Os murangus são uma banda algarvia, mais concretamente de Faro. Praticam um som algures entre a pop e o rock, na sua vertente mais indie e com uns laivos de electrónica, deslizando entre devaneios sónicos e uma faceta assumidamente mais
melancólica.
Formados durante o Verão de 1995, a banda começou por compor as suas canções com letras na língua portuguesa mas, descontentes com os resultados, cedo perceberam que, para o tipo de música que estavam a desenvolver, as letras em inglês adaptavam- se com maior fluidez e, consequentemente, até hoje cantam nessa língua.
A banda deu os seus primeiros passos por iniciativa de Emídio (voz e guitarra), Miguel Murta(bateria), Pedro V. (voz e guitarra) e Nuno Teixeira (guitarra), aos quais cedo se juntou Mahomed Isaac (baixo). Estes dois últimos saíram da banda ainda antes do primeiro concerto. Entrou então China (baixo) e foi com essa formação que os
murangus se estrearam em concerto a 12 de Setembro de 1995 no bar King II, na sua cidade natal.
No decorrer do ano seguinte, novas alterações na constituição da banda: sai China e entra Väsq (baixo). São estes elementos que, em Janeiro de 1997, entram pela primeira vez em estúdio e gravam a sua primeira maqueta, nos estúdios CTM
em Portimão, da qual faziam parte três temas.
O tema "crayon" contou com a participação de Nádia Sousa (voz) e foi incluído na compilação de bandas algarvias "Choque Frontal 2", organizada por Ricardo Coelho da Rádio Alvor e editada pela Independent Records (1997). Esse tema alcançou alguma projecção a nível de bares e rádios locais. O tema "take me'95", por sua vez,
fez parte do alinhamento da colectânea de novas bandas "Please Stop This Noise On My Head 2", uma edição Som Sónico (Abril de 1998). Tanto um como o outro tiveram também direito a airplay na Rádio Universidade de Coimbra, onde a respectiva maqueta
foi eleita "Maqueta da Semana".
Em Fevereiro de 1997, Miguel Murta cede o seu lugar atrás da bateria dos murangus a Bruno Cortes.
Em Outubro desse mesmo ano gravam uma segunda maqueta, nos estúdios Sons do Mar, desta vez com dois temas.
A banda disponibilizou estas duas maquetas num único cd-r intitulado "tears in my wounds".
Corre o ano de 1999, quando os murangus começam a delinear a intenção de deixar registada em disco esta primeira fase da banda. Esse objectivo só será plenamente concretizado já no decorrer de 2001.
Em Fevereiro e Março desse ano, os murangus instalam-se nos estúdios Zipmix (Olhão),
propriedade dos conterrâneos Entre Aspas, onde procedem às gravações daquele que viria a ser o seu disco de estreia. Com produção de Louie McLui, o disco seria misturado em Junho seguinte nos estúdios Auditiv II (Sintra).
Do álbum de apresentação da banda, intitulado "a windy day", fazem parte nove temas.
Participam também neste disco, como convidados, André Capela (guitarra), em praticamente metade das músicas, e Mónica (voz) no tema "homeless (one more time)".
Devido a imposições de ordem pessoal, Pedro V. opta por se afastar da banda após a gravação do disco.
O seu lugar será então ocupado por Luís Rocha (guitarra) que assegura a transposição das canções de "a windy day" para os concertos ao vivo.
O álbum é editado com o selo Bafo de Baco Records, e é apresentado pela primeira vez ao público no dia 8 de Dezembro de 2001, precisamente no Bar Bafo de Baco (Loulé), propriedade de um dos maiores apoiantes dos murangus, Horácio Costa.
A sexta faixa do disco, "somewhere i'll be", foi escolhida como single de apresentação, sendo ainda incluída no alinhamento da colectânea "I'm Not A
Pop Star", editada pela Som Sónico (Julho de 2002).
Foi este mesmo tema que os murangus ilustraram através da realização daquele que viria a ser o seu primeiro videoclip. A apresentação oficial deste, e também do site da banda (este mesmo), decorreu no IPJ de Faro no dia 5 de Setembro de 2002.
Em Novembro desse mesmo ano, os murangus foram a banda vencedora da primeira edição do concurso de novas bandas "RockMusic Challenge 2002", cuja final teve lugar no Hard-Club em Vila Nova de Gaia, e estrearam-se na televisão, interpretando um tema ao
vivo e em directo, no programa "Cabaret da Coxa" na Sic Radical.
Já em 2003, a banda vê outra canção de "a windy day" figurar numa nova compilação de bandas portuguesas. Trata-se da colectânea "007" da editora portuense Bor Land (Maio de 2003) e os murangus marcam presença através do tema "blunder". Em Agosto, a banda passa pela segunda vez pelos écrans televisivos nacionais, novamente na Sic Radical, mas desta vez no programa "Curto Circuíto", com direito a showcase (onde interpretam oito temas ao vivo) e entrevista!
IN http://murangus.com.sapo.pt/
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