quinta-feira, 10 de novembro de 2016

PLATAFORMA SALUBRE APRESENTA

A plataforma Salubre tem o prazer de apresentar dois projectos com quem colabora e cujo trabalho ajuda a divulgar - Yemanjazz e Falua. São dois grupos com uma musicalidade original e com um percurso constante na busca de novas linguagens e texturas com uma qualidade e criatividade surpreendentes.
 
Yemanjazz é um grupo com mais de dez anos, com uma actividade intensa, por onde já passaram músicos de excelência, sempre na procura e novas musicalidades e linguagens. Com um disco gravado em 2009, o grupo, depois de uma pequena pausa, regressou no final do ano passado, e desde aí que tem vindo a coleccionar actuações memoráveis com a envolvência e intensidade que sempre caracterizou a banda.

O seu manifesto artístico, tal como o nome sugere, baseia-se numa intensa relação com o mar e sua dimensão mitológica e poética. Sob o olhar atento das ondas que banham continentes afastados geograficamente, mas tão próximos ao nível das vibrações sonoras, das preces musicais, este projecto tenta misturar o máximo de cores e tonalidades, de culturas e tradições, assumindo a ambição de se reinventar a si mesmo, numa busca de novas identidades musicais.
 


Falua nasceu no ano de 2014, e tem vindo a desenvolver a sua música assente num quarteto base com Pedo Castanheira (guitarra e piano), Caroline Oulman (voz), Francisco Andrade (sax) e Baltazar Molina (percussões). Ao mesmo tempo, e de acordo com a matriz do grupo, Falua teve já inúmeros convidados que se cruzaram em palco. Casos de Rogério Nunes (piano); Eduardo Lála (trb); Ricardo Pinto (trp); Sebastião Martins (violino); Hugo Fernandes (violoncelo); Francesco Valente (baixo); Álvaro Rosso (baixo); Joana Lisboa (voz).
 
Falua cruza elementos e histórias da música tradicional portuguesa, entre as quais o fado, com primazia para a componente dramática da suas linhas melódicas, com uma teia harmónica  e uma linguagem de improvisação que vai beber ao jazz e à música erudita. Tudo isto embalado por polirritmias e pulsações mediterrânicas e árabes, resultando numa sonoridade original, que se quer flutuante.

Como uma Falua que atravessa o Tejo, a música deste quinteto percorre as águas ao sabor de correntes e marés. Como um barco sem máquina nem motor, onde a madeira suporta, o sopro empurra, a percussão embala e a voz comanda, a música de Falua une margens e vontades e inventa re-encontros, que isto das águas, como a música é só uma.

Passará, passará...
 

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