Os Cacique’97 assinalam duas décadas de vida com um concerto muito especial no dia 4 de setembro, no Lux Frágil, em Lisboa. O coletivo luso-moçambicano de afrobeat celebra 20 anos de música, resistência e alegria, num espetáculo onde não faltará o calor das percussões, a vibração dos metais e a energia contagiante que sempre os definiu. Os bilhetes já se encontram disponíveis através da ticketline.
“Vinte anos para uma banda é muito tempo, vinte anos para uma banda com tantos membros, mais ainda! O amor à música fez-nos não desistir, fez-nos querer continuar. E aqui estamos 20 anos depois, com a mesma genica, entrega e entusiasmo, no palco e fora dele, porque é isto que o afrobeat nos provoca”, afirmam os Cacique’97.
Com uma formação poderosa e uma sonoridade que cruza o afrobeat nigeriano com tradições musicais da África Lusófona e do Brasil, os Cacique’97 nasceram em Lisboa em 2005. Desde então, marcaram presença em palcos de referência como o Festival Med, FMM Sines, Festa do Avante ou o Warsaw Cross Culture Festival (Polónia), tendo conquistado um público fiel com a sua música vibrante, interventiva e cheia de groove.
O concerto no Lux Frágil celebra não só os 20 anos da banda, mas também uma discografia rica que inclui dois álbuns de estúdio — “Cacique’97” (2009) e “We Used to be Africans” (2016) — dois EPs, diversas participações em compilações e, mais recentemente, o single “Letter to The Martyrs” (2024). Este tema, lançado no passado mês de julho, marcou o início das comemorações do 20.º aniversário da banda e é uma homenagem corajosa ao povo palestiniano. Escrita na forma de carta, a canção denuncia o genocídio, a ocupação e a manipulação mediática a que o território tem sido sujeito desde 1948.
A par do concerto, os Cacique’97 anunciam também a reedição em vinil de “We Used to be Africans”, o segundo álbum do coletivo, originalmente editado em 2016 pela Rastilho Records. A nova edição, em vinil, chega a 5 de setembro pela mesma editora.
“We Used to be Africans” é o manifesto da procura de uma identidade cultural sem fronteiras que, apresentando uma visão da atualidade, pretende ser um testemunho para gerações futuras. No seu segundo trabalho de estúdio, a banda recorre à energia do funk africano e a grooves afro-lusófonos, acompanhados por letras de intervenção que são retratos do mundo no século XXI e da África contemporânea.
Com uma mensagem política forte, mas sem nunca perder a capacidade de fazer dançar, os Cacique’97 têm vindo a afirmar-se como um dos mais relevantes projetos de afrobeat da Europa — e como uma referência de independência e resistência artística.

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