"Praia, Campo, Cidade e Montanha". A escapadinha de dois músicos em busca da canção Pop perfeita.
Apresentados ao público em 2021 com o single "Ana Cláudia", a dupla composta por Hugo Costa e Rui Freire lança o seu disco de estreia.
"Praia, Campo, Cidade e Montanha" conta com nove temas de pop saborosa e solarenga, a apelar ao escapismo do título. No álbum, podemos revisitar temas como "Ana Cláudia", "Marta e Maria" ou o psicadélico "Verão de 2019" - single de apresentação, lançado em Maio - e descobrir novos sons, como "Sambinha no Forró", "Um Amor para Amar", ou o curioso "Luta de Classes".
Tendo já colaborado noutros projetos, este primeiro trabalho de longa duração como Montanha Mágica é o culminar de uma ideia que os dois músicos tiveram de compor algo leve e bem-humorado, mas sem nunca perder o potencial narrativo das canções. Afinal, "Nãofuifeitoparaamar", um tema dream pop com caixa de ritmos e orgão reed, é sobre o colapso narcisista; "Sambinha no Forró" fala de boa-vida, mas também de dependências; e o quasi-boy band "Luta de Classes", não sendo um tema de intervenção, acaba a refletir sobre o lugar que damos aos sonhos e às utopias.
"Fazer canções é a nossa maneira de dizer coisas e contar histórias. Temos uma ideia e gostamos de a colocar em prática. Se chegar à rádio e às pessoas, ainda melhor", explica Rui Freire, que no disco chama a si a voz principal de dois temas, "Sambinha no Forró" e "Um Amor para Amar".
Em "Praia, Campo, Cidade e Montanha", os músicos optaram por manter a linha estética definida pela própria banda no videoclipe de estreia (o vídeo de animação de "Ana Cláudia" foi feito pelos músicos com pedaços de cartolina) e, mais tarde, continuada pelos Sparks, uma dupla criativa que já trabalhou com Panda Bear ou John Cale e que tem assegurado a imagem da Montanha Mágica. Esta é como o som da banda: simples, colorida e fácil de memorizar.
Para a Montanha Mágica, o título deste primeiro trabalho de longa duração "Praia, Campo, Cidade e Montanha" pega na ideia das várias opções de férias e lazer e faz uma analogia importante com as idades humanas. A praia é a infância, a brincadeira e a descoberta; o campo a adolescência, quando crescemos, nos desenvolvemos e começamos a fazer coisas; já a cidade é aquilo que acabamos por construir em adultos; e, finalmente, a montanha é chegarmos àquele estado da vida em que contemplamos o que ficou para trás ou o horizonte mais ou menos longínquo e tentamos perceber o propósito de tudo isto. Nisto, também reflete o percurso musical dos dois músicos que no início estiveram ligados a géneros tão díspares como o Hard Core ou o Hip Hop - Freire foi baterista dos Hate Overgrown e Costa guitarrista nos Líderes da Nova Mensagem - tendo acabado, mais tarde, por integrar ou compor com bandas de géneros tão diversificados como Entre Aspas, dR. estranhoamor, Zeca Medeiros ou Rita RedShoes.
Em "Praia, Campo, Cidade e Montanha" Hugo Costa e Rui Freire cantam e tocam todos os instrumentos e contam com a participação pontual de Xico Santos no Baixo, Guilherme Rodrigues no Saxofone de "Luta de Classes" e Paulo Borges nas teclas. A produção do álbum é da Montanha Mágica, a mistura de Rui Freire e a masterização ficou a cargo de Mário Barreiros.

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