No próximo dia 27, em antecipação e homenagem ao Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, que se assinala a 28 de junho, estreia o tema “Tanta Pena” de André ViaMonte com Janeiro — uma canção que sublinha a intolerância e a dificuldade que muitos têm em aceitar a diferença.
Como explica André ViaMonte:
“É inquietante o comportamento mesquinho de quem, no fundo, se sente incomodado com aquilo que não compreende ou não consegue sustentar em si mesmo. Às vezes, até dentro da própria família, o desdém camuflado e o fingimento de aceitação revelam uma cortesia dissimulada que encobre o desprezo, a alienação e o silenciamento. Dói mais quando a rejeição vem justamente de quem deveria acolher. E, diante disso, o que dizer? Sentimos pena. Uma imensa pena da pobreza de afeto, da incapacidade de suportar a autenticidade e de reconhecer a grandeza que não se sabe amar.”
A canção reflete o aprender a lidar com esse tipo de comportamento. Ser autêntico e ter a coragem de viver com verdade é para os audazes — para aqueles que verdadeiramente amam a sua essência e não têm medo de mostrá-la ao mundo. A diversidade não é ruído, é harmonia. É a riqueza que nos torna inteiros.
Como os símbolos de infância (líchias e as bananas) dos artistas, frutas tropicais, improváveis, pouco convencionais — cada um de nós traz consigo uma essência rara.
Toda a fruta que cresce à luz do sol tem o direito ao seu lugar. Cada existência tem o seu brilho e cada diferença o seu valor.
Parte das receitas do tema reverte a favor da ILGA Portugal, cuja missão é garantir que todas as pessoas possam crescer ao sol da igualdade, com liberdade, amor e dignidade.
“Tanta Pena” com Janeiro integra o álbum De Vez, um disco de duetos de André ViaMonte que reúne vozes como Mimicat, Ana Bacalhau, Paulo Ribeiro, Mari Segura, Pedro do Vale e Matu Miranda. O lançamento, inicialmente previsto para a primeira metade de 2025, foi adiado para o final do ano para dar lugar a uma edição especial em duplo CD, que incluirá também o álbum a solo Em Vez. Esta edição dupla reforça a dualidade artística de André ViaMonte — entre a partilha e a introspeção — num só objeto musical. A produção continua a cargo de Francesco Meoli.

Sem comentários:
Enviar um comentário