quarto, e que sem cortar com esse passado ainda recente, reflecte uma maturidade lírica e de arranjos apenas possível a quem reconheceu todos os ensinamentos prévios para daí chegar a um novo patamar para a eternidade da canção. Disco que em 11 canções compõe todo um mosaico de vivências reais e imaginadas onde todas se podem, de uma ou outra forma, espelhar. No fundo, algo que Maria Reis sempre tem vindo a fazer com notável saber, honestidade e jogo de cintura.

Em 2024, Anaís lançou a sua primeira EP intitulada “Dores de Crescimento”, e a partir daí seguiram-se outras canções sobre as coisas que lhe vão acontecendo. Dentro do seu quarto produz músicas nos universos do lo-fi, bedroom pop, bossa nova e pop-rock.

QUINTA-FEIRA 17 ABRIL / 21H

NINA ← Clauthewitch (UK/PT)

A solo, a pop/rock NINA não é tão frontal como nos bar italia. Seja em Classics (2021) ou em Twins (2020) ou nas canções que vão caindo aqui e ali, há um arrastar pop que se alinha com o constante desaparecimento. A música de Nina não pode existir sem o nevoeiro que cria, como se quisesse desaparecer em si mesmo, isto é, extinguir-se após ser ouvida. Se é a música que confirma a existência de Nina, é também ela que teima em que se oiça Nina como algo fugaz, momentâneo, pronto a desaparecer.

Clauthewitch é uma banda composta por Cláudia Noite, Diogo Lourenço (guitarra) e Nico Grazina (synths), amigos de longa-data. O seu disco Begonia forma uma atmosfera etérea de rock alternativo ao combinar shoegaze e indie folk, caracterizado por melodias nostálgicas e efeitos de voz em mutação ao longo das cinco faixas.

QUINTA-FEIRA 24 ABRIL / 21H

Ilpo Väisänen ← Fantasia in Dub (FI/PT)

O registo mais recente de Ilpo Väisänen, Keskipäivän Hetken Sumea Vaillinaisuus, é um disco-tratado contra a guerra declarada da Rússia à Ucrânia, que reflecte esse estado de ansiedade contínua num espaço electro-acústico reverberante, por entre metais ressonantes, ruídos, cadências electrónicas intermitentes, texturas subterrâneas e a imensidão claustrofóbica dos grandes espaço confinados que nunca resvala para a tragédia melodramática nem para o terror gratuito. 

Enquanto co-fundador da associação Filho Único, a vida desta cidade, hoje em dia, foi Nelson que ajudou a inventar. O seu percurso conduziu a um passo lógico: ser Disc Jockey. Depois do facto selou muito rapidamente a vocação e os sets que faz são autênticas composições de energia. Suor, concentração (não são incompatíveis) e uma onda de felicidade que se entende à distância.

SÁBADO 26 ABRIL / 22H

Filipe Sambado apresenta Gémea Analógica (PT)

Gémea Analógica é o nome do espectáculo de concertos acústicos que Filipe Sambado levou para a estrada no ano findado, na sequência de Três Anos de Escorpião em Touro (2023). Ao despir a imponente expressividade da produção das versões de estúdio, não fica a descoberto somente o seu lado íntimo e frágil: descobre-se a própria pele da canção.

TERÇA-FEIRA 29 ABRIL / 21H

Acid Mothers Temple 30th Anniversary Tour ← Divã (JP/PT)

Os Acid Mothers Temple celebram trinta anos em 2025. Há trinta anos que Kawabata Makoto anda a concretizar uma ideia tão simples, mas arrojada, e que é tão poucas vezes concretizada por artistas que se colocam ao rótulo do psicadelismo: fazer música que é uma tripe do caraças. Digamos que tem cumprido. Fazer rock psicadélico, sem merdas, ou motivos de maior para lá disso -ser uma tripe do caraças – tem sido suficiente para nos deixar felizes ao longo de – caramba, já? – trinta anos.

Divã são uma banda de pós-punk, sediada na Amadora. Desde o momento de união compõem ativamente músicas originais, escritas em português. São ecléticos, cinemáticos e vibrantes. Como membros conta com dois gajos de Matosinhos, um de Almada, um puto de Carcavelos e uma senhora de Mafamude.

QUARTA-FEIRA 30 ABRIL / 22h

Mun Sing ← IBSXJAUR (UK/PT)

Foi na luta do luto que Harry Wright, identidade real do produtor de Bristol Mun Sing, projetou um álbum complexo e desconcertante. Inflatable Gravestone advém da tragédia pessoal e percorre uma inevitável demanda metafísica – e material, recuperando escritos e gravações do seu pai e assim desenhando esboços para o disco. É pela mão da sua Illegal Data que The Frolic vê luz do dia. Adaptando a personagem de Espantalho, do clássico Feiticeiro de Oz, tem vindo a criar concertos de uma insólita natureza conceptual.

IBSXJAUR nasce do cruzamento entre JAUR (cantautora pop) e INFRABASSESATURE (produtor de música eletrónica). A dupla representa a pista de dança noturna underground, fundindo techno e drum and bass com uma pop crua, melódica e destemida. Preparam agora o lançamento do seu primeiro longa duração, que tem edição prevista para 2025

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