“Metamorphosia” é um disco deliciosamente estranho. Feito de uma beleza rara e crivado de sabores que se vão descobrindo ao virar de cada esquina.
Victor Afonso continua fiel aos princípios que norteiam a sua música. Não se desvia um milímetro que seja. Este é o registo certo depois do aclamado “Oblique Music”.
Em “Metamorphosia” Victor Afonso continua a experimentar, a improvisar. Por cima da sua guitarra vai lançando pedaços de electrónica e dezenas de samplers retirados de belos e estranhos pedaços de vida. O resultado é o mais inesperado possível.
Como num velho vinil ou numa esquecida cassete, este registo dos Kubik está dividido em dois lados. Faz todo o sentido… No lado A encontramos um conjunto de 7 temas alegres e descontraídos, por vezes convidando à festa como no caso de “Night And Fog: Ya!”. “I’m A Vampire, I´m Disgust”, uma faixa onde a voz de Francisco Silva dos Old Jerusalém não parece a sua, leva a nossa alma para recantos mais góticos. Por sua vez o lado B mostra uns Kubik mais introspectivos. Um conjunto de temas que fazem o nosso corpo repousar e levitar. Destaque para a participação de Adolfo Luxuria Canibal na faixa “Era Chegado o Tempo”. Em “Touch Of Evil” as gaitas de foles levam-nos por recantos mais populares e misturam-se com sons densos que criam imagens de suspense.
Neste novo registo dos Kubik o lado mais analógico da criação de Victor Afonso mistura-se às mil maravilhas com o a sua veia mais electrónica. Neste seu segundo disco a voz ganha um maior destaque, aproximando muitas vezes as músicas do típico formato de canção. “Sweet” é o caso mais flagrante.
Os Kubik, os Stealing Orchestra e os Fat Freddy são grupos que poderíamos colocar numa mesma prateleira. Muitas vezes os processos de criação buscam inspiração na mesma fonte. Por exemplo os desenhos animados são um impulso criativo para os três grupos. Todos eles utilizam samplagens retiradas de filmes de animação. Contudo cada um deles tem o seu lugar muito próprio. São os três bons à sua maneira…
Neste seu novo registo Victor Afonso tenta afastar a sua música da de qualquer outro grupo. Em “Metamorphosia” marca um espaço muito próprio e ganha terreno para respirar livremente.
Com tudo isto, nós ganhamos um disco firme, diferente e acima de tudo muito cativante. A descobrir sem receios… A devorar a cada minuto…
Este é um disco que nos chega do interior (Guarda) mas com uma enorme vontade de conquistar todo o mundo. Por isso abram portas para ele entrar e não digam que não gostam antes de provar.
Nuno Ávila
Victor Afonso continua fiel aos princípios que norteiam a sua música. Não se desvia um milímetro que seja. Este é o registo certo depois do aclamado “Oblique Music”.
Em “Metamorphosia” Victor Afonso continua a experimentar, a improvisar. Por cima da sua guitarra vai lançando pedaços de electrónica e dezenas de samplers retirados de belos e estranhos pedaços de vida. O resultado é o mais inesperado possível.
Como num velho vinil ou numa esquecida cassete, este registo dos Kubik está dividido em dois lados. Faz todo o sentido… No lado A encontramos um conjunto de 7 temas alegres e descontraídos, por vezes convidando à festa como no caso de “Night And Fog: Ya!”. “I’m A Vampire, I´m Disgust”, uma faixa onde a voz de Francisco Silva dos Old Jerusalém não parece a sua, leva a nossa alma para recantos mais góticos. Por sua vez o lado B mostra uns Kubik mais introspectivos. Um conjunto de temas que fazem o nosso corpo repousar e levitar. Destaque para a participação de Adolfo Luxuria Canibal na faixa “Era Chegado o Tempo”. Em “Touch Of Evil” as gaitas de foles levam-nos por recantos mais populares e misturam-se com sons densos que criam imagens de suspense.
Neste novo registo dos Kubik o lado mais analógico da criação de Victor Afonso mistura-se às mil maravilhas com o a sua veia mais electrónica. Neste seu segundo disco a voz ganha um maior destaque, aproximando muitas vezes as músicas do típico formato de canção. “Sweet” é o caso mais flagrante.
Os Kubik, os Stealing Orchestra e os Fat Freddy são grupos que poderíamos colocar numa mesma prateleira. Muitas vezes os processos de criação buscam inspiração na mesma fonte. Por exemplo os desenhos animados são um impulso criativo para os três grupos. Todos eles utilizam samplagens retiradas de filmes de animação. Contudo cada um deles tem o seu lugar muito próprio. São os três bons à sua maneira…
Neste seu novo registo Victor Afonso tenta afastar a sua música da de qualquer outro grupo. Em “Metamorphosia” marca um espaço muito próprio e ganha terreno para respirar livremente.
Com tudo isto, nós ganhamos um disco firme, diferente e acima de tudo muito cativante. A descobrir sem receios… A devorar a cada minuto…
Este é um disco que nos chega do interior (Guarda) mas com uma enorme vontade de conquistar todo o mundo. Por isso abram portas para ele entrar e não digam que não gostam antes de provar.
Nuno Ávila
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