segunda-feira, 9 de agosto de 2004

THE PROFANE JOY OF MUSIC - Secession, departure, rebirth (Demo, Edição de Autor)

Vivemos numa época em que já nada se cria tudo se transforma. Este é o tempo da recriação. Uma pergunta se coloca: o que é ser original? Ficamos obviamente sem resposta…
Vem tudo isto a propósito da primeira demo, do novo grupo de Coimbra, The Profane Joy Of Music. Também eles são adeptos da reciclagem. Ao longo de 6 temas pegam em sons já gastos pelo uso e dão-lhes formas novas nas suas canções.
O trabalho de casa é feito escutando álbuns dos Radiohead e Muse. As guitarras sónicas não deixam mentir. A voz de Duarte Feliciano confirma inequivocamente o que se escreveu na linha de cima.
Mas será que eles algumas vez pensaram em criar algo de novo quando deram vida a este projecto? Não! Por isso não há que censurar a banda.
O único reparo que se lhes pode fazer é o de, que apesar de tudo, eles poderiam ter disfarçado mais a coisa. Mas enfim, não são os únicos a tropeçar nesta pedra. No entanto, somos forçados a dar o beneficio da dúvida aos The Profane Joy of Music. Esta é apenas a primeira demo da banda.
Se este conjunto de canções podia estar mais bem gravado? Claro que sim! Se contem alguns erros? Mais uma vez dizemos que sim! Se nos excita, apesar de tudo? É obvio que sim!
É por isso que ficamos a aguardar por mais sons pop atmosféricos saídos das guitarras dos The Profane Joy of Music. As boas ideias já cá moram. A fonte de inspiração ainda não secou e tem muita água para beber. Eles sabem criar canções que tudo têm para brilhar.
O palco será a casa onde a banda deve agora trabalhar o seu futuro. Basta perceber que estas músicas devem ser mais suas que dos outros. Quando eles encontrarem o peso e a medida certa, vão ser um projecto que vamos querer seguir atentamente.
Asas para voar já as têm… basta agora encontrar a pista certa para aterrar…

Nuno Ávila

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