Os Tape Junk surgiram em 2012 no seio da família Pataca: uma derivação directa e natural dos Julie & The Carjackers - banda formada em 2009 por João Correia e Bruno Pernadas e cujo primeiro album “Parasol” seria editado pela Pataca Discos. Estes suspenderam temporariamente a sua actividade, enquanto João Correia fundou os Tape Junk e Bruno Pernadas dedicou-se ao seu trabalho de estreia a solo “How Can We Be Joyful in a World Full Of Knowledge”, editado na Pataca Discos em 2014.
Em 2013, os Tape Junk lançaram “The Good & The Mean” (Optimus Discos). João Correia conta com a colaboração de Nuno Lucas e António Vasconcelos Dias (a secção rítmica dos Julie & The Carjackers), Bruno Pernadas, Francisca Cortesão (Minta, They’re Heading West) e Frankie Chavez, guitarrista que acompanharia a banda em grande parte dos espectáculos que se seguiram ao lançamento do disco.
O álbum de estreia foi muito bem recebido pela crítica e pelo público. Nas palavras de Emanuel Carneiro, “The Good & The Mean” reflecte “a existência de talento e de domínio do vocabulário básico da folk e do rock” (Jornal de Notícias, 13/07/2013).
Com a experiência dos muitos concertos juntos, mais do que o projecto a solo de João Correia, os TapeJunk passaram a ser a banda de João Correia (voz e guitarras), Nuno Lucas (baixo eléctrico), António Vasconcelos Dias (bateria) e Frankie Chavez (guitarras e slide guitar).
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Os Tape Junk são uma banda rock. Com um vocabulário assimilado a partir de bandas como Pavement, Giant Sand, Stooges, Rolling Stones ou Velvet Underground. Através de uma linguagem simples e, simultaneamente, intensa, João Correia escreve sobre situações do quotidiano com as quais facilmente nos identificamos: histórias comuns, situações inusitadas, episódios caricatos ou simples romances.
Os Tape Junk são uma banda de palco. Desde o lançamento do primeiro disco, a banda actuou de norte a sul do país com destaque para a abertura do festival de Paredes de Coura, Vodafone Mexefest e TMN ao Vivo (1a parte de Young Gods), Nós Em Palco e circuito Outonalidades. Num registo mais intimista, João Correia partilhou várias vezes o palco com Francisca Cortesão (Minta & The Brook Trout), com quem toca em They're Heading West, e interpretou temas dos projectos musicais de ambos.
O segundo disco dos Tape Junk é uma espécie de ‘statement’ sobre a banda. Disco homónimo, “TapeJunk” foi gravado e produzido por Luís Nunes (aka Walter Benjamin) no Alvito, Alentejo. Ao contrário do primeiro, este trabalho resulta da interacção directa entre todos os elementos do grupo. Durante três dias, os quatro músicos registaram juntos as nove músicas de “Tape Junk, em “live takes” para gravador 8 pistas.
Praticamente metade dos temas do disco (“Substance”, “Joyful Song”, “Six String and The Booze” e “Thumb Sucking Generation”) nunca tinham sido tocadas antes, nem ao vivo, nem em ensaios. Os restantes já faziam parte do repertório ao vivo e foram gravados como são tocados em concerto.
O facto do disco ter sido registado num espaço relativamente pequeno, sem qualquer isolamento dos instrumentos, e dos músicos apenas conhecerem metade das músicas que iam gravar quando chegaram à aldeia de Alvito foi algo que imprimiu uma particular energia e espontaneidade às gravações. O resultado é um álbum mais cru e mais imediato. Um salto enorme, fruto da partilha entre os vários elementos da banda, que aproxima “Tape Junk” daqueles Tape Junk que contagiam o público nas actuações ao vivo.
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