Bruno Pinto, o senhor por detrás de Papercutz, é um músico que nutre uma admiração maior pelo trabalho de Björk. E não esconde… O som electrónico que cria não o deixa mentir.
Ao olharmos para a capa de "Articulated Forms", o nosso espírito voa imediatamente para as terras frias da Islândia em busca da voz quente de Björk.
O cd abre em tons de jazz com o tema "Urban Landscape (pt I)". O saxofone, mistura-se com uma pedra de gelo e serve-se num bar de tons vermelhos em final de tarde chuvosa. Repetimos a dose com "Nigt Time At The Playground" e "Urban Landscape (pt II)" . Saímos para voltar no dia seguinte…
A mesma hora. Outra bebida. "De Focused" sabe a Björk. A voz de Marisa Pinto quer ser como a de Björk. Tarefa difícil. Não faz mal, colocam-se uns efeitos para chegar lá.
Mais leve, mas com o mesmo paladar a faixa "Little Glitch People". A voz de Bruno Pinto enrola-se no gelo por entre sons quentes. Escolhemos mais uma bebida da mesma carta. "Break Through Formula". E ainda outra… "Absolute Smile Device". Somos invadidos por sons mais experimentais. Estas gotas de liquido têm um paladar mais requintado. Escorregam pela língua lentamente, muito lentamente, para que o prazer seja maior.
Em outro final de tarde, entramos novamente no mesmo bar. Sentamo-nos na mesma mesa. Sabemos que o que toca é Papercutz. É jazz. "Polly Disfunction" é jazz. Tem voz. Tem um piano que improvisa. Tal e qual como "Memetic". No final um piano que dança, entrelaçando-se na voz de Marisa.
Agora é tempo de voltar ao mundo real. Perceber que as garrafas que enfeitam a prateleira do bar escondem bebidas que se servem igualmente em milhares de outros locais. Por aqui os líquidos que se preparam deglutem-se sem causar ressaca. E isso é bom…É sinal que amanhã podemos voltar para beber mais um copo.
Por agora há que partir. Visto a gabardina. Abro o chapéu de chuva. Perco-me por entre a multidão que regressa a casa. Sou apenas mais um…
Nuno Ávila.
Ao olharmos para a capa de "Articulated Forms", o nosso espírito voa imediatamente para as terras frias da Islândia em busca da voz quente de Björk.
O cd abre em tons de jazz com o tema "Urban Landscape (pt I)". O saxofone, mistura-se com uma pedra de gelo e serve-se num bar de tons vermelhos em final de tarde chuvosa. Repetimos a dose com "Nigt Time At The Playground" e "Urban Landscape (pt II)" . Saímos para voltar no dia seguinte…
A mesma hora. Outra bebida. "De Focused" sabe a Björk. A voz de Marisa Pinto quer ser como a de Björk. Tarefa difícil. Não faz mal, colocam-se uns efeitos para chegar lá.
Mais leve, mas com o mesmo paladar a faixa "Little Glitch People". A voz de Bruno Pinto enrola-se no gelo por entre sons quentes. Escolhemos mais uma bebida da mesma carta. "Break Through Formula". E ainda outra… "Absolute Smile Device". Somos invadidos por sons mais experimentais. Estas gotas de liquido têm um paladar mais requintado. Escorregam pela língua lentamente, muito lentamente, para que o prazer seja maior.
Em outro final de tarde, entramos novamente no mesmo bar. Sentamo-nos na mesma mesa. Sabemos que o que toca é Papercutz. É jazz. "Polly Disfunction" é jazz. Tem voz. Tem um piano que improvisa. Tal e qual como "Memetic". No final um piano que dança, entrelaçando-se na voz de Marisa.
Agora é tempo de voltar ao mundo real. Perceber que as garrafas que enfeitam a prateleira do bar escondem bebidas que se servem igualmente em milhares de outros locais. Por aqui os líquidos que se preparam deglutem-se sem causar ressaca. E isso é bom…É sinal que amanhã podemos voltar para beber mais um copo.
Por agora há que partir. Visto a gabardina. Abro o chapéu de chuva. Perco-me por entre a multidão que regressa a casa. Sou apenas mais um…
Nuno Ávila.
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