“A Culpa Viveu Solteira” é a canção que desvenda e dá o nome ao próximo disco de Tiago Chaves, assinalando um novo marco na sua música, tanto por abordar temas e reflexões urgentes dos nossos dias, como pelo seu registo na língua portuguesa. O tom sarcástico da canção introduz-nos a uma figura narcisista e manipuladora, cujo modo de vida passa pela recusa de qualquer sinal de vulnerabilidade. É na letra que se expõe a forma como este sujeito se ilude a si próprio e a quem o rodeia, mantendo
uma fachada de impunidade e escondendo-se atrás da ilusão do triunfo. Aliada a esta crítica mordaz, surge ainda a ideia de que “ser feliz é ser capaz de aceitar as ironias”,
o que sugere a conformação de que tudo é um inevitável castigo ao qual é impossível escapar.
Trata-se, portanto, de uma reflexão sobre a hipocrisia social, o autoengano e o mal- estar emocional de quem escolhe viver a ignorar tudo o que ameaça a sua fals estabilidade. Com música, letra e co-produção de Tiago Chaves, “A Culpa Viveu Solteira” contou com a produção, gravação, mistura e masterização de Rafael Fernandes, bateria tocada por André Macedo e gravada no estúdio de Cláudio Tavares e a fotografia, vídeo e design por Tó Nascimento.
Tiago Chaves (1993) é o artista, cantor e compositor independente que percorre o contraste entre narrativas abstractas ou concretas para apaziguar tumultos ou para agitar estabilidades interiores. Sem amarras estilísticas, mas com uma abordagem maioritariamente no folk e folk-rock, encontra, na guitarra, o paraquedas das melodias e das palavras que o conduzem ao estado da mais lúcida embriaguez que é, para si, a escrita de canções.
Foi na guitarra do seu irmão que Tiago Chaves encontrou o gatilho criativo que desencadeou os mais de 16 anos que tem dedicado à música. Oriundo de Valpaços, onde viveu intermitentemente até aos 18 anos, fez parte de vários projectos que romperam com a estagnação artística da cidade, mas foi quando se mudou para Vila Real que encontrou a forma e a voz das suascanções. Foi no momento breve e ímpar que testemunhou naquela cidade, onde fervilhava um ecossistema artístico singular, que compôs SKIN, o seu primeiro álbum de originais, editado em 2023 e calorosamente recebidopelo público, tanto em concertos ao vivo, como pela imprensa nacional einternacional, em entrevistas e em showcases como, por exemplo, na sua passagem pela RDP Internacional e no Musicology XYZ (Sydney).Tiago Chaves regressa às edições em 2025 com “A Culpa Viveu Solteira”, single homónimo do seu próximo disco, assinalando um novo marco na sua música na qual aborda temas e reflexões urgentes dos nossos dias,entregando-os por completo à língua portuguesa.
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