Muita gente. Muito calor. Demasiado burburinho.
Um bichanar constante que prejudicou as partes mais calmas das músicas.
Uma banda demasiado empolgada por ver tanta gente na sala. De tal modo, que por vezes se perdia em demasiadas falas, quebrando um pouco o andamento do concerto.
Contudo, os nove músicos em palco não deixaram de mostrar o seu talento e debitaram energia a rodos.
Piano, teclados, trompetes, saxofone, guitarra acústica e elétrica, banjo elétrico, bateria, contrabaixo, violoncelo e vozes, juntaram-se para nos oferecerem canções de raízes mais folk.
Em alguns momentos, sons mais intimistas, Noutros um tom de festa que contagiava o povo presente, que não se fez rogado e cantou em algumas partes.
Canções com muitas referências, não há que negar, mas que mesmo assim nos conseguem cativar de uma forma muito especial.
Ouviu-se falar em Beirute e Calexico. Os trompetes não deixam negar a evidência. São grandes influências que servem como enriquecimento à música dos Brass Wires Orchestra. Mas por momentos, nas partes mais festivas até nos fizeram lembrar uns Pogues. Eles sabem dosear tudo isto muito bem e construírem um som que tem uma marca sua, apesar de tudo.
Este foi um serão bem passado, que fez esquecer a chuva miudinha que teimava em cair na rua.
Texto & Fotos Nuno Ávila
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