Depois da estreia em 2023 com Isto é o Vento e de um ano cheio de concertos por todo o país, culminando na vitória no concurso de bandas da Festa do Avante em 2024, Hugo Costa apresenta agora o seu segundo disco, Onde Vivem os Carneiros. O músico e compositor português, que tem vindo a construir uma identidade única no cruzamento entre a canção e a experimentação, mergulha aqui num território ousado onde tradição e vanguarda se encontram, levando a sua música ainda mais longe.
Nascido da investigação académica de Hugo sobre o diálogo entre canção e música eletroacústica, este novo trabalho afirma-se como um projeto raro e inesperado na música portuguesa contemporânea. Ao longo de onze temas, encontramos canções políticas e canções de amor, histórias familiares, inquietações da atualidade e sonhos que oscilam entre o real e o imaginário. Sonoramente, o disco atravessa universos diversos, do folk ao rock, do ambient ao noise, sem perder o fio condutor de uma escrita lírica e de arranjos que desafiam fronteiras.
Onde Vivem os Carneiros revela a capacidade de ser, em simultâneo, diverso e coeso. Das camadas densas de ruído e rugidos de A Lenda do Marinheiro à delicadeza do single anteriormente lançado Sempre Gostei do Inverno, passando pelo desconforto rítmico e ambíguo de Turistas, o disco convida a uma escuta atenta e imersiva. Gravado a partir de sessões intensas com banda e longos meses de composição e pós-produção, este é um trabalho que une o popular e o erudito, a raiz e a descoberta, a canção e a experimentação.
O álbum conta ainda com colaborações de nomes fundamentais do panorama nacional, bem como a Banda do Vento, que acompanha Hugo Costa nos concertos ao vivo e de onde o artista emergiu também.
Com influências que vão de Messiaen à Brigada Victor Jara, de Zeca Afonso a Nick Cave, de Fiona Apple a Pauline Oliveros, Hugo Costa afirma-se como uma voz ímpar da música alternativa portuguesa. Um trovador moderno, que escreve sobre amor e política, sobre memória e crise climática, com uma música que cabe tanto o íntimo como o coletivo, sempre aberta ao amanhã.
Onde Vivem os Carneiros encontra-se agora disponível em todas as plataformas digitais.

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